terça-feira, 11 de outubro de 2011

Twisted Metal - Análise

Esta é a análise de Twisted Metal, lançado pela Sony Computer Entertainment em 1995 para o Playstation.


Introdução

O ano de 1995 viu chegar uma revolução do mundo dos games, conforme a nova capacidade gráfica do Playstation permitia o nascimento de novos estilos de jogo. No mesmo ano, com a diferença apenas de alguns dias, foram lançados dois games que vieram para balançar as estruturas do Playstation: Destruction Derby, da Psygnosis, e Twisted Metal, da Sony Computer Entertainment. Ambos os games misturam carros, velocidade e muita destruição. Mas a comparação entre os dois ainda cai por terra quando se vê as armas, a mecânica de jogo avançada e a história de Twisted Metal, que deixou os oponentes no chinelo e mostrou porque essa série inusitada conquistou um lugar no coração dos gamers de todo o mundo.

TWISTED METAL


Informações técnicas

Publicado por: Sony Computer Entertainment
Desenvolvido por: Sony Interactive Studios America
Gênero: Vehicular Combat
Diretor: Mike D. Jackson
Plataforma: Playstation e PC
Data de lançamento: 5 de novembro de 1995
Faixa etária: Teen

Sobre a história (contém spoilers)

A história do jogo é macabra meio estranha, mas vamos lá:

Todos os anos, acontece um evento chamado Twisted Metal. Trata-se de uma competição de vida ou morte entre diversos carros dos mais diferentes modelos. As arenas de combate estão espalhadas por Los Angeles, e o evento sempre acontece na noite de natal (não me pergunte por quê). Aquele que sobreviver até o final, ou seja, que vencer o torneio, afinal, para se vencer tem de se matar todos os oponentes, terá um desejo seu atendido, pelo idealizador do evento, um indivíduo misterioso conhecido como Calypso. Veja uma imagem dele:


Bem, Calypso aparece assim no jogo. Ele é um governante do submundo da cidade, e mora nos subterrâneos, de onde ele controla a criminalidade. Ele se diz capaz de realizar qualquer desejo da pessoa que vencer o torneio, então vamos lá.

Bom, agora vamos falar sobre o torneio. Calypso convocou para o torneio, ao todo, 12 competidores, entre a escória da cidade. Tem lunáticos, psicóticos, assassinos, mercenários, bandidos, cafetões, miliciantes, entre outros. Vamos apresentar alguns dos mais famosos:


Esse é Needles Kane. Ele é praticamente a marca registrada da série, uma vez que ele aparece em diversas propagandas do game e até na capa dele. Ele é um palhaço psicótico serial-killer que fugiu de uma clínica de recuperação de doentes mentais para participar do evento. Extremamente cruel e violento, ele dirige um carro fofo de vendedor de sorvete chamado Sweet Tooth, que ele roubou ao fugir do manicômio. Queira acreditar ou não, mas o desejo dele é reaver um "amigo" dele, que, na verdade, é um saquinho de lanche. Nada mais digno de um louco, não é mesmo?


Este é Charlie Kane, um taxista de Nova Iorque. Ele teve um filho que desapareceu há 20 anos atrás, após um assalto. Charlie deseja encontrá-lo a todo custo. Para isso ele entrou nesse torneio obscuro. Ele dirige um táxi amarelo chamado Yellow Jacket. Seu desejo é reencontrar o filho, mas, ao vencer o torneio, Calypso olha para ele e diz que ele já reencontrou seu filho. O filho de Charlie é ninguém mais, ninguém menos do que Needles Kane, o palhaço psicótico e serial-killer. Teoricamente, ele até mesmo matou Needles no decorrer do campeonato. Charlie viverá em remorso para sempre.


Este é Mr. Ash, ninguém mais, ninguém menos do que um demônio. Não se sabe se ele é o satã definitivo, mas ele criou diversos demônios que servem a Calypso, o idealizador do campeonato. Ash não tem passado, então não há mais nada que se possa dizer sobre ele. Ele dirige um caminhão negro. Ao vencer o torneio, ele pede de volta a Calypso um espírito maligno chamado Black, que estava dando poderes a Calypso. Ao obter esse espírito de volta, teoricamente não teria mais como haver novos torneio Twisted Metal. Então, Ash volta para o inferno através de uma estrada que fica em Hollywood (como ele diz).


Este é Bruce Cochrane, um criminoso das ruas de Los Angeles. Cansado de ver a criminalidade nas ruas, ele entra no torneio com uma boa intenção: acabar com os criminosos que assombram as ruas. Só fica um pouco estranho o fato de que, para acabar com a criminalidade, ele terá de cometer diversos assassinatos, mas tudo bem. Ele dirige um lowrider rosa chamado Thumper. Ao final, ele tem seu desejo garantido: a região de South Central está em paz novamente.


Este é o sargento da polícia Carl Roberts. Trata-se de um policial do bem, que foi enviado ao torneio com o objetivo de detê-lo. Ele pretende vencer o torneio para então pedir a Calypso que encerre sua onda de destruição e não promova outros torneios Twisted Metals. Ele dirige uma viatura chamada Outlaw. Ao vencer o torneio, Calypso lhe diz que, ao sair da garagem que é o esconderijo dele, Carl encontrará um mundo onde o Twisted Metal não mais ocorre. Pois bem. Saindo da garagem, Carl descobre que foi teleportado para o meio do espaço sideral. Tratava-se de uma pegadinha do Calypso.


Este é Commander Mason, um militar que trabalha para o governo americano. Ele foi enviado em uma missão: participar do Twisted Metal, vencê-lo e então pedir a Calypso que lhe entregue a arma mais poderosa do mundo. Ele dirige um carro blindado militar chamado Warthog. Vencendo o torneio, ele pede por uma caixa. Trata-se de uma caixa preta de avião que contém evidências do ataque de uma nave alienígena a um avião de passageiros. Com essa caixa em mãos, ele volta para casa, sabendo que o governo americano terá de volta o que é dele, e que as pessoas não saberão tão cedo sobre a presença de alienígenas no mundo.


Esta é Angela Fortin, a única mulher do grupo. Ela é uma mercenária, e ela participa do torneio apenas em busca de grana, como diz. Ela dirige um carro viper pequeno chamado Pit Viper. Ao vencer o torneio, ela pede um milhão de dólares. Mas, quando Calypso ia lhe providenciar essa grana, ela mata Calypso e todos os seus seguranças de uma vez (provavelmente com uma metralhadora), libertando assim um espírito das trevas do local (veja o final de a história de Ash para entender melhor). Ela revela ser na verdade Amanda X, uma assassina de aluguel contratada pelo povo de Los Angeles para acabar de uma vez por todas com Calypso. Missão Cumprida, ela volta para casa com a maleta de um milhão de dólares.

foi contratada pelo povo de Los Angeles com a finalidade de conseguir mais e mais grana.


Este é Mr. Grimm, ou Grim Reaper, conhecido no Brasil como Morte. Sabe aquele espírito que recepciona os mortos no inferno? Pois então, é esse aqui. Mr. Grimm compete apenas pelo prazer de assassinar outras pessoas, e para causar caos. Ele dirige uma motocicleta irada preta batizada com o seu nome. Ao vencer o torneio, ele revela seu desejo: o próprio Calypso! Finalmente, Mr. Grimm consegue capturar a última alma que faltava em sua lista, e pode seguir em frente com o seu trabalho de capturar almas mais uma vez.


Este é o agente Stone, um agente secreto americano a serviço de uma organização secreta com o objetivo de vencer o Twisted Metal. Ele dirige um veloz Lamborghini Diablo totalmente equipado chamado Crimson Fury. Com a vitória, ele pede algo que liberte o mundo da verdade. Calypso lhe entrega a caixa preta de uma aeronave que supostamente foi atacada por alienígenas (a mesma da história do Commander Mason). Com essa caixa preta, ele poderá revelar o mundo da verdade que o governo americano sempre escondeu: nós não estamos sozinhos no universo!

E esses são os personagens mais importantes. Os demais são apenas alguns caras toscos que foram colocados para tapar buraco, e não possuem uma história propriamente dita, ou algo assim. Enfim, quem quer que tenha vencido todos os outros competidores, ainda não se deu por acabado. Sim, pois ele terá de enfrentar ainda Minion, o vencedor da competição do ano passado.


Minion é um demônio que dirige um poderosíssimo tanque de guerra. Ele é o último oponente, o último chefão, e o mais poderoso deles. Devemos derrotá-lo para fechar o game.

Após derrotar o Minion, encerramos o game e assistimos ao final. De acordo com a história oficial do jogo, quem vence o torneio de fato é o sargento Carl Roberts. Fim.

Sobre o jogo

Primeiramente, vamos estabelecer o que Twisted Metal é e não é. Twisted Metal não é uma mistura de corrida com armas - ele não tem nada de corrida. E também não é um simulador do esporte de destruir carros, como o Destruction Derby. Trata-se simplesmente de um jogo que coloca vários psicóticos em uma arena, com a intenção de matarem um aos outros.
Todos os competidores começam dentro da arena, em um ponto específico. Não há necessariamente para onde correr, ou tempo para acabar. A disputa só acaba quando restar apenas um competidor vivo naquela arena. Então, o jogador passa para outra arena, e assim por diante. Há um total de seis arenas diferentes no game.
Há 12 carros para escolher. Os 12 modelos de carro são diferentes, e escolher um ou outro irá influenciar completamente o seu modo de jogar. Cada carro exige uma estratégia de combate diferente, e cabe a você escolher um que se adeque ao seu estilo. Há carros que são rápidos, mas que possuem pouca resistência. Há carros que são mais lentos, mas que são mais resistentes e tem poderes mais potentes, e assim por diante. Como não pode deixar de ser, há carros mais apelões, enquanto alguns carros chegam a ser tão difíceis de se usar que chega a ser injusto. Mas a Sony tentou balancear bem o jogo, e realmente nenhum carro é inútil se você souber a maneira certa de usá-lo.
Os comandos a princípio se parecem bem com os de um jogo de corrida normal. Afinal, para se controlar o carro, é preciso acelerar, frear, virar, dar ré e tudo o mais. Nesse quesito, os comandos são bem parecidos com os de outros games. Há até um botão de turbo, que permite que o carro ande a velocidades altíssimas por alguns segundos, e um botão especial para curvas, que permite ao seu veículo realizar manobras de 90º, 180º ou mesmo 360º mais rapidamente. O jogo tem a opção de ser jogado em primeira pessoa, e isso é muito divertido. De resto, os comandos são de combate mesmo, e envolvem armas.
Na tela, verá a aceleração do carro, a arma selecionada, assim como a quantidade de balas daquela arma, a sua barra de vida, o seu número de vidas (eu já mencionei que só temos três vidas PARA O JOGO INTEIRO, e que não podemos ganhar mais vidas?), um pequeno mapa super útil com a localização de todos os nossos oponentes e de estações de vida, e a barra de vida daquele oponente mais próximo de nós. Também dá para ter um retrovisor, se quiser. A visão é em terceira pessoa, mas dá para se jogar em primeira pessoa. De dentro do carro, vendo tudo pela visão do motorista, dá para se sentir realmente um dos lunáticos competidores do jogo. É mil vezes mais difícil jogar em primeira pessoa, mas chega a ser mais divertido e dar mais emoção.
Para se destruir outros carros, não adianta só ir correndo e bater nele (se bem que, dependendo do carro que você usar, essa tática pode ser a mais usual): é preciso saber usar as armas. Todos os carros possuem uma metralhadora comum. Você pode usá-la à vontade, mas apenas não exagere, ou ela irá aquecer demais e ficará inutilizável por alguns segundos. Esta é a única arma de munição infinita, e todas as outras armas devem ser coletadas no decorrer da arena. Tem mísseis dianteiros, mísseis traseiros, mísseis teleguiados, minas, molas e outros.
Ah, claro, e não podia faltar o especial. Os poderes especiais são característicos de cada personagem, e são limitados. Você pode armazenar até quatro poderes especiais, e, após usá-los, terá de esperar para conseguir mais. Como os poderes variam de carro para carro, usá-los ou não depende de sua escolha. Carros mais apelões geralmente costumam ter poderes especiais mais fracos, enquanto carros tidos como inferiores aos outros contra-balanceiam possuindo poderes especiais arrasadores. Esses poderes se resumem a lança-chamas, chuva de mísseis, raios laser, ondas de choque, tiros especiais, cuspir veneno, entre outros. Há até um carro gigante que é capaz de atropelar outros carros como poder especial.
No começo, o jogo parece bem simples, enfrentando um, dois ou até três carros. Porém, logo logo, coisa começa a ficar preta! Afinal, o número de competidores por arena só aumenta de fase em fase, e o combate começa a ficar brutal. Começamos enfrentando um oponente, e então três, cinco, seis, chegando a ter até oito oponentes! Consegue imaginar o caos que é nove carros trocando tiros e mísseis por todos os lados? A matança corre solta, mas, para o bem do jogador, as arenas são amplas e bem planejadas para comportar a todos com folga. As arenas ainda possuem locais amplos, ruas estreitas, túneis e outros locais onde podemos armar emboscadas interessantes, sem contar que possuem pontos onde geralmente podemos nos esconder e esperar a poeira abaixar um pouco.
Espalhados pelas arenas, podemos encontrar ainda estações de energia que enchem a vida do jogador. Geralmente, há de três a cinco estações como essa espalhadas pelas fases. Após usarmos uma estação para enchermos nossa energia, ela fica desabilitada por alguns minutos, então não pense que poderá encher a vida de cinco em cinco minutos. E não se esqueça que os oponentes também podem encher a vida, então enrolar não é uma boa ideia. O que eu costumo fazer é encher a vida após matar um ou dois oponentes, e então matar mais um ou dois e encher a vida novamente, e assim por diante, sempre que possível.
Ah, e as fases ainda possuem robozinhos que ficam atirando em quem passa. Esses despropositados robozinhos só servem para irritar os jogadores, porque eles sempre atiram no jogador apenas. Você pode destruí-los com tiros comuns, então não se esqueça de ir destruindo essas pestes conforme trafega pelas fases, para não perder vida à toa.
Na última fase do game (Twisted Metal possui apenas seis fases), temos de enfrentar três veículos e então o chefão. Depois disso, acabou, basta assistir o final do game. Mas não pense que será fácil fechar o game: dominar as estratégias exigidas por cada fase levará um bom tempo e muito treino. Twisted Metal pode até parecer frustrante para aqueles que estão começando, por ele não ter um modo de treino ou por ser bem difícil no começo, mas em poucos minutos já começará a pegar as manhas do que tem a ser feito e aí você irá querer enfrentar mais e mais veículos a cada momento. O jogo começa logo a ficar viciante, e você irá querer que outros jogos de carros também tivessem armas para sair metralhando os outros.
O jogo possui três dificuldades. Como ele realmente é bem difícil para os iniciantes, aconselho enormemente a começar jogando no fácil, até pegar as manhas, e então ir avançando pouco a pouco. Sim, porque a curva de dificuldade é brutal, e enfrentar oito oponentes de uma vez só chega a ser insano de tão difícil que é. Se for querer vencer tudo de primeira, irá se frustrar muito rapidamente. Por isso, não se envergonhe de começar na dificuldade fácil, e ir aumentando aos poucos. Aí, quando estiver craque e a fim de um verdadeiro desafio, pode tentar fechar o game na dificuldade difícil. Já vou avisando que será pauleira...
Após fechar o game com todos os personagens e ver o final de todos (o que exigirá muito, mas muito treino mesmo, e muita prática e conhecimento dos pontos fortes e fracos de cada um), você pode competir com um amigo no modo multiplayer. Trata-se de um modo duelo simples, um contra um e com a tela dividida. Bem divertido para passar o tempo depois que você se cansar de jogar no modo um jogador, e estiver a fim de algo diferente.

Minha análise do jogo

Gráficos
Os gráficos de Twisted Metal impressionam pela quantidade de detalhes que foram pensados para o game. A princípio, tem de se reparar nos veículos. A modelagem dos veículos ficou muito boa, e eles amassam e quebram realisticamente conforme a pancadaria acontece. Os efeitos de luz, de fogo e de explosões que acontecem a todo momento, saltam aos olhos e cumprem o seu papel. Os cenários estão um tanto quadradões e mereciam um pouco mais de capricho, mas eles são enormes e repletos de detalhes que os tornam críveis e fantásticos, e é isso que importa. Um dos melhores gráficos que o Playstation pôde proporcionar em seu primeiro ano de vida, tratando-se de um jogo em terceira pessoa. Porém, o jogo não apresenta nenhuma animação, nenhum vídeo especial, nada. Isso prejudica a história do game, deixando monótomo, e nos faz pensar como seria se eles tivessem incluído cenas em CG no game. Esse fator é a única coisa que me impede de dizer que o empenho da Sony com os gráficos desse game foi o máximo.
● Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)

Som
Quanto ao desempenho sonoro, nada a reclamar. Os sons dos carros, das batidas, dos motores, das buzinas e das explosões estão show de bola, e trazem toda a emoção para as arenas. Cada detalhe foi pensado, inclusive ao se adicionar sons de aceleração diferentes, e efeitos sonoros característicos para cada carro.  Assim, dá para se perceber qual é o carro que está se aproximando sem nem mesmo vê-lo, só pelo som. E a música do game também foi bem pensada e está excelente. A mistura de tudo no jogo está perfeita, e o empenho da Sony foi máximo.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Jogabilidade
A jogabilidade é um dos fatores principais do game, principalmente quando se leva em consideração que o game é uma mistura de estilos. Os comandos de direção dos carros não é a mesma que se pode esperar de um jogo de corrida, apesar de serem semelhantes. Tem botão de aceleração, de freio, de ré e até um que permite realizar curvas bruscas. Enfim, a intenção não é simular uma corrida, e sim um combate entre carros, então tudo se encaixa perfeitamente. Mesclando-se aos comandos de combate (tiros, armas e trocar de armas), a jogabilidade mostra toda a sua versatilidade. Tudo ficou simplificado e acessível, rápido e divertido. Mas ainda assim um pouco truncado, porque os veículos capotam muito e algumas fases são bem irregulares, facilitando isso. Somando-se isso ao fato de que o jogo não possui um modo de treino, fica um pouco difícil querer aprender os comandos em meio ao combate ferrenho. Sendo assim, o empenho com a jogabilidade poderia ter sido um pouquinho maior para que fosse perfeito. Empenho excelente.
● Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)

Diversão
Aqui está o fator pelo qual muitas pessoas ainda amam Twisted Metal até hoje. Com toda sua violência, sua velocidade e sua robustez, o game consegue ser divertido pacas! Escolher um carro é escolher uma personalidade, um estilo completamente diferente de jogar o game. Não tem como jogar da mesma forma com todos os veículos: cada um exige um estilo de jogo diferente. Sem contar que cada oponente do jogo exige uma estratégia diferente para ser eliminado. Twisted Metal força o jogador a armar táticas o tempo todo, e a se superar nessas táticas, afinal, derrotar oito oponentes de uma vez só em uma arena gigante não é para qualquer um. Um jogo que mantém a expectativa em alta antes de cada curva, e a adrenalina correndo forte ao se deparar com qualquer inimigo. Não consigo pensar em nada que a Sony pudesse ter feito para deixar esse game mais divertido do que ele já é. Empenho máximo.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Longevidade
Twisted Metal não é um jogo lá muito longo. Ele tem apenas seis fases. Sendo assim, é possível fechar o game com apenas algumas horas disponíveis. Se você for bom, poderá fechar o game em menos de meia hora, para ser sincero... Mas a Sony percebeu isso, e colocou algumas coisas extras. O jogo tem 12 personagens, e cada um deles tem um final específico e único. Então, vale a pena fechar com cada um deles, e pode incluir aí vários dias até pegar a manha com todos eles. Além disso, tem um personagem desbloqueável, o qual exige que você feche com vários personagens, então, dedique-se a isso. Sem contar que tem três dificuldades diferentes. Fechar na dificuldade difícil é desafiador. Além disso, após cansar de fechar o game, poderá disputar com um amigo os duelos de duas pessoas, que são bem viciantes. Sem dúvida, um game que tem potencial o bastante para ficar em seu console por semanas a fio. Empenho máximo por parte da Sony.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Inovação
Twisted Metal chegou para propor algo completamente novo para os games atuais. Uma ideia tão original que chega a ser difícil acreditar por que alguém não pensou nisso antes. Não tem como dizer que Twisted Metal é uma cópia de Destruction Derby, primeiro, porque foi lançado menos de um mês depois, tempo insuficiente para se copiar alguma coisa, e segundo porque esse jogo é bem diferente de DD. Twisted Metal é um clássico que levou o gênero às alturas, e que seria muito copiado desde então. O empenho da Sony em realizar um game criativo e diferente de tudo o que havíamos visto até então foi máximo.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Soma Final: 28/30 (Excelente)

Em resumo: Twisted Metal revirou a cabeça de milhares de gamers, e se tornou um dos primeiros grandes sucessos do console, com mais de um milhão de cópias vendidas só nos Estados Unidos. Tal sucesso só demonstra o número de fãs que esse game conquistou em todo o planeta. Um jogo próximo de ser considerado épico, e uma pedida obrigatória para os fãs de carros, de destruição e de games viciantes. Não perca a oportunidade de conhecer melhor Twisted Metal, se ainda não conhece.


Análises profissionais

O Metacritic não possui uma média para Twisted Metal.

Detonado em vídeo

Esse detonado em vídeo está em qualidade considerável, e é o mais rápido e mais eficiente detonado do game. Ele mostra como vencer todos os desafios do game no modo história, dificuldade difícil, e usando o veículo Darkside. Ele mostra inclusive excelentes estratégias de combate e ainda a localização de algumas interessantes armas escondidas e locais secretos. Vale a pena conferir. Divirta-se!

Parte única


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