quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Crash Team Racing - Análise

Esta é a análise de Crash Team Racing, lançado pela Sony Computer Entertainment em 1999 para o Playstation.

File:CrashTeamRacingNACover.png

Introdução

A franquia Mario foi a precursora em diversos quesitos. Além de ser uma referência mais que obrigatória no gênero Platformer, os spin-offs variados da franquia se tornaram muito populares, o que resultou em diversos clones. Crash Team Racing chegou com uma proposta muito simples: imitar o sucesso de Mario Kart com os personagens da franquia Crash Bandicoot. O que parecia ser apenas um "Mario Kart da Sony" acabou se tornando mais uma referência no gênero, vendendo muito bem e logo se tornando um dos Greatest Hits do console. Aparentemente, tudo deu certo. Será que Crash Team Racing conseguiu se igualar ou superar seu game de referência? É o que veremos nessa análise.

CRASH TEAM RACING


Informações técnicas

Publicado por: Sony Computer Entertainment
Desenvolvido por: Naughty Dog
Gênero: Racing
Diretor: Jason Rubin
Plataforma: Playstation
Data de lançamento: 30 de setembro de 1999
Faixa etária: Everyone

Sobre a história (contém spoilers)

A história do jogo é uma história completamente à parte da história dos outros games da franquia Crash Bandicoot até então. Apesar de usar vários dos personagens mais famosos da franquia, não é necessário ter jogado os games anteriores para entender a história desse game, já que os personagens são aqui usados apenas como referência, e não se leva em conta o passado de cada um, ou algo do tipo. No todo, a história é tão simples, assim como a de vários outros games nesse gênero.

A história começa quando Crash Bandicoot e seus amigos decidem, por algum motivo, realizar uma competição de kart. A ideia era apenas reunir os amigos, mas acontece que o fato chegou até as galáxias de alhures. Só que a coisa fica séria quando um extraterrestre chamado Nitros Oxide vê isso lá do espaço e decide entrar na farra. Esse é Nitros Oxide:

Ctroxidehover.jpg

Oxide entra na competição, mas com uma ameaça: ele planeja dominar a Terra. Sua intenção é usar a terra como uma espécie de estacionamento galáctico para outros extraterrestres, e, para isso, ele irá acabar com a fauna e a flora do planeta e escravizar a raça humana. Se ele perder, ele vai voltar para Gasmoxia, seu planeta, e nunca mais retornará à Terra. Seu carro é completo e perfeito, possuindo tanto velocidade máxima quanto muita capacidade de curva e sendo muito estável.

Sendo um caso de segurança intergaláctica, é claro que Crash e seus amigos aceitam a parada. Todos os personagens são convidados, até mesmo os vilões da série, como o Neo Cortex, por exemplo. Esses são os personagens que aceitaram participar da corrida:


Crash Bandicoot não poderia ficar de fora de um jogo com o seu nome, não é mesmo? Crash é o protagonista da série e também do game. Seu carro é um dos mais balanceados de todos, e isso o torna uma excelente escolha para iniciantes ou mesmo os amantes da série.

Doctor Neo Cortex 4.jpg

Este é Neo Cortex, maior antagonista da franquia e vilão declarado de Crash Bandicoot desde o momento de seu nascimento, afinal, foi Neo Cortex que o criou. Ele tentou capturar ou matar Crash e seus amigos por diversas vezes sem sucesso. Por algum motivo, ele aceitou correr. Talvez por não ter mais nada para fazer, para superar Crash em alguma coisa, ou para salvar o mundo mesmo, uma vez que, sem mundo para dominar, ele não teria mais com o quê se divertir. Seu carro é tão balanceado quanto o de Crash Bandicoot, tornando-o também uma boa escolha a se ter em mente.


Coco Bandicoot é a irmã de Crash, uma vez que ela foi criada juntamente com ele por Neo Cortex. Eles eram cobaias de experimentos secretos, mas conseguiram escapar e se tornaram criaturas da paz e harmonia. Enquanto uma das protagonistas, é claro que ela tinha de entrar nessa para salvar a Terra. Seu carro não é necessariamente rápido, mas, por ser leve, é capaz de fazer curvas muito bem.


Dr. Neo Gin, braço direito de Neo Cortex e presente desde o início da franquia, é um dos principais vilões de Crash e seus amigos. Ele também veio dar umas voltas de kart. Talvez, só para acompanhar Cortex, ou mesmo pelos mesmos motivos de Cortex. Seu carro, semelhante ao da Coco, é lento mais vira muitíssimo bem e se mantém estabilizado nas pistas.


Este é Tiny Tiger, que, de "Tiny", não tem nada. Uma espécie de vilão secundário de Crash, ele apareceu no segundo e terceiro jogos da franquia, apenas para aparições especiais como chefes de fase. Como os seus principais chefes estão na corrida, é claro que ele não podia ficar de fora, né? Seu carro é focado na velocidade, então se trata de um carro muito rápido, mas, em compensação, tem sérios problemas para realizar curvas e se manter estável na pista.


A exemplo de Tiny Tiger, Dingodile também é um vilão secundário. Ele apareceu como chefe de fase apenas no terceiro jogo da franquia, mas já marcou sua presença no Hall dos vilões. Seu carro é como o de Tiny Tiger: muito rápido, mas instável e com péssima qualidade de curva.


Polarkart.png

E é claro que os mascotes não poderiam ficar de fora, não é mesmo? Polar, esse ursinho camarada que fez uma participação especial no segundo jogo da franquia, como "meio de transporte" de Crash, reaparece para tentar ajudar os seus amigos a salvar o mundo. A exemplo de outros personagens leves, como a Coco e o Neo Gin, Polar também não é rápido, mas, por ser leve, vira bem e é estável.

ImagesCAKV535U.jpg

Fechando os mascotes, Pura, o qual fez uma aparição breve no terceiro jogo da franquia, coincidentemente também como meio de transporte, aparece para fazer uma ponta. A exemplo de Polar, o carro de Pura não é nada rápido mais vira bem e também é estável.
Esses são os personagens que fazem sua aparição desde o princípio. Mas tem ainda alguns personagens especiais que fazem aparições como chefes de fase, para duelos individuais. São eles:

Rooctr.png

Esse personagem malucão se chama Ripper Roo, e é o velho conhecido da série. Um vilão secundário que  fez participações como chefe de fase no primeiro e segundo jogos, ele se tornou bem famoso entre os fãs da franquia. Seu carro não é tão rápido, mas vira bem e é bem estável.

Papukart.png

Esse chefão é clássico. Papu Papu fez uma aparição especial como chefe de fase no primeiro game da franquia, e voltou com tudo como chefe nesse jogo também. Seu carro é muito rápido, mas ele não consegue virar muito bem e nem é tão estável quanto poderia, por causa de seu tamanho e peso.


Este é Komodo Joe. Conhece? Bem, talvez ele seja o mais desconhecido de todos os personagens. Isso porque, na verdade, além de ser um vilão secundário, ele aparece apenas no segundo jogo da franquia, e acompanhado de seu irmão. Então, todos o conhecem como Komodo Brothers, que é o nome dos dois irmãos juntos. Mas a Naughty Dog resolveu colocar apenas um deles em um kart para uma participação especial como chefe nesse game, e aqui está ele. Seu carro é razoavelmente rápido, e possui boa estabilidade e excelente capacidade de curva.

Pinstripekart.png

Esse é Don Pinstripelli Potorotti, vilão clássico do primeiro jogo da franquia, que decidiu voltar para uma participação especial como chefe de fase. Seu carro é muito rápido, e vira bem também, sendo um carro quase completo.

E é isso. No final, como não poderia deixar de ser, Nitros Oxide é derrotado e volta para seu planeta, deixando a Terra em paz. E assim acaba o game. Fim.

Sobre o jogo

Crash Team Racing é um jogo de corrida. É isso mesmo, de corrida, como o nome já deixa bem claro. A Naughty Dog pegou os personagens mais famosos da franquia Crash Bandicoot e os colocaram sobre quatro rodas para uma disputa de kart. Algo semelhante ao que a Nintendo fez com os personagens da franquia Mario, no game Mario Kart. E as semelhanças não acabam por aí. O estilo do jogo é o mesmo, inclusive a jogabilidade e as várias trapaças disponíveis.
CTR não é um jogo do gênero Racing convencional. Afinal, as habilidades ao volante não são o único fator predominante na corrida. Os seus oponentes não irão hesitar para tirá-lo da pista, em detoná-lo com bombas, explodi-lo com mísseis e barrar seu caminho com minas. Afinal, as trapaças são um elemento mais que bem-vindo a games desse gênero. Eles são indispensáveis, e a Naughty Dog não se esqueceu disso.
Logo de começo, tem 8 personagens disponíveis. São eles: Crash Bandicoot, Neo Cortex, Coco Bandicoot, Dr. Neo Gin, Tiny Tiger, Dingodile, Polar e Pura. Cada um deles tem a sua personalidade transmitida dentro do veículo, fornecendo modos de jogo diferente. Enquanto alguns são mais balanceados e indicados para iniciantes, tem os corredores que são mais leves, sendo mais lentos e com maior capacidade de curva, enquanto outros são mais pesadões, sendo rápidos mas instáveis. Tudo de forma a fornecer ao jogador múltiplas possibilidades, de modo a permitir que ele escolha um jogador compatível com o estilo de jogar. E não são só eles, é claro. Se o jogador fechar o jogo e vencer os torneios, ele vai habilitando sempre novos jogadores, até chegar ao total de 15 personagens disponíveis!
Há cinco modos diferentes de jogo. O modo Adventure é o modo single-player, no qual o jogador segue com a história do game, participa de várias corridas, enfrenta chefes e vence torneios, até então poder liberar novas pistas e novos personagens para os outros modos de jogo. O modo Time Trial, como o nome já diz, permite ao jogador disputar contra o relógio com qualquer pista ou personagem liberado. Vencendo os tempos indicados, poderá tentar bater os recordes lutando contra fantasmas de um personagem que pode ser liberado. No modo Arcade, o jogador pode escolher a pista que mais gosta e os personagens com que quer concorrer para partidas simples. Também é possível travar disputas com um amigo nesse modo, disputando torneios contra outros 4 competidores. No modo Versus, de 2 a 4 competidores podem  disputar um contra o outro em qualquer pista e com qualquer personagem. Já o modo Battle, de 2 a 4 competidores podem disputar torneios entre si, seja "cada um por si" ou formando equipes, da forma como escolher, os personagens que quiserem e nas pistas que quiserem.
Vamos falar agora do modo Adventure, que é o principal. O jogador passa o tempo todo dentro de um carro. Até mesmo os cenários entre as pistas são ao volante. O jogador se encontra em uma espécie de mundo aberto, onde ele pode se dirigir a cada uma das pistas que estiverem disponíveis. Se quiser, ainda pode salvar o jogo, ou acessar pistas secretas. As portas trancadas proíbem o jogador de acessar as áreas mais avançadas. Para conseguir as chaves que abrem essas portas, primeiro ele terá de vencer os desafiantes de cada cenário. Os desafiantes são como "chefes de fase". Mas, para que os desafiantes aceitem correr contra nós, é preciso primeiro vencer todas as pistas de cada cenário.
Os comandos são simples, como todos os jogos de corrida. Um botão acelera, um outro freia, mais um serve para pular e outro usa as armas ou habilidades. Mas não acaba por aí não. Apesar de esses comandos básicos serem suficientes para se conseguir passar as primeiras pistas sem problemas, chegará um momento em que só eles não adiantarão. Os jogadores pouco a pouco terão de se acostumar com comandos um pouco mais complexos, como a derrapada, por exemplo. Há um comando especial no qual o jogador pode derrapar , fazendo curvas mais fechadas com mais facilidade. É muito fácil perder o controle do veículo durante a derrapada, e isso exigirá bastante treino por parte do jogador. Mas, quando ele se tornar craque nisso, ficará bem superior aos adversários. O mesmo vale para um sistema de turbo, incluído no jogo, através de comandos rápidos. Difícil de se pegar no começo, mas, quando conseguir pegar o jeito da coisa, não ter para mais ninguém.
Há 16 pistas, no total, todas elas muito bem caracterizadas de acordo com cada um dos personagens do game. As pistas foram feitas para serem variadas, e apresentam cenários diferentes, que vão desde castelos, praias, montanhas e cânions, até pistas de corrida, estradas, templos e o espaço sideral. As pistas vão se tornando cada vez mais estreitas e mais complicadas com o passar do tempo, aumentando a dificuldade da vitória e exigindo maior perícia por parte do jogador. Cada pista possui o seu design, e os seus vários atalhos. Pois é. Há atalhos escondidos, em vários cantos de cada uma das pistas. Elas geralmente exigem uma alta precisão para serem alcançadas, mas, se conseguir acertá-las, irá poupar uma boa parte da pista e alcançar uma boa dianteira nos adversários.
Vamos agora falar sobre os itens do jogo. Há uma boa variedade de itens, e todos eles são adquiridos através de caixas especiais marcadas com uma "?" em cada uma das pistas. Há vários pontos como esse, geralmente com três ou quatro caixas desse tipo formando uma linha. Também é possível achar caixas dessas isoladas em pontos especiais de alguns cenários. Ao pegar uma caixa dessas, começará uma pequena roleta, que sorteará, na base da sorte, qual o item que você poderá usar. Só poderá ter um item por vez, e, se quiser pegar outro item, terá de, primeiramente, usar esse que já possui.
Mas, antes de falarmos sobre as armas em si, vamos falar sobre outro elemento essencial do game: as maçãs. Há maçãs que ficam espalhadas pelos cenários, e podem ser coletadas e acumuladas. Da mesma forma, há caixas listradas que fornecem 5 maçãs cada. Coletar as maçãs não fornece nenhum tipo de benefício, até que o jogador tenha adquirido o máximo de 10. Quando alcançar essa quantia, ele ficará em um modo especial, e, nesse modo, ele ficará um pouquinho mais rápido, e todas as armas que ele pegar ficam mais fortes do que o comum. Os itens se diferem em dois tipos: os mais fracos e os mais fortes. É possível pegar itens mais fortes sem ter o máximo de 10 maçãs, mas é raro. No entanto, se estiver com o máximo de maçãs, só pegará armas fortes. Mas atenção: se o personagem sair da pista, ou ser atingido por armas inimigas, ele irá perder maçãs, então tome cuidado.
Como já foi dito, os itens se dividem entre fortes e fracos. O jogador tem dois tipos de "caixas-minas" que pode deixar no cenário, por exemplo. A caixa TNT é fraca, pois ela leva três segundos para explodir e pode ser retirada do jogador se ele pular na hora certa. Já a caixa Nitro, por exemplo, a versão mais forte da caixa de TNT, explode ao menor contato. Da mesma forma, há duas "poções-minas": uma verde que apenas faz o adversário derrapar, e uma vermelha que, além de fazer derrapar, ainda deixa o oponente mais lento por algum tempo. Essas são as minas. Agora, vamos para as armas de fato. Tem dois tipos: há bolas explosivas, que podem ser atiradas apenas para a frente, e há mísseis teleguiados que seguem o oponente mais próximo até acertá-lo. Ambos detonam o oponente e o atrasam por um tempo, mas não é possível "matar" um adversário. Essas armas são independentes e não possuem necessariamente uma "versão mais forte". O que acontece, caso o jogador tenha 10 maçãs, é que ele terá 3 unidades de cada, e não apenas uma. E também tem protetores. O protetor verde é o mais fraco, e o azul é o mais forte. Ative o protetor, e ele ficará acionado ao redor do personagem, como um escudo, protegendo-o de um ataque oponente. Mas ele só dura um ataque. Se um oponente tocar em você com um escudo, ele explode. E você ainda pode arremessar o escudo para a frente se quiser, detonando alguém. O protetor verde dura pouco tempo, mas o azul dura até que você seja atingido ou o jogue fora. No entanto, poderá pegar outras armas, mas não poderá usá-las sem jogar fora o escudo. Há, ainda mais quatro itens: um turbo que aumenta drasticamente a velocidade do personagem por um tempo determinado (que é ainda maior se tiver 10 maçãs); um raio laser que segue adiante, detonando todos pelo qual ele passar, até chegar ao primeiro colocado da corrida (inútil se você for o primeiro colocado); uma ferramenta que é um relógio que para o tempo temporariamente para que você possa ultrapassar os oponentes; e ainda a arma mais característica do jogo, que é a máscara Aku-Aku. Essa máscara cria uma proteção ao redor do personagem e aumenta bastante a sua velocidade, sem contar que essa proteção ainda pode detonar todo mundo no qual você toca. Cada arma do jogo é única, e você tem de saber a melhor hora de usar cada uma, se quiser vencer as corridas mais difíceis.
E desta forma ocorre a evolução do game. Cada pista tem oito competidores e três voltas. Vencendo as pistas, conseguimos um troféu de ouro. Com um determinado número de troféus, conseguimos acesso aos chefes de fase. Contra os chefes, são um-contra-um em três voltas. Aí, os chefes de fase nos fornecem chaves, e, com essas chaves, conseguimos acesso a novas áreas, e assim por diante. Mas não é só isso. Após conseguir o troféu de uma pista, terá o direito de repeti-la em dois outros modos de jogo: Crash Token Challenge e Relic Challenge. Crash Token Challenge é um modo no qual você tem de novamente vencer os outros competidores em três voltas, mas, desta vez, além de chegar em primeiro, ainda terá de coletar as letras C, T e R que se encontram espalhadas pelas pistas e em locais de difícil acesso. A ideia é que você terá de, muitas vezes, sair da pista (às vezes tendo de entrar na água ou na areia) ou realizar manobras (como saltar buracos e tal) para pegar essas letras, e, mesmo assim, vencer os outros competidores. É mais difícil que o modo normal, mas nem tanto assim. Essas corridas rendem tokens. Agora, o Relic Challenge pode ser um desafio para alguns. Trata-se de uma corrida de três voltas, sem competidores. Você, versus o tempo, e com um tempo bem limitado. Para ajudar, há um número determinado de caixas espalhadas pelo cenário, as quais fornecem de 1 a 3 segundos de tempo adicional. Trata-se de uma boa quantia, se for levar em consideração o tempo curtíssimo. E tem mais: se conseguir pegar todas as caixas da pista, conseguirá 10 segundos de bônus no tempo final da pista, então vale a pena tentar pegar todas. Mas saiba que muitas serão realmente complicadas. Essas pistas rendem Relics azuis, e, se o tempo máximo for quebrado, Relics dourados. Mas, para conseguir esses Relics dourados, terá de conseguir um tempo muito bom, e, para isso, o bônus de 10 segundos é quase obrigatório.
E não é só isso! Conseguindo todos os tokens, conseguirá acesso a campeonatos especiais. Esses campeonatos oferecem uma disputa de pontos em quatro corridas sucessivas, todas em três voltas contra oito competidores, como estamos acostumados. O vencedor de cada torneio leva uma gema, e, algumas vezes, disponibiliza um novo personagem para jogar. Tem ainda um torneio apenas com os chefes de fase! E, após conseguir passar por todas as pistas, chefes, adquirir todos os Relics, Tokens e Gems, terá uma surpresa: poderá competir contra o último chefe do game, o chefe secreto, e, assim, conferir o verdadeiro final. Vale a pena ou não vale fazer 100%? Nem que seja para disponibilizar os vários personagens extras. São 7 no total.
Por fim, só falta comentar o modo multiplayer. Há vários modos de jogo no qual poderá disputar contra 1, 2 ou até 3 de seus amigos em partidas individuais ou torneios de pontos, a sós com participação de outros competidores controlados pelo computador. Poderá escolher qualquer pista, e qualquer personagem, inclusive os desbloqueados, servindo assim como um excelente combustível para o jogador que já fez 100% no modo Single Player e quer ainda mais diversão. Tem tanta coisa para fazer que você poderá passar muito e muito tempo jogando esse game e competindo com seus amigos.

Minha análise do jogo

Gráficos
Crash Team Racing usa a mesma engine usada em Crash Bandicoot: Warped, pois ambos foram produzidos juntos. O design dos personagens, feito por Charles Zembillas e Joe Pearson, está tão bom quanto nos outros games. Gráficos animados, fluidos e muito interessantes de se ver. Para a época no qual foi lançado, os gráficos se mantêm dentro de um padrão muito bom. A Naughty Dog sabe usar o potencial do Playstation como ninguém, desde o primeiro jogo da franquia. Os gráficos de CTR conseguem se manter superiores até mesmo a outros jogos de corrida, que acabam se complicando na hora de realizar efeitos especiais e de passar a noção de velocidade. Esses problemas não aparecem aqui em Crash Team Racing, e a corrida parece exemplar graficamente. Até mesmo em multiplayer, o que impressiona ainda mais. Empenho máximo para a Naughty Dog.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Som
A Naughty Dog entende de gráficos e de música também. Afinal, a mesma Mutato Musika que trabalha na franquia Crash Bandicoot desde o começo, continua por aqui, realizando ótimos trabalhos. As composições são muito boas e ajudam a passar a expectativa esperada para cada partida e cada momento, sem deixar a desejar. Os efeitos sonoros continuam sendo produzidos pela Universal Interactive Studios, e continuam engraçados e muito bem feitos. A dublagem é que ainda é realizada da mesma forma como era desde o primeiro game, sem muitas alterações. Em 1996, esse padrão era excelente, mas, em 1999, já parece meio desgastado. A dublagem poderia ter ficado bem melhor. Por isso, o empenho da Naughty Dog foi excelente, e não máximo, como poderia ter sido.
● Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)

Jogabilidade
Esse é o principal fator que pode diferenciar um excelente game de corrida de uma desgraça completa. E a Naughty Dog não deixou a desejar em momento algum. Tudo foi muito bem pensado e realizado, e a impressão que se tem é que Crash Team Racing possui uma das melhores jogabilidades já vistas em um jogo de kart, comparando-se à sua referência máxima, Mario Kart. Entre os derivados, não há nem comparação. Tudo na jogabilidade é fluida e rápida, e os comandos funciona muito bem. O jogo é versátil e fornece muitas formas de se controlar o carro, de acordo com o estilo de cada um. E os diversos elementos diferenciais da corrida (como o turbo e a derrapada) são difíceis de se dominar, exigindo muito treino, como não poderia deixar de ser. É um jogo que agrada os iniciantes, mas que tem potencial para permitir uma evolução do jogador, que consegue deixar claro sua diferença em relação aos iniciantes, através dos movimentos mais complexos. Isso é muito bom quando se pensa em um modo multiplayer para o jogo. Empenho máximo da Naughty Dog.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Diversão
Vamos pensar um pouco. Um game de kart, de excelente qualidade, com os personagens hiper-carismáticos da franquia Crash Bandicoot, com uma jogabilidade viciante, vários modos de jogo, muitos extras para desbloquear e a possibilidade de se jogar com até três amigos ao mesmo tempo. Precisa de mais o quê para ser divertido? Crash Team Racing tem diversão de sobra para a família toda. Um game perfeito para atrair tanto iniciantes quanto veteranos do kart, o jogo começa fácil e vai se tornando mais e mais difícil a cada corrida. Como a dificuldade cresce exponencialmente e de forma moderada, não frustra o jogador, e o jogador vai sendo pouco a pouco obrigado a dominar os elementos mais complexos da jogabilidade, como a derrapada e o turbo, por exemplo, de modo a ir se aprimorando nos controles e se tornando mais capaz de vencer os torneios mais complicados. Não há apelação: a vitória ou derrota depende inteiramente da dedicação do jogador. Por todos esses elementos, a diversão é o fator que a Naughty Dog não deixou de lado. Empenho máximo, sem mais comentários.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Longevidade
Vida longa a Crash Bandicoot! Sim, de todos os games já lançados pela franquia Crash nos últimos três ou quatro anos, esse é o que tem mais chances de ficar por um bom tempo no seu console. São 8 personagens disponíveis desde o começo, e um total de 15 que pode ser liberado. Mesmo no modo Adventure, ainda há muita coisa para fazer. São 16 pistas, que devem ser repetidas diversas vezes para se completar uma série de desafios adicionais de modo a conseguir todos os troféus possíveis, e, assim, liberar os outros personagens. Afinal, são 7 personagens destraváveis. Um jogador comum levará umas cinco horas para fechar o jogo, se ele quiser apenas fechar e pronto. Mas, se quiser completar todos os campeonatos, conseguir as relíquias, os tokens e tudo o mais, pode contabilizar aí de 15 a 30 horas livres, dependendo da sua qualidade enquanto corredor. Aí, poderá contabilizar os outros vários modos de jogo, como o Time Trial, que, aliás, exigirá mais umas 12 horas de jogo, e ainda pode fornecer mais um personagem extra. Já somamos cerca de 40 a 50 horas de jogo, e ainda nem comentamos a cereja do bolo: o modo multiplayer. Jogar contra 2, 3 ou 4 jogadores é o motivo que manterá esse game dentro do seu console ainda por muito, mas muito tempo depois desse lançamento. E isso irá incluir horas infinitas de jogo a esse jogo que, mesmo no modo Single Player, já dá um banho de longevidade. Sem dúvida, um jogo para se curtir por meses a fio. Empenho máximo e merecido para a Naughty Dog, por essa abundância de longevidade.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Inovação
Como já afirmamos repetidas vezes, Crash Team Racing é uma cópia de Mario Kart. Não tem como não levar isso em consideração. Mas também consideramos que a franquia sempre se baseou em seu precursor, e que há vários derivados desse gênero muito popular. Entre todos os derivados, eu posso afirmar sem qualquer sombra de dúvida que Crash Team Racing é o melhor e o mais completo. Sendo assim, não é estranho perceber que esse game possui algo que os outros games não possuem, não é mesmo? A versão de Crash da corrida de kart traz tudo aquilo que fez sucesso nos outros jogos, e ainda incluiu muitas coisas legais fora o carisma dos personagens. Não é uma cópia deslavada: o jogo trouxe diversos quesitos interessantes que eu gostaria de ver até mesmo no próprio Mario Kart! Os vários modos de jogo, a possibilidade de se jogar com quatro jogadores, a variedade de pistas e a jogabilidade viciante são elementos que nem todos os derivados de Mario Kart possuem, mas esse jogo possui muito bem. Assim, ele se destaca e consegue sua fatia no mercado, principalmente no console Playstation, que precisava muito de um jogo assim. Não necessariamente original, mas uma bela adaptação e evolução do gênero, chegando de forma nova e competitiva nos consoles 32 bits. Empenho considerável por parte da Naughty Dog.
● Nota pessoal: 3/5 (Empenho Considerável)

Soma Final: 27/30 (Excelente)

Em resumo: Quando se deixa de lado um pouco o fato de que o game foi totalmente inspirado em um clássico dos clássicos e referência máxima do gênero, encontrará aqui algo a ser respeitado. Crash Team Racing eleva o gênero e consegue se dar muito bem, trazendo um excelente game ao console da Sony, com nada a desejar para outros jogos do gênero. Um dos games mais viciantes e divertidos do ano de 1999, e não é à toa que se tornou um Greatest Hits. Uma aquisição obrigatória para a sua coleção, principalmente se curtir o gênero corrida, e ainda mais se curtir os jogos do Crash.



Análises profissionais

A média pela Metacritic para Crash Team Racing é 88/100.

Detonado em vídeo

Esse é o melhor detonado em vídeo de Crash Team Racing disponível em toda a internet. Ele é 100% completo, ele mostra como fazer 100% do game no modo Adventure. Como passar todas as pistas, todos os chefes, conseguir todas as relíquias, todos os tokens, todos os campeonatos, enfim, tudo, até o chefão secreto. Tudo muito bem produzido, com qualidade razoável e bem compactado. Vale a pena conferir. Divirta-se!


Parte 1


Parte 2


Parte 3


Parte 4


Parte 5


Parte 6


Parte 7


Parte 8


Parte 9


Parte 10


Parte 11


Parte 12


Parte 13


Parte 14


Parte 15


Parte 16


Parte 17


Parte 18


Parte 19


Parte 20


Parte 21


Parte 22


Parte 23


Parte 24


Parte 25


Parte 26


Parte 27


E aí, o que achou desta análise? Curtiu? Deixe-me seu comentário, ou entre em contato comigo pelo e-mail: adm_melhorfinal@hotmail.com ou pelo twitter: @AdmMelhorFinal.

Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Postar um comentário