Introdução
Qualquer pessoa que curta RPGs já deve ter ouvido falar em Suikoden. Uma das franquias mais famosas e mais amadas por sua profundidade e simplicidade apaixonante, seu início não poderia ter sido melhor. O primeiro game da franquia chegou com tudo ao Playstation, trazendo elementos até então inéditos ao gênero, e marcando a saga como uma das mais adoradas da Konami. De fato, a Konami decidiu entrar com tudo no ramo dos RPGs, e conseguiu deixar seu nome marcado entre os fãs do gênero de todo o mundo, durante décadas.
SUIKODEN
Informações técnicas
Publicado por: Konami
Desenvolvido por: Konami Computer Entertainment Tokyo
Gênero: Role-Playing Game
Diretor: Yoshitaka Murayama
Plataforma: Playstation
Data de lançamento: 15 de dezembro de 1995
Faixa etária: Everyone
Sobre a história (contém spoilers)
A
história de Suikoden consegue ser um diferencial e tanto em relação a
outros RPGs, principalmente os japoneses. Não há um "time do bem" e um
"time do mal" definidos desde o princípio, e a trama vai evoluindo aos
poucos, repleta de reviravoltas, traições, momentos inesquecíveis e
coisas do tipo. Ela é densa e repleta de personagens, então tente
prestar atenção para não perder nenhuma informação:
Bem, tudo começa em um imenso império chamado Scarlet Moon Empire. Esse império é governado pelo imperador Barbarossa Rugner. Veja-o:
Barbarossa tomou o império do antigo imperador, Geil Rugner, que era malvado, e passou a controlá-lo. A princípio, seu povo o amava e o respeitava, pois ele tratava bem os condados sob seu controle e mantinha a paz entre os povos. Porém, aos poucos, ele foi se transformando em um ser perverso. Ele passou a comandar os condados vizinhos com mãos de ferro, cobrando altos impostos e oprimindo a população, que passou a odiá-lo.
Desde a morte da imperatriz, Claudia, ele passou a se afeiçoar mais e mais pela maga da corte, que também é uma de suas generais: a misteriosa Windy. Veja-a:
Correm boatos de que Windy é a causadora da transformação de Barbarossa. Lendas correm de que ela está usando seu poder para controlar Barbarossa, de forma a poder dominar o império sozinha. Mas, ainda assim, os motivos pelo qual ela iria querer dominar o império ainda é desconhecido.
O império começa uma batalha por baixo dos panos contra um grupo de rebeldes que pretende tomar o poder, sob acusações de que o império é corrupto e sujo. O grupo auto-intitulado Liberation Army vai crescendo cada vez mais, e o império tem de tomar medidas drásticas contra eles. Enquanto isso, o imperador manda um de seus melhores e mais imponentes generais, Teo McDohl, para o norte, para observar as forças de Jowston. Veja Teo.
Teo é um dos mais gloriosos cavaleiros do império de Scarlet Moon, e um dos seus mais renomados generais. Lutou bravamente no passado ao lado de Barbarossa, e o ajudou a reerguer o império. Sempre foi leal a Barbarossa, e jamais conseguiria traí-lo. Ele se casou e teve um filho, chamado Tir. Sua esposa morrei pouco tempo depois de ter a criança, de modo que seu filho foi criado quase que integralmente por seus amigos de confiança. Teo ainda se relacionou com uma moça chamada Sonya, mas isso não vem ao caso agora.
Vamos falar um pouco também do filho dele, Tir McDohl, afinal, ele é o protagonista da história!
Tir é o filho de Teo, como já foi dito, e foi criado majoritariamente pelos seus amigos de infância. Desde cedo, ele aprendeu a ter princípios e a demonstrar atitudes boas. Também aprendeu a batalhar, tendo o sonho de um dia servir ao império, como seu pai.
Vamos falar agora sobre os amigos de infância dele:
Este é Gremio. Ele foi praticamente a babá de Tir por toda a sua infância. Ele era um soldado que lutava ao lado de Teo, e, quando ele teve um filho, ele saiu da zona de guerra para cuidar dele. Passou a dedicar-se quase que exclusivamente à educação de Tir, e jurou sempre protegê-lo.
Este é Pahn. Ele serviu a Teo como o segurança de sua casa durante muitos anos, e passou a respeitá-lo imensamente enquanto guerreiro. Jurou lealdade ao império a qualquer custo, e também ajudou na criação de Tir.
Esta é a Cleo, uma serva de Teo que viria a se tornar a guarda de Tir. Ela se responsabilizou pela criação dele e pelas doutrinas ensinadas a ele.
Bem, tudo começa em um imenso império chamado Scarlet Moon Empire. Esse império é governado pelo imperador Barbarossa Rugner. Veja-o:
Barbarossa tomou o império do antigo imperador, Geil Rugner, que era malvado, e passou a controlá-lo. A princípio, seu povo o amava e o respeitava, pois ele tratava bem os condados sob seu controle e mantinha a paz entre os povos. Porém, aos poucos, ele foi se transformando em um ser perverso. Ele passou a comandar os condados vizinhos com mãos de ferro, cobrando altos impostos e oprimindo a população, que passou a odiá-lo.
Desde a morte da imperatriz, Claudia, ele passou a se afeiçoar mais e mais pela maga da corte, que também é uma de suas generais: a misteriosa Windy. Veja-a:
Correm boatos de que Windy é a causadora da transformação de Barbarossa. Lendas correm de que ela está usando seu poder para controlar Barbarossa, de forma a poder dominar o império sozinha. Mas, ainda assim, os motivos pelo qual ela iria querer dominar o império ainda é desconhecido.
O império começa uma batalha por baixo dos panos contra um grupo de rebeldes que pretende tomar o poder, sob acusações de que o império é corrupto e sujo. O grupo auto-intitulado Liberation Army vai crescendo cada vez mais, e o império tem de tomar medidas drásticas contra eles. Enquanto isso, o imperador manda um de seus melhores e mais imponentes generais, Teo McDohl, para o norte, para observar as forças de Jowston. Veja Teo.
Teo é um dos mais gloriosos cavaleiros do império de Scarlet Moon, e um dos seus mais renomados generais. Lutou bravamente no passado ao lado de Barbarossa, e o ajudou a reerguer o império. Sempre foi leal a Barbarossa, e jamais conseguiria traí-lo. Ele se casou e teve um filho, chamado Tir. Sua esposa morrei pouco tempo depois de ter a criança, de modo que seu filho foi criado quase que integralmente por seus amigos de confiança. Teo ainda se relacionou com uma moça chamada Sonya, mas isso não vem ao caso agora.
Vamos falar um pouco também do filho dele, Tir McDohl, afinal, ele é o protagonista da história!
Tir é o filho de Teo, como já foi dito, e foi criado majoritariamente pelos seus amigos de infância. Desde cedo, ele aprendeu a ter princípios e a demonstrar atitudes boas. Também aprendeu a batalhar, tendo o sonho de um dia servir ao império, como seu pai.
Vamos falar agora sobre os amigos de infância dele:
Este é Gremio. Ele foi praticamente a babá de Tir por toda a sua infância. Ele era um soldado que lutava ao lado de Teo, e, quando ele teve um filho, ele saiu da zona de guerra para cuidar dele. Passou a dedicar-se quase que exclusivamente à educação de Tir, e jurou sempre protegê-lo.
Este é Pahn. Ele serviu a Teo como o segurança de sua casa durante muitos anos, e passou a respeitá-lo imensamente enquanto guerreiro. Jurou lealdade ao império a qualquer custo, e também ajudou na criação de Tir.
Esta é a Cleo, uma serva de Teo que viria a se tornar a guarda de Tir. Ela se responsabilizou pela criação dele e pelas doutrinas ensinadas a ele.
Por fim, este é Ted. Ele foi criado em um vilarejo que, já há muitos anos, foi destruído por um ataque surpresa de Windy e outros comparsas malignos. Como ele possuía a runa mágica da vida e da morte, chamada de Soul Eater, ele possuía domínio sobre a vida eterna, e conseguiu sobreviver. Ele vagou pelo mundo durante 300 anos, envelhecendo quase nada, em busca de vingança. Teo o encontrou em um campo de batalha e o levou para casa, para que pudesse cuidar dele. Em gratidão, Ted jurou lealdade à família McDohl, e sempre serviu a eles, sendo muito amigo de Tir.
Bom, esses são os personagens principais. A história começa quando Tir decide se tornar um cavaleiro de Scarlet Moon Empire. Teo precisava viajar, para o norte, em questões de guerra, mas houve tempo de ele ver Tir entrar no exército do império como recruta. A princípio, ele fez coisas simples, e podia desfrutar da companhia de seus amigos de infância.
Uma das primeiras missões de Tir foi ir visitar a vidente do condado, a misteriosa Leknaat.
Ela é uma vidente cega muito poderosa que ajuda o império através de previsões mensais. Ela faz a sua previsão e ela não parece nada boa, sobre o que aconteceria com o império. Ela ainda avisa Tir que ele seria muito importante para o futuro do império. Hum.
E então, a partir daí, o grupo começa a fazer coisas como ir buscar impostos de vilarejos pobres, prender bandidos, e coisas assim. Tudo parecia bem, e Tir estava ganhando mais e mais respeito, quando, em uma missão especial, eles acabam encurralados diante de um monstro que era poderoso demais para que pudessem derrotar. Sem outra alternativa, Ted revela um poder imenso, e destrói o monstro com um único golpe, revelando uma magia que ele vinha guardando em segredo. Todos se impressionam com o poder de Ted. Ao voltarem ao império, Windy fica sabendo do poder de Ted, e descobre que ele possui uma das mais potentes runas mágicas que já se viu. Desejando ter essa runa, ela tenta matar Ted, que escapa muito ferido. Descobrindo que Windy é, na verdade, do mal, Tir decide proteger Ted e fugir com seus amigos do império, ao invés de entregarem o amigo. Mas eles não conseguem fugir sem serem vistos, uma vez que Pahn, por amor incondicional ao império, trai os seus amigos e os entrega à Windy. Mas eles ainda conseguem fugir, deixando Ted para trás. Antes de ser capturado, Ted entrega a Tir a sua runa mágica, chamada Soul Eater.
Na fuga, eles conseguem ajuda de um mercenário chamado Viktor.
Viktor teve o seu vilarejo destruído por um tal de Neclord. Ele passou a vagar pelo mundo em busca de vingança, e acabou encontrando Tir e os outros fugitivos em um bar. Ajudando-os a fugir da cidade, ele os leva até uma cidade vizinha, onde ele conhece um esconderijo eficiente.
Trata-se de nada mais, nada menos, do que o esconderijo oficial do exército da libertação, ou Liberation Army, aquele grupo de rebeldes que quer derrubar o império. Lá, eles conhecem Odessa Silverberg, a líder desse exército. Veja-a:
Vendo que o grupo está fugindo do império e está contra ele, ela decide os convidar para participar do Liberation Army. Sem outra opção de ter como sobreviver e se esconder, eles aceitam. Logo, Tir e seus amigos começam a realizar algumas funções, como libertar reféns ou entregar armas para outros grupos. Fazendo isso, eles se tornam ainda mais procurados pelo império. A partir de então, eles se tornam inimigos oficiais do império.
Entre os outros membros da Liberation Army, estão esses dois:
Este é Flik. Antes de pertencer à Liberation Army, ele era um mero mercenário. Ao conhecer Odessa em uma missão, ele se apaixona por ela e entra no grupo. Odessa não retribui o amor dele por ela, mas ela o respeita enquanto guerreiro e sempre afirmava que ele um dia se tornaria o líder da organização. Ele batizou sua espada de Odessa, em homenagem a ela.
Este é Sanchez. Ele era um honorável membro do império, atuando como analisador financeiro. Mas ele se desinteressou pelo império e entrou no Liberation Army, jurando lealdade a Odessa e a suas ideologias.
Porém, um dia, ao voltarem para o esconderijo, eles descobrem que um do grupo os traiu, e o local foi dizimado por soldados. Em seus últimos suspiros, Odessa entrega a Tir um brinco e pede que ele o entregue a seu irmão, Mathiu, em outra cidade. O grupo decide ir fazer isso.
Eles encontram Mathiu Silverberg na cidade de Seika. Veja-o:
Mathiu era um grande estrategista do império. Porém, após um incidente que envolveu a morte de milhares de inocentes em um local chamado Kalekka, ele decidiu que não iria mais se envolver com guerras e com mortes, e passou a viver uma vida tranquila como professor em uma cidade isolada. O império ainda tenta convencê-lo a retornar para o império, pelo seu potencial de estrategista.
Tir encontra Mathiu e lhe entrega o brinco. Mathiu lhe revela que Odessa apenas entregaria o brinco àquele que ela escolhesse para liderar o Liberation Army no lugar dela. E ela entregou esse brinco a Tir, ou seja, ela quer que Tir seja o próximo líder do Liberation Army. Tir aceita a função, e se torna o líder da ressurreição do Liberation Army. Todos os seus amigos entram para o grupo, inclusive Mathiu, que se torna o estrategista. Eles até mesmo tomam um castelo abandonado na beira do lago, e o tornam o seu forte principal, o quartel-general do exército deles.
Mas eles ainda não possuem forças o bastante para enfrentarem o império, cabendo a eles recrutar mais e mais pessoas. A partir de então, Tir começa a buscar pessoas para entrar em seu grupo. Ele convida diversas pessoas, em várias cidades diferentes, e pouco a pouco começa a criar alianças importantes. Ele se alia a grupos de ladrões, de mercenários, de ninjas, de pescadores, de ferreiros, e assim por diante, conseguindo aliados importantes para a sua facção. São muitas dezenas de personagens, então não vou citar todos eles aqui, é claro. Fazendo algumas missões, Tir consegue ajuda de elfos, de kobolds (uns bichos que parecem raposas, mas que andam e falam), de anões, e ainda de outras raças. Conseguindo mais e mais aliados em todos os locais em que vai, Tir vai criando um exército potente, decidido a derrotar o império.
Mas nem tudo vai bem. Em uma dessas missões, Gremio entrega sua vida para salvar a de seus colegas. Sua morte é sentida por todos. Pahn também volta para o grupo, após se redimir e implorar por perdão a Tir. Em uma batalha época, eles se reencontram com Teo, e têm de enfrentá-lo em uma batalha especial. Pahn consegue derrotá-lo na base da porrada.
Tir também descobre que as intenções de Windy são ainda mais cruéis: ela é irmã de Leknaat, e tem a intenção de possuir as runas mais poderosas do mundo, para poder governar todo o planeta. Leknaat quer impedi-la, mas, para isso, ela não pode conseguir a runa Soul Eater, que está com Tir. Por isso ela quer tanto derrotá-lo. Ela ainda recomenda que Tir encontra as 108 Stars of Destiny, ou Estrelas do Destino, para que isso possa aumentar seus poderes. Tir é uma dessas estrelas, mas ele consegue apenas encontrar outras 106 estrelas(recrutando 108 pessoas). Leknaat revela que Gremio era uma dessas estrelas, e, com seus poderes fortalecidos, ela consegue ressuscitar Gremio. Com as 108 estrelas, ela possui forças o bastante para auxiliar na causa dos revolucionários.
Assim, o exército de Tir só cresce. Eles encontram ainda um poderoso inimigo, chamado Neclord.
Neclord é um humano que foi transformado em vampiro. Ele usa seus poderes, entre eles a imortalidade, para ajudar Windy a conseguir as runas sagradas. Ele provou ser muito mais forte do que Tir e seu grupo, e chegou a tentar se casar com uma jovem donzela de um vilarejo. Mas Viktor, percebendo que ele era o homem que destruiu seu vilarejo quando criança, jurou vingança. Viktor consegue uma espada maligna chamada Star Dragon Sword. Essa espada possui o poder de derrotar mortos-vivos, então ele consegue usá-la para derrotar esse vampiro.
E assim o Liberation Army segue em frente. Recrutando também ex-generais do império, que, uma vez derrotados, aceitaram participar da revolução, logo o Liberation Army se encontra em igualdade de condições de combate contra o império. Assim, eles decidem tomar o castelo de Barbarossa de assalto em uma única investida. Antes disso, eles descobrem que Sanchez era um traidor o tempo todo. Sanchez, um dos primeiros membros do Liberation Army, era um traidor e passava informações sigilosas para o império. Por isso o império sempre esteve um passo à frente, e por causa dele Odessa foi morta no começo do game. Mas ele é perdoado.
Chegando ao local, eles enfrentam Barbarossa. Usando o poder de sua runa, ele se transforma em uma hidra gigantesca e dourada. Após ser derrotado, ele revela que nunca foi controlado por Windy. Sua runa mágica bloqueava os poderes de controle mental dela. Ele sabia que Windy era maligna, mas ele sempre foi apaixonado por ela, e, em nome de sua paixão, ele realizava todos os desejos de sua amada. Windy se sensibiliza com essas palavras, mas ela ainda quer derrotar Tir. Barbarossa diz que ela deve esquecer Tir e ficar com ele, que ele a protegerá de todo mal, e então ambos se jogam do alto do castelo. Eles são dados como mortos ali, e então o castelo começa a desmoronar. Tir consegue escapar do castelo, mas Viktor e Flik ficam no local, e são dados como desaparecidos. Assim, Tir é nomeado o imperador do local, e uma nova era de paz se tem início, com finais felizes para todos os personagens. Fim da história.
Sobre o jogo
Suikoden é um RPG como qualquer outro. Do tipo que você vai andando de dungeon em dungeon, sempre em busca de uma quest ou de algo para fazer. Enfrenta inimigos, ganha experiência, passa de nível, fica mais forte e assim por diante.
Controlamos sempre o personagem principal, o jovem Tir McDohl, com raras exceções. O jogo é bem linear, de modo que temos sempre algo programado para fazer a seguir. O jogador pode formar um grupo de até 6 personagens, e é esse grupo que ele usará em batalha. Esse número pode parecer alto, uma vez que, em alguns RPGs, só podemos usar quatro ou no máximo personagens por vez. Mas não é só nisso que Suikoden decidiu inovar. Ele disponibiliza ao jogador um total de 108 personagens diferentes que podemos recrutar para nosso exército.
Como somos o líder de um grupo rebelde em declínio, precisamos de pessoas dos mais diferentes níveis em nossa base. Uma vez que conseguimos um quartel-general, cabe ao jogador encontrar pessoas que possam nos ajudar. Muitas dessas pessoas são obrigatórias e entram de forma quase que automática em nosso grupo, bastando apenas seguir em frente no jogo. Mas muitas pessoas ainda precisam ser encontradas. E essa é uma das "graças" do jogo. Na maioria das vezes, basta falar com a pessoa certa, e ela entrará no nosso grupo. Outras exigirão que façamos alguma coisa por elas antes de entrar no grupo, e isso envolve encontrar alguns itens, derrotar algum inimigo, vencer um mini-game, ou coisas assim. São as side-quests do jogo. Caso queira recrutar todos os personagens do jogo, o jogador terá de dedicar boa parte do seu tempo explorando cidades e templos, através de possíveis recrutas, e fazer aquilo que lhes é pedido.
Mas não se impressione com o alto número de personagens: nem todos eles são realmente jogáveis. Alguns apenas vão ajudar nossa campanha de forma indireta, fazendo alguma coisa, como: instalando elevadores, fazendo um cofre para guardar itens, abrindo uma loja na nossa base, fazendo uma pousada, criando mapas, montando uma biblioteca, cozinhando, fazendo uma floricultura, enfim. Quanto mais recrutamos, mais a nossa base se enche de gente, e daqui a pouco verá tanta gente por lá que começará a ficar perdido.
O quartel-general do jogo também vai se adaptando com o passar do tempo. No começo, ele parece mais uma caverna de vários andares, escura e sem graça. Porém, conforme vamos recrutando pessoas, pouco a pouco o local vai sendo decorado e aperfeiçoado, de forma a se parecer realmente com um grande lar de guerra. Vão aparecendo móveis, quartos, e espaços reservados. Os cantos vão pouco a pouco se transformando em lojas, em quitandas, em quartos, em cofres, enfim, em ambientes diversos, de acordo com o personagem que chamamos. Em pouco tempo, você começará a ter tudo o que precisa em seu próprio quartel-general, sem precisar sair para comprar equipamentos, itens, pesquisar ou qualquer coisa assim. Muito bom ver a evolução da nossa base e como a função de cada personagem que recrutamos pode mudar o ambiente.
Se bem que algumas alterações são, no todo, sem importância para o jogo em si. Tem um personagem, por exemplo, que monta uma sauna na nossa base. Essa sauna não serve para nada no game, mas até que podemos passar um tempo nela, admirando a decoração. O legal é que podemos mudar a decoração dessa sauna, conforme os itens que encontramos pelo jogo. Podemos colocar quadros, vasos, estátuas, enfim, deixar tudo a nosso gosto. É inútil, mas é divertido. Assim como podemos ter uma biblioteca, com uma coleção de livros que encontramos pelo jogo. Esses livros dão dicas importantes para melhorarmos no jogo, então vale a pena formarmos uma boa coleção deles. Há ainda salas de pintura, onde podemos encontrar tinta para que o pintor possa ir pintando um emblema nosso, há salas de música, onde podemos escutar todas as músicas do jogo, a qualquer momento, assim como podemos também mudar os sons do jogo a nosso gosto, e mudar também a caixinha de diálogo, para um que gostemos mais. Essas opções de customização são excelentes, e fazem toda a diferença para manter o jogo mais diversificado e com a nossa cara.
Ainda assim, cerca de 85% desses 108 personagens são sim jogáveis. Isso quer dizer que podemos usa-los em batalhas. Batalhas essas, inclusive, que aparecem de forma randômica como em vários RPGs, com exceção de chefes e inimigos mais importantes.
As batalhas em Suikoden são simples: por turnos e na ordem de atacar primeiro quem tem mais agilidade. O jogador pode escolher independentemente cada movimento realizado por cada um de seus personagens, ou pode escolher a opção Free Will, que faz com que todos os personagens simplesmente ataquem. Pode parecer estranho, mas, acredite, essa opção realmente salva o jogo em vários momentos. Convenhamos que é muito chato esse procedimento de batalha, de "escolha o personagem, escolha atacar, escolha o alvo, confirme". Fazer isso com seis personagens cerca de dezenas de vezes em todos os dungeons do jogo é uma coisa que pode deixar o jogo bem entediante. Com essa opção de automatizar tudo, o jogador pode perder menos tempo com esses comandos chatos quando estiver enfrentando inimigos mais simples que não exigem muita estratégia.
Assim, uma vez que estejamos enfrentando um inimigo que seja poderoso demais para a velha estratégia "todo mundo ataca", não poderemos mais contar com o Free Will, e teremos de traçar um plano. Bem, Suikoden possui um vasto número de estratégias possíveis. Afinal, ele possui mais de 80 personagens jogáveis, e cada um possui uma personalidade e um estilo de batalha. Uns são fortes nos ataques de perto, outros atacam à distância e outros usam magias. Alguns personagens são próximos, e, quando estiverem no mesmo time, podem se unir para realizar ataques em conjunto, muito mais poderosos. Sem contar que os jogadores mais experientes encontrarão estratégia ainda mais elaboradas, como a combinação de magias de diferentes elementos, que pode amplificar seu poder. Enfim, tem muitas possibilidades estratégicas para serem exploradas pelo jogador.
O sistema de magias do jogo funciona da seguinte forma: não há personagens realmente mágicos. As magias vêm de runas mágicas, que são artefatos que podem ser equipados nos personagens. Portanto, basta equipar uma runa de fogo, por exemplo, em um personagem e ele terá o poder de soltar magias de fogo. Você pode equipar e desequipar as runas a qualquer momento, contanto que esteja falando com a pessoa certa (e por um certo preço, é claro), e criar a estratégia que quiser. Só pode equipar uma runa por personagem, fique sabendo. Ah, e não há uma quantidade de MP indicada, com em outros RPGs. Em vez disso, aparece um número limite que indica quantas magias de cada nível de força, o personagem pode usar. Quanto mais forte é a runa, mais magias poderá usar, e, quanto mais forte for seu personagem, mais vezes poderá usar esses poderes. Isso faz com que o jogador mantenha sempre as runas mais fortes com os personagens mais fortes, para que possa desfrutá-las ao máximo. Um problema é que não há uma poção ou um objeto que cure o MP de um personagem. A única forma de restabelecer seu poder mágico é dormindo. Isso é um problema nos dungeons mais longos, uma vez que ele obriga o jogador a usar suas magias mais fortes apenas nos chefes, a menos que queira chegar neles sem nenhuma magia.
Vou falar agora sobre o sistema de experiência. Bem, não teria muito o que explicar, sendo que o processo é simples: batalhando contra monstros, ganhamos experiência, e, ao alcançarmos um número X de experiência, passamos de nível. Certo, até aí, Suikoden é igual a quase todos os outros RPGs existentes. Mas ele possui um jeito diferente de "cobrar experiência". Ao invés de possuir um número X necessário para passar de nível que vai sempre crescendo, Suikoden possui um método que eu chamo de "equalizador". Ou seja: ele exige 1000 pontos para passar de todos os níveis. Só que o número de experiência que ganhamos de um inimigo varia de acordo com a relação do nível em que estamos e o nível que o jogo quer que estejamos. Ou seja, se, ao chegarmos a um dungeon, o jogo estipular que o nível ideal para o local seja o nível 20, ele vai nos dar cada vez mais experiência quanto mais abaixo do nível 20 o personagem estiver. Assim, um personagem que esteja no nível 7, por exemplo, nesse dungeon, vai evoluir bem mais rápido do que um que já esteja no nível 18. Em poucas batalhes, eles já estão equilibrados. Desta forma, todos os personagens avançarão logo de nível, precisando de poucas batalhas para alcançar o nível que o jogo estipulou como ideal, e impedindo que fique uma diferença gritante entre os níveis dos personagens (como acontece em outros RPGs, como Final Fantasy, por exemplo. Esse método tem um ponto positivo e um negativo. O positivo é que o jogador perde muito pouco tempo para deixar aquele personagem que ele não usa muito no mesmo nível em que está o personagem mais forte do grupo, incentivando o jogador a poder usar vários de seus personagens, e não apenas os seus "preferidos". O negativo é que ele desestimula completamente os jogadores que gostam de ficar em um lugar treinando para ficar mais forte. Uma vez que o jogador alcance o nível estipulado para aquela parte do jogo, ele vai conseguir tanta pouca experiência que nem vale a pena ficar praticando, obrigando o jogador a se contentar com o nível que o jogo considerou ideal, e não ele. De qualquer forma, eu considerei esse método muito interessante e diferente dos demais.
Minha análise do jogo
Gráficos
Os
gráficos do jogo são simples. São em 2D, o tempo todo, e isso não
parece tão ruim quando comparamos com outros RPGs que apresentam
esquemas semelhantes. O problema é que a equipe da Konami não se
esforçou o suficiente para tornar os gráficos do jogo algo memorável.
Mesmo para os padrões de 1995, os gráficos são simples demais. Os
personagens são bem feitos, com uma variedade interessante de
movimentos, e os cenários são coloridos e detalhados, chegando a ser
interessantes. Mas o jogo carece de cenas fortes, de efeitos especiais
mais bem elaborados (presentes em outros RPGs em 2D), e, principalmente,
de animações! É imperdoável que um game como esse, repleto de cenas
cinematográficas e de emoções fortes, não tenha uma única cena especial
em CG ou anime, ou algo assim. Teria feito toda a diferença, dando mais
potencial para a história do jogo, que acaba muitas vezes prejudicada
por isso. Enfim, a Konami não errou necessariamente com os gráficos,
apenas não teve empenho o bastante para torná-lo excelente. Diria que o
empenho da Konami foi considerável.
● Nota pessoal: 3/5 (Empenho Considerável)
Som
A
qualidade sonora de Suikoden possui seus altos e baixos. Por um lado, a
trilha sonora do jogo é vasta e impressionantemente bela, a ponto de
chegar a ser comparado por muitos fãs de RPG como uma das belas da
história dos games. Realmente, as músicas são lindas e não enjoam,
deixando o jogador sempre entusiasmado com tudo o que está acontecendo, e
passando a sensação correta a cada cena. Por outro lado, os demais sons
do jogo chegam a deixar a desejar. Os sons de batalha são simples
demais. Muitas vezes, a ausência de sons na interação dos personagens,
durante algumas cenas importantes, chegam a dificultar a imersão do
jogador, e poderiam ter sido melhoradas. Sem contar que o game não
possui voz! Em nenhum momento! Não há dúvida de que o jogo possui
excelentes momentos dramáticos, conversas memoráveis e cenas
interessantes que poderiam ter sido 300% melhores se houvesse um
trabalho de dublagem no jogo. Nem que fosse apenas de alguns
personagens! Mas essa decisão de não trabalhar com dublagem também
atrapalha bastante a minha avaliação da qualidade sonora do game. Por
esse motivo, avalio que o empenho da Konami com o som foi considerável.
● Nota pessoal: 3/5 (Empenho Considerável)
Jogabilidade
Um
dos pontos fortes do game é a jogabilidade. Para aqueles fãs de RPG que
estão acostumados com o estilão das batalhas por turnos, ela está aqui,
tão boa quanto sempre. Na verdade, até melhor! Os novos comandos e
possibilidades deixaram as batalhas mais rápidas e mais dinâmicas. Mas
as novidades acabam nas batalhas: o resto é o de sempre. Andar, andar e
andar, e a baixa velocidade. A ausência de um botão de corrida pode
atrapalhar um pouco, mas depois até podemos descobrir uma forma de nos
movermos mais rapidamente. A dificuldade de navegação nos cenários ainda
atrapalha no começo, mas, depois que podemos usar do mapa de mundo,
tudo fica mais fácil. Simples e confortável, como tem de ser. Empenho
máximo da Konami.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)
Diversão
A
diversão em Suikoden é o máximo que se pode esperar. A história do game
é instigante e emocionante, e leva o jogador a querer saber o que vai
haver a seguir. Impelido pela história, o jogador enfrenta muitos
inimigos, faz alianças importantes e explora um vasto mundo repleto de
segredos. O jogo proporciona uma imersão interessante, nos permitindo
realmente nos sentir um líder de um grupo em ascensão, lutando contra um
império tirano. Além disso, o jogo foi feito para não ser enjoativo
nunca. Há várias formas de batalha, todas elas interessantes, e feitas
de modo a não cansarem o jogador. Tudo que podia ser simplificado o foi,
e os jogadores iniciantes não encontrarão dificuldades em criar
técnicas engenhosas de combate usando seus personagens favoritos. Já os
jogadores hardcore não foram esquecidos, e eles poderão criar
verdadeiras táticas de guerra, ainda mais engenhosas, para combinar
magias e poderes. O jogo é capaz de agradar a novatos e a veteranos, e
fazer todos se encantarem com o que o jogo tem a oferecer, dentro e fora
das batalhas. Por essa razão, o empenho da Konami com a diversão do
jogo foi máximo.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)
Longevidade
Suikoden
poderia ser mais longo... Ele possui uma média de 25 horas de jogo para
se fechar, e isso, para um RPG, é pouco. Dá para se fechar em uma ou
duas semanas. O que salva o jogo é que o desenvolvimento do jogo depende de
quantos personagens o jogador conseguiu recrutar, de forma que isso
chega a alterar o final do game. O jogo possui apenas um final
propriamente dito, mas várias cenas importantes só aparecem quando
conseguimos um número determinado de personagens, de modo que vale a
pena recomeçar o game só para conseguir encontrar todos os 108
personagens. E não pense que será fácil, viu? Terá de procurar muito,
conversar com todo mundo e realizar algumas side-quests. Mesmo assim,
não chega a ser tão difícil ou demorado. É possível conseguir fechar o
game e recrutar todos os personagens com menos de 35 horas de jogo. Além
disso, Suikoden não possui um grande número de mini-games, e os poucos
que há são apenas para conseguir mais dinheiro. Mas os jogadores ainda
poderão se divertir com outras coisas mais, como por exemplo, procurar
todos os livros da biblioteca, todas as caixinhas de música do jogo,
todas as decorações da sauna, enfim, coisas assim, que podem manter a
chama do jogo acesa por mais algum tempo. No todo, posso afirmar que o
empenho da Konami com a longevidade foi excelente.
● Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)
Inovação
Eis
um dos pontos que mais me agradaram nesse game. Por mais que Suikoden
possa ser comparado com dezenas de outros RPGs no mercado, ele ainda é
único em diversos fatores. O número de personagens jogáveis que ele
coloca à disposição do jogador, cada um com sua história, sua
personalidade, seus movimentos, suas armas e particularidades, é enorme.
São quase 100! A dinâmica do jogo é meio batida, mas os detalhes que
ele foi encaixando aqui e ali, como as novas opções de luta que as
deixaram mais dinâmicas e rápidas, assim como as batalhas um contra um e
as guerras estratégicas, são elementos que só podemos encontrar em
Suikoden, e são um quê a mais que nos leva a repensar a comparação com
outros RPGs. É impossível acreditar que a Konami copiou o jogo: pelo
contrário, ela melhorou muitos elementos de outros RPGs, e se tornou uma
referência que deve ser seguida por qualquer outra empresa que esteja
empenhada em realizar um bom RPG. Por suas sacadas inteligentes na
incrementação da dinâmica de jogo, posso assegurar que o empenho da
Konami com a inovação foi excelente.
● Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)
Soma Final: 24/30 (Muito Bom)
Em resumo:
Suikoden é uma pérola que teve início no Playstation e se estende até
os dias atuais. Uma das sagas mais conhecidas entre os amantes do RPG
teve um início esplendoroso, e já se mostrou um game forte e rico, com
uma excelente história e potencial para figurar na lista dos mais
completos e inovadores RPGs já feitos. Quando comparados a outros do
Playstation, poucos em sua época se comparam a ele. Suikoden é um game
obrigatório a todos os fãs de um bom RPG.
Análises profissionais
O Metacritic não possui uma média para Suikoden.
Detonado em vídeo
Este
é o melhor detonado em vídeo disponível na internet. Ele está completo,
mostrando a localização de todos os itens secretos e de todos os 108
personagens do game. Ele mostra ainda as melhores estratégias para
enfrentar os chefes. Ele não está em qualidade alta, mas a qualidade é
aceitável. Apesar de alguns probleminhas técnicos no começo, o vídeo
está bem compactado em uma quantidade não tão alta de vídeos. Porém,
infelizmente, os vídeos de número 1 e 22 foram retirados do YouTube,
então eu adaptei com vídeos de outro autor. Acompanhe:
Parte 1
O vídeo foi retirado do YouTube.
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6
Parte 7
Parte 8
Parte 9
Parte 10
Parte 11
Parte 12
Parte 13
Parte 14
Parte 15
Parte 16
Parte 17
Parte 18
Parte 19
Parte 20
Parte 21
Parte 22
O vídeo foi retirado do YouTube.
Parte 23
O vídeo foi retirado do YouTube.
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6
Parte 7
Parte 8
Parte 9
Parte 10
Parte 11
Parte 12
Parte 13
Parte 14
Parte 15
Parte 16
Parte 17
Parte 18
Parte 19
Parte 20
Parte 21
Parte 22
O vídeo foi retirado do YouTube.
Parte 23
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