Pois é. Em pleno clima de fim de ano, todos a postos, prestes a averiguarmos qual será eleito o jogo do ano, e me vem uma dúvida à cabeça: qual terá sido a pior decepção gamística de 2011? Qual terá sido aquele game que, repleto de expectativas, acabou se saindo um game ruim, ou pelo menos mediano demais? Se houvesse uma premiação para esse tipo de game (e realmente há!), qual game de 2011 receberia?
A primeira resposta que me veio à cabeça, é claro, foi Duke Nukem Forever. Mas cheguei à conclusão de que há diversos outros games que também decepcionaram e muito nesse ano, como poderemos ver no decorrer deste post.
Só para ressaltar, não vou indicar os piores games do ano, e sim as piores decepções, ou seja, os games que tinham muita expectativa de serem ótimos, mas acabaram se tornando abaixo do esperado. Vamos lá.
DUKE NUKEM FOREVER
Começo o post com Duke Nukem Forever, um FPS lançado pela 2K Games, em junho desse ano, para Playstation 3, Xbox 360 e PC. Poucos games tiveram mais expectativa do que ele. Sequência direta do game Duke Nukem 3D, lançado em 1996 para o Playstation, o jogo levou mais de 15 anos para ficar pronto, e passou pela mão de várias empresas. Ele foi adiado, cancelado e re-projetado tantas vezes seguidas que virou uma piada. Ninguém acreditava que ele seria realmente, lançado, pelo menos até que a data confirmada saiu para esse ano. Após ser adiado algumas vezes, o que aconteceu? O jogo está nas lojas, mas ele foi tão mal recebido que chega a dar pena do coitado. Criticado por seus gráficos, sua jogabilidade, seu design de fases, sua violência deturpante, suas piadas insossas, sua lentidão ao carregar as fases e por ser uma falha quase que total, o game se encontra presente na lista dos 20 piores games lançados esse ano. Mesmo com tanta crítica, o trabalho de marketing do jogo lhe rendeu 950 mil cópias vendidas somando-se as três plataformas, e um lucro considerável para a empresa. Sem contar que o game possui uma sequência prometida. Mas, ainda assim, Duke Nukem Forever é para se esquecer.
CALL OF JUAREZ: THE CARTEL
Também podemos considerar o terceiro episódio da franquia Call of Juarez uma grande decepção. Call of Juarez: The Cartel é um FPS lançado pela Ubisoft em julho desse ano, para Playstation 3, Xbox 360 e PC. O game trouxe uma boa expectativa pelo fato que a série Call of Juarez até então vinha apresentando um desempenho considerável. O primeiro Call of Juarez, de 2006, conhecido por ter bons gráficos e jogabilidade, e um viciante multiplayer, possui uma média no Metacritic de 71/100. O segundo jogo, Call of Juarez: Bound in Blood, de 2009, veio ainda melhor, com tudo o que o game anterior trouxe e muito mais, agradando ainda mais aos fãs e os críticos. Conseguiu, assim, um bom número de vendas e uma média no Metacritic de 78/100. Portanto, era de se esperar que o terceiro game da série trouxesse ainda mais elementos para tornar a série ainda melhor. Porém, não foi isso o que aconteceu. Call of Juarez: The Cartel foi considerado o pior game da franquia até então, com críticas severas em sua jogabilidade, sua história, e vários outros elementos. Teve péssimas vendas e a pior média na Metacritic da série, 47/100. Uma verdadeira decepção para desagradar totalmente os fãs da franquia Call of Juarez.
THOR: GOD OF THUNDER
Tudo bem. Alguns podem afirmar que games baseados em filmes não costumam trazer muitas expectativas, até porque costumam ser um lixo. Tudo bem. Porém, com Thor: God of Thunder, as coisas começavam a soar um pouco diferente. Era a Sega que estava produzindo esse game de ação, e ela fez um bom trabalho de marketing em cima do jogo. Chamou os atores do filme para dublarem os personagens principais. Chamaram uma equipe de primeira, fizeram gráficos realistas o bastante, e criaram uma história digna do herói, com todos os grandes vilões, e ainda mais elementos do que os que já estavam presentes no filme. Um game que poderia mudar essa fama de que jogos de filmes não prestam, e que viria para várias plataformas: Playstation 3, Xbox 360, Wii, Nintendo DS e Nintendo 3DS. Só que as promessas não se confirmaram. Thor: God of Thunder sofreu muitas críticas, e acabou se tornando uma vergonha não só para a Sega, mas para a produtora, a Liquid Entertainment. Sua nota no Metacritic varia em torno do 39/100, um dos cinco piores games lançados esse ano. Tanto fiasco fez com que a Sega cancelasse, sem motivos alegados, uma versão para o console PSP. Uma pena.
Você já ouviu falar em um excelente FPS para Playstation 2, chamado Black? Pois bem, trata-se de um excelente FPS, um dos melhores do console. Dono de muitos fãs e de um estilo único, o jogo lançado pela Electronic Arts conseguiu uma média no Metacritic de 79/100. Quando os mesmos produtores do jogo Black (até mesmo o co-criador, Stuart Black) anunciaram que estavam realizando um FPS para a nova geração, e que seria uma sequência espiritual de Black, os fãs podiam esperar de tudo, menos uma decepção. Pelo menos era o que pensavam antes de ver o resultado, com Bodycount, FPS lançado pela Codemasters para Playstation 3 e Xbox 360 em agosto desse ano. Bodycount trouxe uma história ridícula, muitos glitches, problemas gráficos e de jogabilidade sérios, pouquíssima longevidade e quase nada que fizesse lembrar do clássico do Playstation 2. Um fiasco total, que culminou em péssimas vendas, quase nenhuma publicidade e uma média no Metacritic de 51/100. Os fãs de Black não merecem isso.
Alguns podem afirmar que Need for Speed: The Run não é uma decepção. Mas eu afirmo que foi sim, principalmente se tratando de um game da franquia de corrida mais vendida de todos os tempos, e de uma das respeitadas empresas dos games, a Electronic Arts. O 18º jogo da franquia levou três anos para ficar pronto. Saiba que tem diversas empresas fazendo games da série Need for Speed (por isso saem tantos games tão rápido). A Slightly Mad Studios, produtora de Need for Speed: Shift e de Shift 2: Unleashed (esse, inclusive, lançado esse ano mesmo), produziu alguns dos melhores da série. Já a EA Black Box se tornou uma lenda com a série, lançando alguns dos mais conhecidos e que mais venderam, como o Hot Pursuit 2 (89/100 de Metacritic), Underground (85/100), Underground 2 (82/100) e o Most Wanted (82/100). Acontece que o último game desse estúdio, o Undercover, de 2008, rendeu muito pouco, foi muito criticado e logo considerado o pior Need for Speed da série. A empresa teve a chance de se redimir com The Run, lançado em novembro desse ano para Playstation 3, Xbox 360, Wii e PC. Conseguiu? Não. Longe disso. O game trouxe propostas inovadoras e inusitadas para a franquia, como Quick Time Events, e teve uma das mais caras campanhas de marketing da história da franquia. E tudo isso não rendeu em nada. O jogo saiu fraco, tosco, repetitivo e chato, recebendo críticas ruins e sendo considerado mais um fiasco. Só para se ter uma ideia, o game não conseguiu nem emplacar entre os dez jogos mais vendidos do mês em que foi lançado, apesar da fortíssima campanha de marketing, e, se tratando da Electronic Arts e de uma série respeitada como Need for Speed, não tem outra desculpa. O game foi uma decepção, e amarga uma média de 65/100 no Metacritic. Será difícil para a EA Black Box reerguer a série agora.
Estas foram as 5 principais decepções do ano de 2011, na minha opinião. Pessoalmente, eu tinha minhas expectativas em alta com esses games, mas eles se mostraram ser apenas games medianos e ruins. E você? Tem mais decepções para incluir nessa lista? Vamos discutir.
Obs: Pensei em incluir aqui também Homefront, Resident Evil: The Mercenaries, Captain America: Super Soldier, The Lord of the Rings: War in the North, Brink, Dynasty Warriors 7, Darkspore, Jurassic Park: The Game, Hunted: The Demon's Forge e Conduit 2, mas julguei que eles não são dignos de serem chamados de decepcionantes, por motivos diversos. Alguns deles já tinham baixas expectativas, alguns foram tentativas inovadores frustradas e outros simplesmente são de empresas novas no mercado. Nesse post, citei apenas games nos quais realmente possuía altas expectativas.
NEED FOR SPEED: THE RUN
Alguns podem afirmar que Need for Speed: The Run não é uma decepção. Mas eu afirmo que foi sim, principalmente se tratando de um game da franquia de corrida mais vendida de todos os tempos, e de uma das respeitadas empresas dos games, a Electronic Arts. O 18º jogo da franquia levou três anos para ficar pronto. Saiba que tem diversas empresas fazendo games da série Need for Speed (por isso saem tantos games tão rápido). A Slightly Mad Studios, produtora de Need for Speed: Shift e de Shift 2: Unleashed (esse, inclusive, lançado esse ano mesmo), produziu alguns dos melhores da série. Já a EA Black Box se tornou uma lenda com a série, lançando alguns dos mais conhecidos e que mais venderam, como o Hot Pursuit 2 (89/100 de Metacritic), Underground (85/100), Underground 2 (82/100) e o Most Wanted (82/100). Acontece que o último game desse estúdio, o Undercover, de 2008, rendeu muito pouco, foi muito criticado e logo considerado o pior Need for Speed da série. A empresa teve a chance de se redimir com The Run, lançado em novembro desse ano para Playstation 3, Xbox 360, Wii e PC. Conseguiu? Não. Longe disso. O game trouxe propostas inovadoras e inusitadas para a franquia, como Quick Time Events, e teve uma das mais caras campanhas de marketing da história da franquia. E tudo isso não rendeu em nada. O jogo saiu fraco, tosco, repetitivo e chato, recebendo críticas ruins e sendo considerado mais um fiasco. Só para se ter uma ideia, o game não conseguiu nem emplacar entre os dez jogos mais vendidos do mês em que foi lançado, apesar da fortíssima campanha de marketing, e, se tratando da Electronic Arts e de uma série respeitada como Need for Speed, não tem outra desculpa. O game foi uma decepção, e amarga uma média de 65/100 no Metacritic. Será difícil para a EA Black Box reerguer a série agora.
Estas foram as 5 principais decepções do ano de 2011, na minha opinião. Pessoalmente, eu tinha minhas expectativas em alta com esses games, mas eles se mostraram ser apenas games medianos e ruins. E você? Tem mais decepções para incluir nessa lista? Vamos discutir.
Obs: Pensei em incluir aqui também Homefront, Resident Evil: The Mercenaries, Captain America: Super Soldier, The Lord of the Rings: War in the North, Brink, Dynasty Warriors 7, Darkspore, Jurassic Park: The Game, Hunted: The Demon's Forge e Conduit 2, mas julguei que eles não são dignos de serem chamados de decepcionantes, por motivos diversos. Alguns deles já tinham baixas expectativas, alguns foram tentativas inovadores frustradas e outros simplesmente são de empresas novas no mercado. Nesse post, citei apenas games nos quais realmente possuía altas expectativas.