quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Tomba! - Análise

Esta é a análise de Tomba!, lançado pela Sony Computer Entertainment em 1997 para o Playstation.

Introdução

Tomba! é um clássico, uma ideia criativa de Tokuro Fujiwara, criador de Ghosts n' Goblins e produtor de Mega Man. O primeiro jogo da única franquia a ser criada pela desenvolvedora Whoopee Camp, ele já alcançou o patamar de um dos jogos mais queridos e mais apreciados pelos gamers de todas as idades no console. Tomba! é um game especial, único, mas que infelizmente não alcançou tanto sucesso quanto deveria.

TOMBA!


Informações técnicas

Publicado por: Sony Computer Entertainment
Desenvolvido por: Whoopee Camp
Gênero: Platformer
Diretor: Tokuro Fujiwara
Plataforma: Playstation
Data de lançamento: 18 de dezembro de 1997
Faixa etária: Everyone

Sobre a história (contém spoilers)

A história de Tomba! gira em torno do próprio personagem Tomba. Tomba é um jovem ser de aparência pré-histórica, estilo um tanto quanto excêntrico, trajes sumários e maneiras exageradas. Ele tem cabelo rosa (?) e um bom porte físico, e vive tranquilamente em meio à selva, se alimentando de frutas e de porcos assados. Veja Tomba:


Além de ser veloz, forte e feroz, Tomba ainda possui sua inseparável maça (essa bola de ferro com espinhos) que ele usa para atacar os oponentes, e é capaz de guardar coisas em seu estômago como se fosse uma mochila. Ele pode guardar o que quiser lá dentro, inclusive baldes de água, espelhos, galões de combustível e tochas acesas, sem se machucar.
Bom, um belo dia, Tomba estava andando pela selva, se alimentando e curtindo sua vidinha simples, quando ele presenciou um fazendeiro de um vilarejo próximo sendo assaltado por porcos bandidos, chamados porcos Koma. Sim, os porcos do mundo de Tomba não são porquinhos comuns, são porcos bípedes, pensantes e de atitudes maldosas, além de alguns possuírem habilidades especiais. Pois bem, Tomba conseguiu lidar com esses porcos Koma, acabando com eles, só que um galho cai em sua cabeça e ele desacorda. Ao despertar, ele percebe que um bracelete mágico de ouro que foi presente de seu avô foi roubado pelos porcos. Ah, é esqueci de avisar que esses porcos adoram coisas de ouro. Aí, Tomba começa uma caçada em busca do seu bracelete roubado.
Ele chega até um pequeno vilarejo local, que está sendo atacado por um bando de porcos. Ele descobre que há um senhor de 100 anos que habita o alto da colina, e que pode lhe providenciar informações sobre os porcos Koma. Ele faz tudo o que o sábio de 100 anos lhe pede, e então o sábio lhe conta uma história sobre os porcos Koma. A história é simples: "Há muito tempo atrás, essa era uma ilha pacífica. Mas aí chegaram os porcos Koma, e tomaram tudo o que há de bom e de ouro. São sete grandes porcos malignos o causador de tudo isso, e cada um desses porcos feiticeiros lançou um feitiço em cada lugar da ilha, de modo a tornar tudo um pesadelo." Se bem que alguns desses feitiços são toscos. Os porcos malignos transformaram uma mansão em uma casa mal-assombrada, seres humanos em ratos, fizeram com que uma montanha ficasse repleta de ventos fortes, inundou uma cidade e transformou as flores de uma floresta em isopor. Bom, adivinha só? Cabe a Tomba derrotar cada um desses porcos malignos e libertar as áreas de seus feitiços.
E assim, Tomba segue em frente, derrotando todos os inimigos que aparecem e fazendo novos amigos. Entre esses novos amigos, está um macaquinho que só se mete em encrencas chamado Charles:


Charles é um macaco falante ágil e versátil, mas que só aparece no jogo para pedir ajuda. Hora ele tá com fome, hora ele tá com sede, isso quando ele não está preso em algum lugar ou sem suas calças (pois é, ele usa calças). Ele sempre pede ajuda a Tomba, que tem de se virar para realizar seus problemas. Em troca, Charles ensina a Tomba algumas habilidades, como por exemplo correr em alta velocidade ou nadar, e também lhe concede alguns itens únicos. Em suma, suas missões são sempre obrigatórias.
Tomba também encontra um jovem perdido chamado Yan.


Yan é um jovem que mora em um vilarejo muitíssimo bem escondido, chamado "Vilarejo Escondido",. Mas ele saiu de casa e adivinha o que aconteceu? Ele se perdeu. Pois é. Cabe a Tomba ajudá-lo a voltar para casa, mas acontece que Yan adora brincar de esconde-esconde, então Tomba tem de procurá-lo em quase todas as cenas, mantendo olhos atentos para achá-lo. Se conseguir achá-lo todas as vezes, e cumprir as suas missões, Tomba conseguirá levá-lo para casa e ganhar prêmios especiais.
Ah, sim, e tem também o pequeno cachorrinho Baron:


Tomba encontra Baron bem no começo do game. Ele fugiu de algum dano qualquer não identificado e se perdeu na floresta. Tomba o resgata e descobre que ele está doente. Após colher ervas que curam sua doença e lhe alimentá-lo com artefatos mágicos estranhos, Baron aprende a voar usando as suas próprias orelhas como asas. A partir de então, Baron passa a ser o meio de transporte favorito de Tomba.
Continuando em sua aventura, Tomba encontra um sábio de 1.000 anos, que, por sua vez, explica que, para derrotar cada porco maligno, terá de encontrar primeiro a sua sacola característica. Há uma sacola mágica para cada porco, e essa sacola abre o portal para o local onde o porco maligno se esconde. Além de revelar o portal, essa sacola ainda é capaz de capturar o porco maligno para sempre. Aí, Tomba tem de procurar por sete sacolas mágicas e os sete porcos malignos.
Conforme captura os porcos, os feitiços vão sendo desfeitos. Nada que realmente seja muito grave, mas pelo menos Tomba tem algo a fazer. Enquanto continua sua caçada aos porcos, Tomba encontra-se com mais um sábio. Desta vez, ele tem 10.000 anos (não me pergunte como).Ele faz alguns pedidos toscos, que, após cumpridos, ele não nos informa nada de interessante e nos passa adiante, para o sábio de um milhão de anos (é sério).
Chegando a esse sábio de um milhão de anos, descobrimos que os porcos precisam do ouro para conseguirem seu poder. Sem ouro, os porcos não conseguem lançar magias. Foi por isso que eles roubaram o bracelete de ouro de Tomba. Bem, agora tudo o que temos de fazer é continuar acabando com os porcos malignos até chegar ao último.
Só que não é tão simples assim. Para abrir o portal que leva ao santuário do último chefe, temos de pedir ajuda a sete amigos que possam servir de peso de papel em umas alavancas. Ai é que entra o lado bom de termos ajudado meio mundo no decorrer de nossa aventura: é chegada a hora de cobrar o favor! Com a ajuda de sete amigos especiais, Tomba consegue entrar no local, e enfrenta o porco maligno. Derrotando-o, seu castelo desmorona e tudo volta a ser o que era antes.
Os sábios agradecem a Tomba, que não vê a hora de se despedir de todos e voltar para sua vidinha simples na floresta. Tomba se despede de Yan, de Charles e de Baron, e então volta para sua amada floresta, para caçar javalis. Fim.

Sobre o jogo

Tomba! é um jogo de plataforma. Isso quer dizer que passamos mais tempo saltando e explorando cenários do que qualquer outra coisa. Explorar cenários no Playstation, em um jogo side-scrolling não parece a coisa mais legal do mundo, mas acredite: o jogo é legal para caramba.
Os cenários são grandes e repletos de itens para explorar. Os comandos são simples e rápidos de se pegar. Tomba pode pular buracos, escalar paredes, se agarrar em objetos, e muito mais. O jogo parece feito para crianças, pelos seus gráficos engraçadinhos, e tal, mas não: o jogo envolve agrados para todas as idades. O jogo é de vidas, ou seja, se perdermos todas as vidas, Game Over. Isso obriga o jogador a ser cauteloso, se bem que o número de vidas é mais que suficiente pela simplicidade do jogo. É possível pegar vidas pelas fases e também após conseguirmos um determinado número de AP. No começo, tudo parece fácil, mas é recomendável guardar algumas vidas para as últimas fases do jogo, pois elas serão excessivamente perigosas.
A maioria das fases é side-scrolling. No entanto, elas possuem geralmente dois planos. Tomba pode passar de um plano para outro rapidamente, mas apenas em um local específico, delimitado pela ausência de pedras, por exemplo. Há ainda cenários mais amplos em que Tomba pode se mover em todas as direções, inclusive entrar em portas e em prédios. Porém, mesmo nesses cenários mais amplos, o cenário continua em 2D e a movimentação ainda acontece em formato 2D.
Tomba possui um sistema de HP comum. Ele perde uma barra de vida conforme recebe dano. Para recuperar HP, ele pode pegar maçãs coloridas espalhadas pelas fases, ou usar itens especiais de cura que ele pode guardar em seu inventário.
Ah, sim, Tomba possui um inventário. Mas não se preocupe: o inventário é infinito. Tomba é capaz de armazenar de tudo em seu inventário (que, na verdade, é o seu estômago), de baldes de água a armas, de diamantes a espinhos, de flores a garras. A grande maioria desses itens deve ser usado para cumprir alguns objetivos no jogo, então é sempre bom saber o que pegou e para quê ele serve. Nunca se sabe quando vai precisar de um item específico.
O jogo inteiro se baseia em Tomba cumprindo missões. As missões são os objetivos do jogo. Basta conversar com os personagens espalhados pelo cenário, e eles sempre terão algo a pedir para Tomba. Quase sempre temos de procurar por algum item, acessar alguma área, encontrar alguém, ou alguma coisa do tipo. São 130 missões das mais variadas, que vão desde pegar bananas para um macaco a combustível para um carro. Descobrindo uma nova missão, ganhamos AP, e, cumprindo essa missão, ganhamos ainda mais AP. Caso tenha se esquecido de alguma missão, sempre pode acessar a lista de missões, que possui um breve resumo sobre o que tem a fazer para cumpri-la.
Como o foco do jogo são as missões, basta cumpri-las para seguir em frente. Há missões fáceis e difíceis, e a grande maioria é obrigatória. A princípio, encontramos várias missões que parecem ocasionais e sem importância, mas, conforme prosseguimos, vemos que aquelas missões antes ocasionais agora são essenciais para o andar da história. No fim, são poucas as missões realmente sub-quests, e mesmo essas sempre valem a pena serem cumpridas, pois rendem itens especiais ou novas armas e ferramentas. Basicamente, não deixe nenhuma missão pendente, por mais complicada que ela possa parecer.
Os inimigos do jogo são, na maioria das vezes, porcos. Eles zanzam pelo cenário e perseguem Tomba. Os porcos acompanham o estilo do local em que se encontram. Se o local é uma fazenda, eles usam ancinhos e tal. Se é uma caverna de fogo, eles se vestem de morcegos e cospem fogo, por exemplo. Sem contar que o combate do jogo é bem diferente. Tomba possui uma maça (uma bola de ferro com espinhos preso por uma corrente), e é ainda capaz de encontrar diversas armas diferentes. Só que essas armas, diferentemente do que podia esperar, não são usadas para se matar os oponentes. Elas apenas atordoam os porcos. Para derrotá-los, temos de saltar sobre eles. Fazendo isso, Tomba irá agarrá-los. Então, basta arremessar os porcos e eles somem. Podemos jogar uns porcos nos outros, fazendo combos, ou mesmo destruir objetos com isso. Isso deixa o combate um pouco mais dinâmico e diferente.
E o jogo ainda possui chefes. Os chefes são os porcos malignos, e todos eles seguem a mesma filosofia: eles devem ser arremessados dentro da sacola mágica. Cada porco maligno rege um elemento, e está em um cenário característico. Em algum lugar desse cenário, há uma sacola que está sempre aberta. Cabe ao jogador capturar o porco maligno e jogá-lo dentro da sacola. Lógico que não é tão fácil assim, afinal, os porcos malignos costumam se teleportar de um lado para outro, possuem ataques que cobrem boa parte da tela, e, para piorar, a sacola geralmente fica se movendo ou girando. Mas não é nada que não se possa acostumar com o tempo. Basta algumas tentativas para pegar o jeito de cada chefão e poder capturá-lo sem problemas.
O foco do jogo não é o combate, na verdade, o tempo em que o jogador ficará enfrentando oponentes é reduzido. Derrotando esses oponentes, Tomba adquire AP, que são pontos usados para muitas coisas no jogo, como abrir caixas e baús, entre outras coisas, e também experiência. Tomba não fica mais forte conforme ganha experiência, porém, assim que ele adquire um valor consideravelmente alto de experiência, ele se torna capaz de aprender alguns poderes elementais mais poderosos, como soltar fogo ou usar o poder do vento.
A navegação no jogo também é interessante. Os cenários são repletos de entradas e saídas que se interligam uns com os outros. É possível ir rapidamente de um lugar a outro, contanto que saiba o caminho certo. Se estiver perdido, há uma tela de mapa que pode lhe ajudar a se orientar pelo game. Mas, caso esteja realmente com pressa, poderá usar as famosas Charity Wings para se teleportar para qualquer lugar que já tenha visto. Mas esses itens são limitados, então pode ser que prefira usar os sinos que levam para locais específicos. Pelo menos enquanto não encontra o cãozinho Baron, que pode levar Tomba aonde ele quiser em um piscar de olhos, e infinitamente. Ou seja, a locomoção no jogo não será um problema em nenhum momento.
Tomba vai se tornando mais e mais forte conforme a aventura prossegue, graças não apenas às novas armas e itens, mas aos "atributos" extras que ganhamos. Tomba vai adquirindo novos poderes, novas habilidades e mais HP. Além disso, podemos equipar nele diferentes shorts (a única vestimenta que ele usa), a qual lhe fornece atributos diferentes. Alguns shorts aumentam sua força, enquanto outros aumentam sua velocidade ou fazem com que ele pule mais alto.
Além disso, uma coisa que manterá os jogadores por mais tempo no game é a quantidade de itens escondidos nos cenários. Há diversos baús pelo jogo. Alguns deles só abrem com algumas chaves especiais, que adquirimos ao conversarmos com pessoas especiais. Uma vez que o jogador adquira uma chave que abre um tipo de baú, ele pode reexplorar todas as fases pelo qual passou até então, procurando esses baús para conseguir itens especiais, mais AP ou mais HP. Essas novidades ajudam a manter o jogo interessante por mais tempo, além de adicionar novos elementos para a jogabilidade. Há uma arma, por exemplo, que permite a Tomba se agarrar aos objetos e se pendurar neles, como uma corda. Essa arma fornece várias novas possibilidades de exploração, e vale a pena reexplorar locais que antes não podiam ser alcançados. São tantos itens escondidos pelos cenários que vale a pena vasculhar cada centímetro do jogo diversas vezes, até ter certeza de ter pego tudo.

Minha análise do jogo

Gráficos
Os gráficos de Tomba! são coloridos e bem feitos. O jogo é em 3D, assim como tudo que está no cenário à primeira vista, sendo apenas o cenário ao fundo em 2D. Mas a modelagem dos personagens é de primeira qualidade, e tudo está brilhantemente original. O design das fases é bom, tudo salta aos olhos e o desenho dado aos personagens pelo artista Hideki Hosokawa é único. Sem contar nas animações em desenho animado que acontecem aqui e ali, e são uma das mais legais que o console pôde providenciar até então. Não tem como não parabenizar o trabalho da equipe da Whoopee Camp, por seu empenho máximo em fazer gráficos bonitos e cativantes.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Som
O desempenho sonoro do jogo se deve às composições de Harumi Fujita e de Nao Hatsutani. São artistas de ponta, e que realizaram um excelente trabalho. As músicas do jogo são belas e condizem completamente com o estilo do game. Cada composição é única, e sempre combina com o clima do local em que o personagem se encontra. Cidades movimentadas possuem músicas movimentadas, e cavernas escuras possuem músicas mais aterrorizantes, e assim por diante. As músicas são variadas e não enjoam facilmente. Mas não há dublagem, de forma que os diálogos se tornam cansativos apenas na escrita. Para falar a verdade, há dublagem apenas em duas cenas do jogo, e já é o bastante para deixar o jogador com vontade de saber como seria se o jogo inteiro tivesse recebido esse cuidado. Escutar as vozes dos personagens faz falta. De resto, os sons do jogo foram bem pensados e bem executados. Empenho excelente por parte da Whoopee Camp.
● Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)

Jogabilidade
Agora sim, estamos falando de um dos pontos fortes do jogo. Tomba! se baseia praticamente por completo na sua jogabilidade. Os controles do jogo são simples, ágeis e funcionam exatamente para aquilo que foram projetados: permitir que qualquer um pegue e saia jogando. Os comandos são básicos de plataforma, com saltos, ataques comuns e ataques carregados, mas há variedade bastante para deixar o jogo divertido e interessante de se jogar. Sem contar que o sistema de movimentos não deixa nada a dever em comparação com outros jogos do gênero plataforma: tudo o que você pode esperar está aqui, desde distância variável de saltos, velocidade do personagem ajustável, e novos movimentos que o jogador vai conseguindo conforme prossegue. O empenho da Whoopee Camp em trazer uma jogabilidade funcional e interessante foi máximo.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Diversão
Diversão é o foco do jogo. Tomba! traz mundos enormes e totalmente exploráveis, repletos de inimigos e de itens escondidos. As fases são variadas e interessantes de se jogar. O enredo não é lá grande coisa, mas o modo como ela é contada pelos personagens do jogo acaba deixando tudo ainda melhor de se assistir. O jogo entretém pela facilidade com que o jogador pega tudo logo de começo, e também pelo modo como ele vai exigindo mais e mais do jogador. Tomba começa fácil e até infantil, mas aos poucos vai se tornando um game complexo e repleto de desafios que farão os jogadores passar horas e horas procurando pela solução de um enigma, um item escondido ou a melhor estratégia contra um chefe. Ele chega a se tornar realmente bem difícil, mas nada a ponto de fazer os jogadores desistirem, ou de atrair apenas os gamers hardcore: ele continua sendo uma pedida ideal para toda a família. Por isso, não tem como afirmar que o empenho da Whoopee Camp com a diversão do jogo não foi máximo.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Longevidade
O jogo possui 130 missões a serem cumpridas. Isso não é pouco, não, pois para se desvendar os mistérios que cercam algumas missões, encontrar itens secretos e tal, pode contar aí umas 15 horas de jogo com direito a muita exploração. Isso, claro, se quiser fazer 100% do jogo, uma vez que se decidir fazer apenas o básico do básico, levará pouco mais de sete horas, em uma primeira jogatina. Pois é, o jogo possui metade de suas missões, no mínimo, como sub-quests não obrigatórias, mas que podem render itens valiosos e prêmios muito interessantes. Na verdade, essas sub-quests são o sabor do jogo, e o que incrementa a longevidade. Mas isso porque o jogo possui muita ida e volta, uma vez que, se o jogador já souber o que tem de ser feito, ele consegue fechar o game em 4 horas e meia, e ainda com todas as missões completas. Não é muito para um game, que, além do mais, só possui apenas um final, não possui nenhum tipo de extra, final secreto, modo especial, dificuldade mais difícil, nada disso. Um game para se fechar apenas uma vez. Uma pena, pois isso me impede de dizer que o empenho da Whoopee Camp não foi mais do que meramente mediano. Dava para ter mandado bem melhor nessa.
● Nota pessoal: 2/5 (Empenho Mediano)

Inovação
Ei, a mente criativa de Tokuro Fujiwara estava inspirada quando ele fez esse game. Não há quem não possa dizer que esse game é diferente de tudo o que o gênero plataforma podia providenciar até o momento. O jogo é side-scrolling, mas com cara de moderno, com uma jogabilidade original, um mundo único e uma mecânica de jogo sem igual. O jogo não se resume a simplesmente seguir em frente, e envolve muita exploração e re-exploração. Os saltos e a perspicácia valem mais do que as armas, e o combate ficou em segundo plano, permitindo ao jogador ser menos violento e mais atencioso. E o que dizer dos toques clássicos de RPG, que deixaram esse game ainda mais especial? Claro que o jogo não é inovação pura: tem alguma coisa aqui e outra ali que ainda lembra outros games (principalmente a generalização dos itens de cura), mas, de resto, é o que ele possui de diferente dos outros que ele possui de melhor. Fujiwara comprovou que o gênero plataforma ainda possuía, na época, muito espaço para incrementações e para coisas novas. Só posso dizer que o empenho da Whoopee Camp em realizar um game inovador e original foi excelente.
● Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)

Soma Final: 25/30 (Muito bom)

Em resumo: Tomba! definitivamente merece estar nas listas de "bons jogos dos quais você nunca deve ter ouvido falar". Tomba! é um excelente game, e sabe porque ele não vendeu bem ou não ficou tão popular? Porque recebeu uma péssima campanha de marketing, esse é o motivo. O jogo é bom, é criativo, divertido de se jogar e o seu universo é tão dinâmico e particular que você não vai querer parar de jogar. Recomendado para jogadores de todas as idades e gostos.


Análises profissionais

O Metacritic não possui uma média para Tomba!.

Detonado em vídeo

Este detonado em vídeo foi jogado em um emulador. A qualidade não está lá muita coisa, mas é o melhor que está disponível na internet. O vídeo está compactado com boa qualidade e mostra como conseguir cumprir todas as 130 missões do jogo. Divirta-se!

Parte 1





Parte 2





Parte 3





Parte 4





Parte 5





Parte 6





Parte 7





Parte 8





Parte 9





Parte 10





Parte 11





Parte 12





Parte 13





Parte 14





Parte 15





Parte 16





Parte 17





Parte 18





Parte 19





Parte 20





Parte 21





Parte 22





Parte 23





Parte 24





Parte 25





Parte 26





Parte 27





Parte 28





Parte 29





Parte 30





Parte 31





Parte 32





Parte 33



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