Para mais um post da seção de humor
do nosso blog, preparei uma conversa entre Ezio, de Assassin's Creed 2,
e um dos guardinhas de Veneza. Acompanhe:
EZIO REENCONTRANDO SEU AMIGO
Ezio está invadindo um grande templo, na tentativa de eliminar o poderoso e corrupto nobre Emilio Barbarigo, sob ordens da irmandade. Ele se assusta com uma voz que lhe chama pelas costas:
Guarda: Ei! Parado aí!
Ezio saca sua espada e se vira.
Guarda: Opa! Ei, espere um pouco! Se não é o grande Ezio! E aí, cara?
Ezio: Como? Ezio? Não conheço esse nome.
Guarda: Como é? Ah, qual é, cara. Acha que esse capuz esquisito aí impede qualquer um de ver seu rosto? Você é o Ezio sim!
Ezio: Não, eu não sou... Sou... Uma outra pessoa...
Guarda: Deixe de conversa, sr. Ezio Auditore da Firenze. A gente se conhece já há muito tempo! Lembra de mim?
Ezio: Er... Não.
Guarda: Como não? Sou eu, Giovanni Alfonzo! Do colégio!
Ezio: Giovanni... Ah, tá. Agora eu me lembro.
Guarda: Pô, cara, que bom, hein? Diz aí, o que tem feito? Quer dizer, antes de ter virado um assassino pela irmandade, e tal.
Ezio: Ei! Como é que você sabe que eu virei um assassino?
Guarda: Como? Ué. Todos os assassinos da cidade usam a mesma roupa que você. Esse casacão com capuz, essas manoplas, essas ombreiras... Sem contar que tá cheio de pôsteres pela cidade com seu nome, sua foto, recompensa e os dizeres: ASSASSINO. Fica meio difícil disfarçar, né?
Ezio: Pois é. Eu arranco esses cartazes todos os dias e eles continuam aparecendo... Saco.
Guarda: E olha essas armas suas! Que brilhosas, e bonitas! Nós, meros guardas, só ganhamos essas espadinhas de meia-tigela que mal aguentam um tranco aqui. Nem dá pra trabalhar.
Ezio: Ah, sim. Esta espada aqui custou quase 30.000 florins.
Guarda: 30.000 florins? Caraca, é muita grana mesmo, hein, cara! Pra juntar essa grana, teria de trabalhar por muitos e muitos meses. A gente ganha um salário miserável trabalhando aqui. Mal dá para sustentar uma casa. Salário de fome.
Ezio: É, eu vejo pela grana que encontro nos corpos dos guardas...
Guarda: O que você disse?
Ezio: Er... Nada não. Deixa pra lá.
Guarda: Bom, é a vida, né... Pelo visto você ficou importante, tal. Já eu... Hum... Sabe, eu meu casei, e agora tenho dois filhos pra sustentar. A gente se mudou para cá para Veneza faz uns dois meses. E é muito complicado arranjar emprego decente aqui nessa cidade! Ainda mais sem tanto estudo, tal... Para poder tirar a barriga da miséria, eu tive de aceitar esse emprego meio-período aqui como guardinha noturno desse templo. Pelo menos até arrumar um emprego melhor.
Ezio: Então, você trabalha para Emilio Barbarigo?
Guarda: É isso aí. Sabe que não é tão ruim assim? Quer dizer, todo mundo fala que ele é mau, que ele é corrupto, e não sei mais o quê, mas até que ele é gente fina, cara! Paga o salário em dia, dá folgas aos funcionários no fim de semana... Tô gostando de trabalhar aqui.
Ezio: Emilio é um tirano! Ele usa sua influência com o governo para conseguir leis que privilegiem o seu comércio, e crie uma competitividade desleal entre os comerciantes!
Guarda: Ah, pode ser. Mas você sabia que ele ajuda uma fundação que cuida de crianças carentes, também? Ele faz doações mensalmente, e ele ajuda muito os pobres também.
Ezio: Mas... Ele é um cavaleiro templário! Sabe o que é isso?
Guarda: Sei não. Isso é uma coisa boa?
Ezio: Ele... Ele é... Bom, deixa para lá.
Guarda: Está bem. Diz aí: como é que vai a família? Seu pai, seus irmãos, o Federico e o Petruccio?
Ezio: Os três foram brutalmente assassinados. Eles foram acusados injustamente de traição e então enforcados em praça pública.
Guarda: Nossa, cara! Que terrível!
Ezio. Pois é. Mas é uma longa história. E tenho de ir-me agora.
Guarda: Tudo bem. Se puder, passa depois para dar um abraço no meu irmão.
Ezio: Quem, o Francesco? Claro. Onde ele mora?
Guarda: Não precisa ir lá em casa. Ele também trabalha aqui comigo! Ele conseguiu um cargo de arqueiro!
Ezio: ... Como?
Guarda: Pois é. Quem diria, né? Ele sempre levou jeito com arcos, desde criança, lembra? Então, ele conseguiu o emprego e, nesse momento, deve estar aqui em cima, na torre norte, fazendo a proteção.
Ezio fica em silêncio por um tempo, e então pergunta:
Ezio: Você quer dizer que aquele arqueiro que estava ali na torre norte era o seu irmão, o Francesco?
Guarda: É isso aí. Era o turno dele. Mas espere aí: "estava"? "Era"? Como assim? Vai me dizer que ele não está mais lá?
Ezio: Er... Bom, é melhor eu ir andando. Estou com um pouco de pressa.
Guarda: Ah, espere aí. Lembra dos meus dois primos, o Lucio e o Eduardo? Adivinha só! Eles também estão trabalhando aqui comigo! Eles devem estar fazendo a ronda perto daquele muro alto ali atrás.
Ezio: Eram um meio gordinho e um outro com as pernas meio tortas?
Guarda: Isso aí! Eles mesmo! Você falou com eles?
Ezio fica em silêncio novamente, e então diz:
Ezio: Devo ir-me. É que eu estou com muita pressa MESMO, Giovanni.
Guarda: Tudo bem, então. Vê se passa aqui amanhã. Quero lhe apresentar a minha irmã mais nova. Ela acabou de chegar na cidade, e é uma daquelas dançarinas de rua que ficam dançando por aí, sabe?
Ezio: Ah, aquelas com véus, e tal? Sei sim. Vez ou outra elas fazem um servicinho para mim.
Guarda: Servicinho? Que papo é esse, cara?
Ezio: Fique tranquilo, não é nada demais.
Guarda: Ih, que coisa estranha, cara.
Ezio: Bom, foi muito bom te encontrar aqui, Giovanni, mas tenho de ir. Tenho um assassinato para realizar ainda esta noite.
Guarda: Tudo bem. Foi um prazer, Ezio.
Ezio: Er... Só para constar, onde fica o quarto do Emilio Barbarigo?
Guarda: O quarto dele é a segunda porta à direita depois das escadas.
Ezio. Obrigado. Tchau!
Guarda: Espere, ele não está lá! Enquanto estávamos aqui conversando, ele saiu para dar uma volta.
Ezio: Como é que é? Eu tenho de me apressar, então! Adeus, Giovanni!
E assim Ezio foi-se embora.
Guarda: Adeus! Que gente fina esse Ezio, viu? Espera só minha família saber que eu me encontrei com ele!
Gostou? O que achou? Vamos lá, comente o que achou. Até a próxima.
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