segunda-feira, 14 de março de 2011

Assassin's Creed - Análise

Dando continuidade para a nossa série de retro análises, vamos realizar uma especial sobre uma das séries de maior sucesso na atualidade: Assassin's Creed.


Confira:


ASSASSIN'S CREED


Informações técnicas

Publicado por: Ubisoft
Desenvolvido por: Ubisoft Montreal
Gênero: Action-Adventure
Plataforma: Playstation3, Xbox 360 e PC
Data de lançamento: 14 de novembro de 2007
Faixa etária: Mature

Introdução

Assassin's Creed se passa no período da Terceira Cruzada, no ano de 1191. O jogo conta a história de vários dos templários, personagens reais na época, que buscavam a proteção da Terra Prometida. Também conta a história de uma teoria da conspiração que envolve uma ordem de assassinos secretamente designada para eliminar os templários, sem nenhum motivo digno.
O jogo apresenta muitas características stealth, e, na pele de um dos assassinos da tal ordem secreta, temos de realizar as mais arriscadas e intrincadas mortes históricas de todos os tempos,. O jogo é repleto de fatos verídicos, uma aula de história com muita ação e adrenalina.

Sobre o personagem

Assassin's Creed conta a história de Desmond Miles. Quem é Desmond? É um bartender pé rapado que levava uma vidinha normal, tentando ganhar a vida, lá nos Estados Unidos. Veja como é Desmond:


Bem normal, não? Pois bem. Porém, um belo dia, ele é raptado por membros de um grupo secreto chamado Abstergo Corporation. O grupo não é necessariamente secreto, mas eles desenvolveram uma máquina, chamada Animus, que é capaz de recriar com fidelidade absurda, a vida dos antepassados de uma pessoa, através do código genético. A ideia é absurda, mas o jogo faz parecer que é plenamente possível. Então, navegando dentro da mente de Desmond para rever seu passado, ele descobre que, no ano de 1191, Desmond se chamava Altair Ibn-La'Ahad, morava em Israel e tinha uma profissão muito em voga na época: a de Assassino. Ele era registrado em um grupo especial de assassinos proissionais, conhecido simplesmente como Secret Order of Hashshashin, ou Ordem Secreta dos Assassinos. Veja uma imagem de Altair:


Altair é um mistério para a humanidade. Não se sabe nada do passado dele (apesar do fato de que ele renascerá como um bartender), mas ele é bom naquilo que faz. Um exímio assassino, é capaz de portar várias armas e matar de muitas formas eficientes, a maioria delas de forma silenciosa e furtiva. Comete uns errinhos e outras ali, e possui umas crises de identidade e de obediência de vez em quando, mas, fora isso, é uma boa pessoa para se ter ao seu lado.
Com esta descoberta, o grupo decide investigar ainda mais as ações de Altair, vasculhando a memória genética de Desmond, em busca de alguma coisa não-específica que eles não revelam. Como controlar um bartender seria muito chato, então a Ubisoft nos permite controlar o Altair, em suas missões nada convencionais de assassino de primeira grandeza.

Sobre o jogo (contém spoilers)

Há momentos entediantes em que podemos controlar Desmond, mas ele é incapaz de fazer qualquer coisa que não seja andar bem lentamente e se deitar em algum lugar. O jogo começa mesmo é quando podemos controlar Altair, então esqueçamos a existência inútil de Desmond por alguns instantes.
Altair começa o jogo sendo despedido. Tudo culpa do careca da foto abaixo:


Ele se chama Robert de Sablé, e é o grão-mestre dos Cavaleiros Templários da Terceira Cruzada. Ele invadiu a base da ordem de assassinos para roubar um artefato poderoso, e Altair tentou impedí-lo. Porém, ao fazer isso, ele quebrou três lemas da ordem dos assassinos, que o jogo não explica bem quais são. Por causa disso, o chefe dele, que se chama Al Mualim, decide demití-lo. Veja uma imagem de Al Mualim:


Altair implora por uma segunda chance, e Al Mualin lhe dá uma chance, mas com uma condição. Altair teria de matar nada menos do que nove dos cavaleiros templários que estavam nas redondezas.
Vale constatar que nenhum outro assassino da ordem foi designado para qualquer coisa, apenas Altair. Sem escolha, cabe a Altair realizar a chacina nas cidades ao redor, que são: Damasco, na Síria, e Acre e Jerusalém, em Israel. Altair é um belo montador de cavalos, e logo consegue um cavalinho que o leve até o seu local de destino.
Mas a vida de assassino não é as mil maravilhas. Não basta pegar a sua espada e correr atrás do nosso alvo. É preciso armar um engenhoso plano de ataque, que envolve três fatores importantes: 1 - saber onde é que está o alvo; 2 - saber como podemos matá-lo, e 3 - saber como fugir depois. Para variar, a ordem dos assassinos não possui nenhum informante, exatamente nada que possa nos ajudar, e cabe a Altair buscar sozinho por um jeito de encontrar as informações. Então, o jogador passará 80% do jogo zanzando pela cidade em busca de informações. Cabe a Altair um grande número de possibilidades de arrumar informação: seguir pessoas ligadas ao alvo, roubar descaradamente itens dos bolsos dos outros, xeretar a conversa alheia, ameaçar alguns menos favorecidos e até mesmo fazer pequenos favores toscos para outros assassinos, como pegar bandeirinhas espalhadas pelo cenário. Tudo será proveitoso, e nos dará um detalhe da informação. A maioria é realmente inútil, e mais parece uma charada do que uma informação, como "o alvo dorme com a janela aberta", ou coisa desse tipo. No final, nosso plano de ataque acaba tendo nada a ver com as informações que conseguimos, mas somos obrigados a realizar essas missões.
Para saber onde podemos encontrar essas missões, Altair tem de passar desapercebido. Aí entra o fator stealth do jogo. Altair possui uma túnica que lhe cobre parcialmente o rosto, tornando-o quase um fantasma. Usando armas escondidas, ele pode assassinar silenciosamente qualquer inimigo, a qualquer momento. E, se for visto, basta sair correndo e se esconder em qualquer lugar, esperando a poeira baixar. Com isso, temos passe livre a quase todos os locais. Mas muitas áreas são protegidas, então temos de usar técnicas especiais. Altair é capaz de escalar praticamente qualquer superfície com uma habilidade excelente, o que vem bem a calhar para invadir castelos e pular muros. Além disso, Altair pode conseguir a ajuda de moradores da cidade. Ajudando sábios, que se vestem também com túnicas brancas, Altair pode se juntar a eles, passando por qualquer barreira de maneira incrivelmente simples. Ele também pode ajudar estudantes, fazendo amigos que ficam nas vielas barrando a passagem dos soldados que perseguem Altair.
Ao final da monótoma etapa de busca de informações, Altair concebe um plano mirabolante semelhante aos planos do Coiote do Papa Léguas sobre como eliminar seu alvo. Basta pôr em prática, e é aí que entra a parte mais divertida do jogo. Seguir o plano não é nada simples, pois, apesar de Altair ter o plano todo na cabeça, ele não o compartilha com o jogador, que praticamente tem de adivinhar o que ele é que ele planeja. Então, a probabilidade de que todo esse suado plano concebido com toda a tranquilidade e sapiência vá por água abaixo é de 95%. Apesar da absurda chance de dar errado e terminar em um fracasso, é muito bacana ver como um plano foi feito. A ideia é quase assim: nosso alvo fica cercado 24 horas por centenas de soldados fortemente armados. Então, vamos esperar que ele dê uma festa na casa dele, aí matamos ele! Ou seja: o plano não leva em conta diversos fatores básicos e cruciais, mas pelo menos é um plano.
Após matar o alvo e milagrosamente conseguir escapar ileso da cidade, ltair cavalga até Al Mualim, que lhe indica o próximo alvo, sem nem sequer lhe dar parabéns, ou uma recompensa em dinheiro. Assim seguimos até o final do jogo.
No decorrer de sua missão, Altair se vê rodeado de perguntas acerca dos seus alvos, pois ele percebe relações intrínsecas entre eles. Mas Al Mualim se recusa a responder qualquer coisa e só manda ele matar mais e mais pessoas.
Mais tarde, Altair descobre que os templários que ele esteve matando o tempo todo estavam atrás de um artefato chamado de Pieces of Eden, o mesmo que o careca Robert de Sablé estava tentando roubar. Adivinha onde isso vai acabar? Mualim estava usando Altair o tempo todo, com a intenção de conseguir o artefato para ele. Mualim consegue o que quer. O artefato Pieces of Eden é capaz de controlar a mente das pessoas, e ele planeja usar esse item para fins maléficos. Cabe a Altair responder pelos seus erros assassinando Mualim e reavendo a paz para o mundo.
Aí, Desmond desperta da Animus e descobre que o mundo vai acabar em 2012. Quem disse isso foi um outro paciente da Abstergo, e para impedir que isso aconteça, eles têm de encontrar todos os fragmentos das Pieces of Eden, cuja localização eles puderam ver dentro da mente de Desmond. Mas o jogo termina aqui, deixando a continuação da história para o próximo jogo, portanto, deixemos isso para a segunda parte da nossa retrospectiva.

Análise breve do jogo

Gráficos
Gráficos belos, porém com problemas de inimigos que surgem do nada e animações com slowdown.
Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)

Som
Belas atuações de voz. Apenas os sons da cidade somem um pouco, e podiam ser mais presentes.
● Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)

Jogabilidade
Altair pode escalar qualquer lugar, e as partes de fuga e assassinato são impressionantes. Porém, o jogo se torna repetitivo rápido demais, devido à falta de variedade nos golpes e pela existência de apenas um botão de ataque. Poderia ter sido bem mais incrementado.
● Nota pessoal: 3/5 (Empenho Considerável)

Diversão
O jogo começa bem, e é fácil entrar no clima dele. Porém, novamente a questão da repetitividade chega a incomodar, e muitos jogadores poderão deixar de jogá-lo por esse motivo.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Longevidade
O jogo lhe propõe um modo história que leva de 10 a 15 horas para ser terminado, conforme a sua exploração no mundo. Há muitas sub-missões que podem ser realizadas, e ganhamos bônus por isso. Além disso, há diversos itens colecionáveis espalhados pelos cenários, em pontos de difíceis acessos, além de muitas outras coisas que podem ser descobertas no decorrer do jogo, que manterão o jogador jogando por mais tempo. Porém, não há finais múltiplos e nem opção multiplayer, então, após fechar uma vez, dificilmente o jogador irá querer reviver a experiência.
● Nota pessoal: 2/5 (Empenho Mediano)

Inovação
Assassin's Creed aprsenta uma proposta diferente aos já manjados jogos de ação e aventura presentes no mercado. O fator hstórico deve ser mencionado aqui, mas não é só isso: a trama do jogo é viciante. Temos uma aventura épica em nossas mãos, e ela vem repleta de ação. As cenas de fuga e os planos de assassinato são incríveis, de modo que o jogador encontrará cenas aqui jamais imaginadas em outros games. A jogabilidade intuitiva torna tudo ainda mais simples. Apenas a jogabilidade não é lá muito inovadora, e chega a ser, de fato, bem batida..Mesmo assim, o empenho é considerável.
● Nota pessoal: 3/5 (Empenho Considerável)

Soma Final: 21/30 (Muito Bom)

Em resumo: Assassin's Creed mescla ação frenética com entediantes passagens em que temos de realizar estúpidas buscas por informações. Se o jogador quiser ação rápida e intensa, esse jogo não é aconselhável. Porém, se o jogador estiver disposto a ter paciência e saber que o jogo é uma obra-prima,e que mesmo as partes mais chatas servem como um preparativo para algo que vai ser espetacular, então esse jogador irá encontrar um grande jogo aqui. Sem dúvida nenhuma, uma experiência gamística que vale a pena ser jogada.

Esta foi a nossa retro análise de Assassin's Creed. O que achou? Comente.
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