domingo, 31 de julho de 2011

Driver: San Francisco - Preview

  

- Prólogo -  

A série Driver é uma das que mais deixam uma certa nostalgia em nós, principalmente pelo seus anos dourados. O carro amarelo com lista preta é simplesmente uma "marca registrada" que rapidamente entrou na história dos games. 

O mesmo podemos dizer do estúdio criador da série, os estúdios Reflections Interactive, sendo agora chamado de Ubisoft Reflections, uma divisão mais moderna e estável do tradicional grupo. 

Reflections são somente os produtores de jogos como "Destruction Derby", "Driver" e "Stuntman", mostrando que sobre acidentes e perseguições com automóveis, são especialistas no assunto.

Depois de alguns jogos fora da estrada com a série Driver, este ano chega ao Xbox 360, PlayStation 3, PC e até mesmo para o Nintendo Wii um novo jogo, agora com um subtítulo impactante, Driver: San Francisco. 


- Ficha Técnica - 

Nome Completo: Driver: San Francisco;
Publicação: Ubisoft;
Desenvolvimento: Ubisoft Reflections;
Produtor(a)/Diretor(a): Martin Edmondson / Craig Lawson / Marie-Jo Leroux;
Gênero: Action / Sandbox / Driving Simulator;
Plataformas: PlayStation 3 / Xbox 360 / PC;
Data de Lançamento: 30 de Agosto de 2011;
Faixa Etária: 16+ - (ESRB);

 
- Introdução -

Este novo jogo é um caso sério para receber a expressão, "Primeiro estranha-se, depois entranha-se". Principalmente no seu conceito de missões, onde tudo se processa. Poderá agradar a uns e afastar os mais puritanos.

A história segue a linha de Driv3r, onde encarnamos (neste caso tudo faz sentido) novamente a pele de John Tanner, um policial, que tem como arqui-inimigo Charles Jericho, que está preso desde o Driv3r. 

O jogo começa com Tanner controlando a mudança de Jericho de uma prisão, levado num carro-forte da polícia. Jericho, com a ajuda de um policial consegue libertar-se das algemas com ácido de um recipiente e controla o carro-forte. 

Desde o céu, outro cúmplice, uma mulher, toma conta de um helicóptero da estação de TV que estava cobrindo a notícia da saída deste criminoso. Do helicóptero ela dispara um morteiro de basuca para os carros patrulha, permitindo Jericho escapar.

Tanner e seu companheiro, Tobias, perseguem o carro-forte, começando aqui a jogabilidade do jogo. O objetivo é tentar alcançar o carro, mas depois de diversas fugas, acabamos por ser acidentados por um enorme camião, colocando Tanner em coma.

Primeiro trailer do jogo, apresentado na E3 de 2010.

Desta vez um trailer mais dinâmico, na E3 de 2011.

Modo multiplayer.

Gameplay do jogo.

Até aqui parecia que teríamos um jogo normal, sand-box, com uma cidade para descobrir, missões secundárias e uma história base que nos transporta por todo o jogo. 

Na realidade temos tudo isso, mas num estado de espírito e de reencarnação, pois tudo parece sair dentro de um sonho de Tanner em coma. Este sistema tem o nome de Shift, onde iremos saltar de carro em carro, escolhendo as diversas missões presentes.

Pessoalmente esta nova forma separa o jogador do aspeto mais "real" do que se podia esperar do jogo. Mas se esquecermos essa "necessidade" e olharmos para o jogo pelo que ele é, o divertimento é garantido. 

Este sistema permite vaguearmos pela cidade de San Francisco, de uma perspetiva área, sem corpo, muito parecido com o modo espetador de um Call of Duty.

Existe uma linha base na história, mas para podermos ter acesso à sua continuação temos que cumprir com missões ditas secundárias, ou missões da cidade. 

As missões principais são todas feitas na nossa própria personagem, e quando saltamos para outra, ou outro veículo, encarnamos essa pessoa. 

Existem sempre pequenas cut-scenes antes de cada missão, algumas deveras hilariantes, como fugas à polícia, ou simplesmente por gravarmos um filme num cruzamento congestionado. Provavelmente é aqui que Driver se encontra com Stuntman.

Esta forma de escolher as missões confere um enorme dinamismo na progressão do jogo. Podemos entrar em qualquer veículo e para além das missões de história, algumas laterais darão mais pistas para o enredo e a nossa investigação. 

Tanner está sempre consciente de si mesmo, quer no seu estado de coma, bem como quando salta de pessoa em pessoa. 

O que no início soa a estranho, passa rapidamente a um vício. Pois queremos sempre mais e mais, e ainda por cima é extremamente prazeroso conduzir os diversos veículos.

Pôster do jogo, que marca a volta de um clássico do PSX.

Mais que continuarmos a história, aqui um condutor de domingo poderá ser o novo ator, o novo herói desta fração de jogo. 

Muitas vezes entramos dentro de um carro e simplesmente caímos no meio de uma conversa que não sabemos o que raio estão para ali a dizer. Esteticamente esta forma está genial. 

Em geral temos sempre um companheiro que fica estranho pois começamos a nos comportar de forma diferente. 

Coisas do tipo, "Afinal para onde ia mesmo ?" serão recorrentes. Não faltam as missões de ambulâncias, táxis ou simplesmente de assustarmos um passageiro. Sempre a bombar dentro dos carros.

Pela primeira vez a série Driver recebe veículos licenciados, conferindo um maior realismo ao jogo. Podemos contar com verdadeiras banheiras, bem como pegar em altos carros como os Dodges ou Ford GT. 

Apesar de os veículos não serem do melhor que já vimos num jogo de mundo aberto, está bem conseguidos, mas é principalmente no aspeto da condução que cativa. 

- Imagens - 


O mesmo podemos dizer da cidade em si, que não cativa em termos gráficos, mas também não é nada de ficar com os olhos inflamados. 

Por outro lado os acidentes estão bem conseguidos, principalmente quando vamos a alta velocidade atrás de camiões, que deixam um rasto de destruição.

Driver San Francisco não é um jogo de corridas, mas não deixa de dar-nos bons momentos de condução, permitindo fugir ou perseguir entre tráfego caótico. 

Podemos conduzir de diversas vistas do carro, mas pessoalmente, diferente de jogos de corridas, aqui optei pela visão externa, pois permite termos uma melhor visão de tudo o que nos rodeia, principalmente nos objetivos que aparecem nas ruas.

Apesar de Tanner estar nas portas da morte, começa a ficar viciado nesta história do Shift. Por um lado quer descobrir quem ajudou Jericho a fugir da prisão, por outro as missões secundárias são um verdadeiro atrativo.

Driver, o início de uma saga no PlayStation

Driver 2, o início da arrancada da série
Driv3r, que obteve pouca aceitação no PS2
Parallel Lines, alavancando novamente a série

Com a realização das diversas missões iremos ganhar dinheiro, que permite comprarmos peças e upgrades para os nossos carros. Mas para isso teremos que ter a nossa casa onde acabamos por desbloquear mais tarde.

Partes da história ou do que temos que fazer são ditas em formato de outdoors publicitários. "Tanner faz isto", "Foge", são frases que iremos ver constantemente. 

Ficámos ainda por perceber se realmente estamos em coma, se é um sonho ou pura ilusão. É também de certa forma um mistério que nos faz tentar perceber onde tudo irá dar. 

Entrevista com os produtores da série durante a E3 2011

Se é apenas uma opção arriscada em termos de formação de menus e missões, poderá cair num formato que não se conjugue com o resto da "história séria".

Com lançamento já para o próximo dia 2 de setembro, Driver: San Francisco é pra já uma agradável surpresa.

O tudo que virá a seguir se resumirá na forma que o jogo continuará a contar uma decente história. De início posso já dizer que o que nos prende, começa logo a valer: O retorno ! Esperem a análise muito em breve.

Take care !

- Expectativa -

Nível de Espera: 4/5;
Impressões Iniciais: 4/5;
Expectativa: 4/5;
Game of the Year: Concorrente indireto;

Um comentário:

  1. Não é tão difícil. Se eles querem que esse Driver seja tão bom quanto os do PSX, tem coisas dos quais eles não podem abrir mão:

    a) Um Film Director ao final de cada missão, com a possibilidade de se fazer filmes de exibição das missões, e a possibilidade de se dispor isso na internet.

    b) Modo multiplayer online com vários modos de jogo.

    c) Mini-games criativos e divertidos para se jogar e acumular achievements.

    d) Várias sub-missões.

    e) Vários finais, de preferência com a possibilidade de se decidir os rumos da história no decorrer do jogo.

    f) Vários extras, com direito a carros secretos e tal.

    É isso. Tudo isso já tinha nos Drivers anteriores: agora é só juntar tudo. É uma questão de querer fazer bem feito. Se a Reflections quiser retomar a série ao melhor que ela já pôde proporcionar, não tem muito como fugir disso.

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