quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Resident Evil 4 - Análise

Esta é a retro análise do jogo Resident Evil: 4, lançado em 2005 para Gamecube e depois para Playstation 2.


Confira:

RESIDENT EVIL 4


Informações técnicas

Publicado por: Capcom
Desenvolvido por: Capcom
Gênero: Survival-Horror
Diretor: Shinji Mikami
Plataforma: Gamecube, Playstation 2 e PC
Data de lançamento: 11 de janeiro de 2005
Faixa etária: Mature

Introdução


A Capcom lançou o sexto jogo da franquia Resident Evil, do gênero survival-horror, em 2005, batizado como Resident Evil 4, para Gamecube e depois para Playstation 2. Reconhecido como um dos melhores jogos da franquia, um dos melhores de 2005 e já lançados na história dos videogames.

Sobre os personagens

O jogo trouxe de volta o Leon Scott Kennedy, do segundo jogo. Leon apareceu com um novo emprego, um novo visual e muito mais atitude. Confira:
Leon em Resident Evil 2:
Leon em Resident Evil 4:
O corte de cabelo é o mesmo, mas o estilo da vestimenta demonstra um espírito aventureiro preparado para qualquer coisa, e os olhos mais escuros demonstra cansaço proveninente de muitas missões já passadas. Leon está mais experiente e mais perigoso, também. Ele foi promovido, por algum motivo, ao cargo de agente especial da CIA.
Bom, a história é o seguinte: Ashley Grahan, a filha do presidente dos Estados Unidos foi sequetrada. Veja uma imagem dela:
O próprio presidente não parece muito preocupado com a garotinha orelhuda, pois ele deu o mínimo de importância possível para o caso. Para começar, ele designou apenas um agente para o caso: Leon. Leon teria de ir para um vilarejo afastado e inóspito na zona rural da Espanha, onde eles simplesmente chutam, sem prova alguma, que a garota esteja. Leon vai ao local sozinho, sem colete à prova de balas, armado apenas com uma pistola, sem pente reserva de munição, e, o pior de tudo, ele não fala uma palavra sequer de espanhol. Missão cuidadosamente planejada, não?
Leon tem como contato apenas uma garota de mãos com feitio esquisito chamada Hunnigan. Hunnigan é um exemplo excelente de como ser uma informante completamente inútil. Ela não avisa nada, não participa de nada, só liga nas horas erradas e não demonstra reação nenhuma, sobre nada. Leon diz: "acabei de matar um hostil". Ela nem sequer esboça uma reação. Leon informa que tem dezenas de pessoas querendo matá-lo a qualquer custo, obviamente pedindo ajuda ou reforço, e tudo o que ela pode fazer é dizer: "certo, mas não esqueça de cumprir a sua missão. Pode matar todo mundo no caminho, sem problemas". Deveras útil. Sem dizer que eles conseguem se enxergar através de um rádio sem visor, e, pior, ela é capaz de PASSAR DOCUMENTOS para Leon por esse mesmo rádio. Como? Maravilhas tecnológicas modernas.

Sobre o jogo (contém spoilers)


Pedindo informações a policiais locais com atitudes suspeitas, ele é levado a um vilarejo estranho e inóspito, onde os moradores têm voz rouca e olhos vermelhos, e estão sempre ocupados em levar feno de um lado para outro e queimar policiais em fogueiras. Mesmo assim, Leon não desconfia de nada e entra na casa de um deles. Após a invasão domiciliar, ele tenta interrogar um espanhol falando em inglês. Obviamente, o cara não entende nada, já que não é a língua dele, e decide atacar Leon, por ter invadido sua casa. Leon tenta convencê-lo a parar, mesmo percebendo que ele não entende uma palavra de inglês, e depois o mata cruelmente a tiros. Um exemplo de agente federal. Aí, quando todos os demais fazendeiros do local vêm para vingar a morte de um deles, com moto-serras e ancinhos,  Leon acha ruim ter de acabar com todos eles. Mas foi ele mesmo que começou!
Muitos fãs da série sentiram a falta de zumbis, mas vale lembrar que a mudança não foi tão drástica assim. Os fazendeiros que encontramos são "versões atualizadas" dos zumbis. Eles são capazes de falar, de se comunicar, emboscar o personagem, plantar armadilhas e armar emboscadas intrincadas, inclusive usam armas, explosivos e outras coisas, como pás, facas, rastelos, e serras-elétricas. Os mais avançados usam bestas e armas de fogo. Mas não deixam de ser formas evoluídas de zumbis, uma vez que eles também não representam tanta capacidade de raciocínio a ponto de serem considerados humanos. Eles continuam vindo lentamente em sua direção, esperando tomar uma bala na testa, e, quando muito, ainda se abaixam para evitar um disparo, mas não apresentam reações elaboradas. É um avanço, mas não muito avançado ainda.
Por falar nos monstros, eles foram infectados com parasitas desenvolvidas geneticamente para possuir seus hospedeiros. O nome Umbrella já deve logo vir à mente, mas saiba que ela não tem nada a ver. A empresa Umbrella faliu, diante de tantos processos judiciais que sofreu, então ela não tem nada a ver com a história. A desculpa da vez é um culto religioso chamado Los Illuminados, que desenvolveram parasitas especiais chamadas Las Plagas com a intenção de conseguir novos adeptos. Puxa vida, quantas empresas de cosméticos e cultos religiosos com ideias genocidas temos no mundo?
O objetivo inicial de Leon é esse aqui:
O barbudão de olhos de cores diferentes, chamado Bitorez Mendes, é forte e poderoso o bastante para segurar um roundhouse kick de Leon e nocauteá-lo com apenas um golpe, isso pelo menos duas vezes no decorrer do jogo. Mas, futuramente, descobrimos que não é bem por aí, que o verdadeiro chefão por trás de tudo é Osmund Saddler, esse sujeito aqui:
Saddler possui poderes paranormais e também subjuga Leon diversas vezes, chegando realmente e humilhá-lo e debochar dele diversas vezes. Como se não fosse o bastante, tem mais esse aqui:
Esse anão esquisito e muito mal vestido se chama Ramon Salazar, e é o dono de um dos castelos enormes onde Saddler está refugiado. Isso dá a ele o direito de interromper conversas por rádio dos outros, falar um monte de besteira e se achar gente, sendo que, na única vez em que ele decide encarar Leon, de frente por mais que alguns segundos, ele quase perde a mão para ele. Simplesmente o mais patético deles todos, que, no final, ainda tenta apelar sendo engolido por um monstro, apenas para morrer minutos depois.
Convenhamos: Leon não é um bom agente. No decorrer do jogo ele é capturado pelos inimigos pelo menos três vezes, é subjugado por uma mulher, depende diversas vezes da ajuda de terceiros, e se permite cair em várias armadilhas óbvias e toscas, do tipo "pegue o item brilhante inocentemente colocado no centro de uma sala". Apesar de sua qualidade duvidosa, ele recebeu muitas novas habilidades. No curso para agente federal, ele aprendeu a chutar portas, saltar janelas e grades, e também fez aulas de defesa pessoal, onde aprendeu a dar round house kicks, mortais para trás, piruetas, chutes quebra-queixo e outros golpes que ele faz questão de usar em alto estilo.
Mas Leon não está sozinho. Ele encontra amigos e parceiros em sua investida. O primeiro que ele encontra é Luis Sera, um ex-policial que misteriosamente está envolvido nesta história toda, trabalhando para alguém que jamais é revelado com certeza, atrás de um dos vírus desenvolvidos pelos Los Illuminados. Veja-o:
Luis não ajuda em nada, faz questão de andar sempre sozinho, some do nada, mesmo que não tenha nenhum caminho aparente para onde ir, e morre vergonhosamente. Outro personagem a ser introduzido nesta missão é o mercador sem nome. Esse vendedor ambulante carrega todo tipo de arma e item, e ele carrega tudo dentro de seu casaco. Ele consegue lança-mísseis, granadas, mapas, maletas e até mesmo sprays de cura, tudo a precinhos camaradas, mas, por algum motivo, ele não vende munição. Sua habilidade de comerciante é tão criativa que ele até entrega brindes especiais para os dez primeiros que atirarem em 15 medalhões azuis que ele escondeu pelo cenário. Ele sempre chega na frente de Leon, para todo lugar a que ele vá, e arma a sua lojinha simples. Você até mesmo pode matá-lo que ele reaparecerá em outro lugar logo em seguida. Ah, e tem alguns irmãos gêmeos deles que também administram campos de tiro ao alvo. Veja uma imagem dele:
Ah, e também pode-se constatar a reaparição de Ada Wong, lembra-se dela? Não? Ela foi minimamente mencionada em um documento em Resident Evil 1 e fez uma participação especial em Resident Evil 2, no cenário de Leon, mas era um trecho muito pequeno, em que ela não fazia nada de útil, a não ser as cenas em que ela debocha de Leon comprovando sua inferioridade, e a cena da sua morte. Sim, ela morre em Resident Evil 2, pelo menos é o que se espera de alguém que, após receber um corte transversal no corpo, um tiro nas costas, ainda cai de uma altura de mais de 30 metros. Mas, tudo bem, ela está de volta, feliz da vida, mais sexy e muito mais habilidosa. Veja uma imagem da nova versão de Ada:
Ah, claro, não posso deixar de mencionar a Ashley. Após ser resgatada, ela se torna um fardo muito chato que Leon tem de aturar pelas próximas 30 ou mais horas de jogo. Completamente inútil, ela não faz exatamente nada. Nada mesmo. Ela não empunha armas, ela não sabe se defender, ela simplesmente grita e fica parada para ser capturada ou receber um golpe inimigo. Leon é obrigado a seguir com ela, isso quando não sabiamente manda ela ficar dentro de uma lata de lixo esperando, só como punição por sua incompetência. Leon a usa para saltar em janelas mais altas e chegar a pontos inalcansáveis, mas ela sempre acaba se ferrando e precisando de ajuda. Leon também a deixa ser recapturada uma vez, só de tédio. Como se não bastasse, Leon precisa racionar itens de cura com ela também, que nem para isso serve.
Leon é capaz de usar muitas armas, e também as ervas medicinais coloridas que ele adquire no decorrer do caminho. Há uma nova cor de erva, que nasce apenas na espanha: a erva amarela. Esta erva aumenta a vida de Leon. Ah, um fato curioso: Leon sempre pode encontrar itens e dinheiro pelo local, até dentro de barris, caixas e no cadáver dos pássaros e outros animais que ele pode matar no decorrer do jogo. Podemos até encontrar granadas dentro de corvos! Vale lembrar que muitos inimigos levam munição de diversas armas nos corpos deles, e até têm espingardas penduradas nas paredes das casas deles, mas nenhum deles usa uma arma de fogo sequer, curiosamente. Pelo menos até o final do jogo. E vale lembrar que Leon aprendeu a digitar em máquinas de escrever sem usar fitas de tinta.

Análise breve do jogo

Bem, é isso. A essência é a mesma, mas todos os fundamentos do jogo foram alterados - e para melhor. Pode esperar por muitos monstros estranhos e gigantescos, dignos da mente criativa da Capcom, incluindo gigantes e peixes enormes, além de muita ação, muitas cenas de combate intensas e algumas cenas que chegam a ser hilárias de tão absurdamente irreais. Um jogo que vale a pena ser jogado, nem que seja para ver até que ponto a Capcom pôde levar a franquia Resident Evil.

Deixe seu comentário!


Entre em contato comigo pelo e-mail: adm_melhorfinal@hotmail.com ou pelo twitter: @AdmMelhorFinal.
Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Postar um comentário