Melhor Final: Resident Evil 5

Atendendo a pedidos, vamos realizar a análise de Resident Evil 5.

RESIDENT EVIL 5

Informações técnicas

Publicado por: Capcom

Desenvolvido por: Capcom/ Cavia

Gênero: Survival-Horror

Diretor: Kenishi Ueda / Yasuhiro Anpo

Plataforma: Playstation 3, Xbox 360 e PC

Data de lançamento: 5 de março de 2009

Faixa etária: Mature

Introdução

Resident Evil 5 foi lançado em 2009 para Playstation 3, Xbox 360 e PC. O jogo é, na verdade, o sétimo jogo da franquia Resident Evil. Trazendo novos personagens da série junto com um punhado de personagens já conhecidos dos fãs, o jogo foi direcionado abertamente aos apaixonados pela série que adoraram as alterações feitas em Resident Evil 4, e queriam ainda mais.

Sobre a história (contém spoilers)

A Capcom já não tinha muito mais onde localizar seus jogos. Já fez Resident Evils nos Estados Unidos, na França, e até na Espanha. Aí, eles decidiram: Hum, ainda não fizemos um jogo na África. Então, com essa ideia em mente, eles passaram a fazer um jogo na África.

O protagonista principal de Resident Evil 5 é Chris Redfield, o mesmo do primeiro jogo. Porém, algumas alterações sérias foram feitas nos anos entre um e outro. Veja uma retrospectiva da imagem de Chris:

Este é Chris no primeiro Resident Evil:

Este é Chris no Resident Evil: CODE: Veronica:

Agora, este é Chris Redfield em Resident Evil 5:

Bem... Fora as melancias injetadas em cada bíceps, Chris ainda parece bem alterado. Mais forte, mais alto, mais determinado, mais velho, e com muito mais cara de mau.

Os motivos para tudo acontecer não foram lá muito bem elaborados por parte da Capcom. Pelo menos, a filha do presidente não foi sequestrada mais uma vez. Agora, Chris Redfield veio para a África para investigar uma ameaça bio-terrorista. Chris largou o S.T.A.R.S., o começo de sua carreira, para se unir à BSAA, a Bioterrorism Security Assessment Alliance, ou Aliança de Avaliação de Segurança ao Bioterrorismo. É um grupo que os EUA inventaram para dar apoio a países sofrendo de bio-terrorismo. Como sempre acontece com agentes americanos, ele veio sozinho e desarmado para uma das regiões mais hostis do planeta. Mais especificamente, para a região desértica de Kijuju.

Lá chegando, ele logo conhece a pessoa que lhe acompanharia no decorrer de todo o jogo:

A gatinha aqui se chama Sheva Alomar, e é a primeira personagem negra que pode ser controlada na série Resident Evil. Africana, ela tem a missão de ajudar Chris a prosseguir na missão. Suas maiores habilidades envolvem ser arremessada sempre que quiser pelo seu companheiro e servir de isca para os inimigos. No modo single-player, ela mais atrapalha do que ajuda, roubando sua munição, barrando as portas e errando praticamente todos os tiros.

A missão dos dois heróis é prender Ricardo Irving, um homem acusado de estar prestes a vender armas bio-orgânicas na África. O que eles não contavam é que os moradores do vilarejo local haviam sido transformados em seres hostis e maléficos através de parasitas, que fazem com que sejam controlados por meras ordens passadas pelo rádio. Resultado:

Muito tiroteio para tudo quanto é lado.

E, no meio dessa bagunça na África, novos personagens aparecem, e outros reaparecem. Um personagem que nos foi apresentado nesse jogo foi esse aqui abaixo, chamado Josh Stone:

Esse negão é o superior direto da Sheva. Diferentemente de muitos outros parceiros do protagonista, de outros jogos da franquia, ele não morre cruelmente no decorrer do jogo. Ele é tão inútil no jogo quanto qualquer outro ajudante do jogador, mas pelo menos ele não morre e nos deixa na mão.

Ah, e tem mais uma pessoa que vai dar as caras nessa versão. Uma loirinha muito adorada pelos fãs. Isso mesmo, é ela: Jill Valentine, a protagonista de dois jogos anteriores da série. Ela volta muito mais loira, mais má, mais séria e bem mais gostosa. Vale lembrar que o corpo de Jill veio sofrendo alterações bruscas de crescimento de partes específicas no decorrer dos jogos.

No começo dos jogos, Jill era deste jeito:

Aí, ao passar para plataformas de melhor poderio gráfico, ela achou que estava muito reta, e decidiu fazer um implante de silicone de 300 ml em cada seio, ficando deste modo:

Aí, quando falaram para ela que ela iria contracenar com Sheva Alomar, uma negra com um belo traseiro, sua inveja veio à tona. Ela decidiu que não podia ser deixada para trás como a sex-fatale do jogo, então ela decidiu clarear o cabelo e colocar implante também no traseiro, ficando assim:

Nada como a inveja feminina para o embelezamento dos games.
Mas não foi apenas cirurgicamente que Jill mudou. Ela está mais má. Na verdade, ela começa o jogo sendo realmente do lado do mal. Ela auxilia Albert Wesker em seus planos cruéis, chegando a enfrentar nossos personagens. Mas ela está sendo controlada por um mecanismo especial, e, após ter esse mecanismo retirado, ela volta ao normal. Mas não podemos controlá-la no jogo principal, apesar de podermos controlá-la em modos especiais na edição Gold e podermos jogar com ela no modo Mercenaries.

Ops, eu já mencionei Albert Wesker. Pois é, ele retrornou das cinzas, e continua tão imortal quanto antes. Sua velocidade e super-força estão inalteradas, e ele de fato desvia de balas, é capaz de lutar contra duas pessoas ao mesmo tempo e arremessa as pessoas à distância. Esta é a imagem dele:

Nem preciso mencionar que ele morre de forma estupidamente forçada ao final do game, como, aliás, já aconteceu em outros dois games no qual ele apareceu, no passado. Por esse mesmo motivo, podemos ter uma certeza com relação a Wesker em Resident Evils futuros: he will be back.

Sobre o jogo

Chris e Sheva andam juntos o tempo todo, cooperando entre si. Algo como Resident Evil 0, mas é bem diferente. Isso permite ao jogador algo inédito: jogar com duas pessoas, em modo cooperativo. Assim, os dois personagens têm de racionar itens, armas e munição entre os dois, de modo que os dois possam sobreviver. Isso porque, se um deles morrer, será Game Over.

É muito divertido poder jogar cooperativamente online ou com um amigo ao lado, tal, mas nem tudo é perfeito. O modo de um jogador é ridicularmente complicado. Controlada pelo computador, Sheva consegue ser a parceira de jogador mais inútil de todos os tempos. Ela atrapalha cem vezes mais do que ajuda, 100% das vezes! Chega a ser absurdo como ela consegue roubar a munição pelo cenário, errar todos os tiros e depois ainda bloquear a porta da sala em que estamos, fazendo com que morramos repetidas vezes. Resumindo: vale muito mais a pena deixar um macaco de laboratório controlando a Sheva do que deixar que o computador faça isso por nós.

Bem, pode-se esperar por muitos monstros, um mais incrível do que o anterior. Em sua maioria, eles são negros, mas há muita variedade de ataques e de estratégias realizadas por eles. Eles cercam o personagem, buscam outras formas de entrar, e sabem usar do cenário para pegar o jogador desprevenido. Eles armam armadilhas e usam armas, como bestas que lançam fogo, além do habitual, como lanças, facas, machados, entre outros. Também está presente monstros não-ex-humanos, como lickers e outros seres insetos. Mas, sem sombra de dúvida, os seres mais perigosos de todo o jogo são os seres humanos. Separamos aqui algumas imagens dos principais inimigos do jogo:

O senhor serra elétrica está de volta. Mais mortal do que nunca. Assim como:

O grandão aqui. Ele também está de volta, mas, desta vez, muito mais fácil de ser derrotado.

Este é o Executador, um ser muito simpático que dá as caras nesse jogo.
Enfim, há ainda muitos outros inimigos dos quais não convém apresentar agora.

Todas as táticas de combate dos Resident Evils anteriores retornaram com força total. Podemos saltar janelas, saltar muros, escalar coisas, explodir coisas, e agora temos ainda mais golpes especiais, únicos para cada pérsonagem.Chris pode arremessar inimigos à distância com seus socos ultra-poderosos, pode quebrar o pescoço de inimigos pelas costas, e pode esmagar a cabeça deles com uma pisada. Já Sheva pode dar chutes, cortar gargantas com sua faca e impalar inimigos no chão diretamente no pescoço.
Em determinados momentos, o personagens terão de se separar, e aí entra a cooperação entre eles. Chris pode arremessar Sheva no prédio ao lado, e então auxiliá-la a enfrentar os zumbis com um rifle de precisão, enquanto ela busca uma forma de abrir uma passagem, por exemplo. Muita cooperação é necessária, além de muito pensamento estratégico para tomada de decisões rápidas.

Análise do jogo

Gráficos

Os gráficos de Resident Evil 5 são uns dos mais belos de sua geração, lembrando que foi lançado em 2009. Os cenários são belíssimos, os personagens jogáveis e os inimigos foram animados de forma maravilhosamente realista, e tudo está repleto de efeitos de luz e sombra que se encaixam muito bem no jogo. Eles não pegaram leve no quesito gráficos.

Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Som

As músicas foram bem selecionadas e estão boas, porém poderiam ser melhores, infelizmente. Os jogos anteriores da séire possuíam músicas melhores do que as que ouvi nesse jogo, pelo menos na minha opinião. Quanto à atuação de voz dos persongens, os personagens principais estão com vozes bem dubladas e tal, mas os personagens secundários que aparecem em cena deixam a desejar. Alguns deles possuem falas horríveis, que não dizem nada com nada. A Capcom poderia ter ido bem melhor nessa.

● Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)

Jogabilidade

Bem, Resident Evil deixou de ser um survival-horror para se tornar um jogo de ação? Talvez ainda não, mas os controles são definitivamente de um jogo de ação. Portanto, vou compará-los a outros jogos de ação, e posso dizer que estão completamente desatualizados. Houve avanços gloriosos, como a inexistência de menus que pausam o jogo, e a rapidez nos comandos é eficiente. Mas, para um jogo focado na ação, como esse, falta um pouco mais. O sistema de cover é tão bem usado em algumas partes que eu ficava querendo poder usá-lo quando quisesse. Podia haver mais interações com o parceiro do que apenas "venha" e "fique aí", poderia haver realmente noções de estratégia cooperativa, com comandos do tipo "eu vou por aqui, você por ali", e coisas desse tipo, ou "proteja a saída, eu vou dar a volta e pegá-los por trás". Comandos desse tipo se encaixariam perfeitamente nesse jogo, mas o que temos são comandos simplificados e um "amigo do jogador" que mais atrapalha do que ajuda, muitas vezes. A Capcom poderia ter mandado muito bem, mas teve um empenho apenas razoável nesse quesito.

● Nota pessoal: 3/5 (Empenho Considerável)

Diversão

Ah, aí não temos do que reclamar. O jogo é divertido por si só, e a matança de monstros nunca foi tão interativa e divertida quanto aqui e agora. Momentos memoráveis quando se joga com um amigo, mesmo que seja online. Coletar itens e encontrar rotas alternativas representam um desafio à parte, que sempre é recompensado. Além disso, o ranking ao final do capítulo nos faz querer cumprí-lo à perfeição, no menor tempo possível e com o maior número de acertos possível. A única coisa que estraga um pouco a diversão é o modo de um jogador com o computador atuando como o segundo jogador... Como já foi fito, as falhas que o segundo jogador cometem podem deixar de ser irritantes para realmente atrapalhar o desempenho do primeiro jogador. Por esse motivo, o empenho da Capcom foi quase lá.

● Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)

Longevidade

O modo de jogo simples não irá durar muito, mas o jogo irá lhe fazer voltar para muito mais. Não apenas porque ele é viciante, mas porque ele possui um intrincado sistema de ranking que recompensa aqueles que tentam e tentam novamente, focando a perfeição dos movimentos. Além disso, os novos modos de jogo, abertos quando se fecha algumas vezes, além do modo mercenários, que também possui um punhado excelente de extras para serem habilitados, manterão você meses jogando esse jogo sem nem perceber, e sempre com alguma coisa nova para conseguir, nem que seja uma nova arma ou uma nova roupa.

● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Inovação

Resident Evil 5 mostrou que a Capcom estava realmente disposta a fazer algo novo e grandioso, e conseguiu. Inovação é uma das palavras que carregarão RE 5 para a história dos games, pois era difícil de se acreditar, retornando lá para 1996, que a franquia Resident Evil chegaria aonde está. A Capcom rompeu barreiras com Resident Evil 4, uma evolução natural muito bem esperada, e ela fez a mesma coisa com Resident Evil 5, deixando todos boquiabertos com as novidades. Muitos podem não gostar do que Resident Evil se tornou, mas convenhamos que a série estava precisando de mudanças, e, na minha opinião, elas são mais do que bem-vindas. A Capcom se empenhou ao máximo nisso, e fez um excelente trabalho.

● Nota pessoal:5/5 (Empenho Máximo)

Soma Final: 26/30 (Excelente)

Em resumo: Trata-se de um jogo viciante quando jogado em modo cooperativo. O número absurdo de inimigos está ainda maior do que o jogo anterior, chegando a levar ao desespero e à agonia. O sentimento de enfrentar monstros gigantescos e tomar estratégias enquanto curte cada movimento e cada matança é indescritível. Além disso, a possiblidade de se poder jogar com um amigo online torna tudo ainda mais divertido e interessante, pois toda hora é necessário tramar estratégias que sempre envolvem cooperação e muito trabalho em equipe. Sem dúvida, vale a pena ser adquirido.

Análises profissionais

Análise da IGN

A IGN deu a nota 9.0 para Resident Evil 5.

Médias e Rankings

A média pela Metacritic para Resident Evil 5 é 84/100, para a versão de Playstation 3, 83/100 para a versão de Xbox 360, e 86/100 para a versão de PC.
No Game Rankings, Resident Evil 5 está na 752º posição como melhor jogo de todos os tempos, 67º posição como melhor jogo do Playstation 3 e 62º posição como melhor jogo de 2009.

Detonado em vídeo

O detonado foi feito por BladeRunnerReturns. Inscreva-se no canal de BladeRunnerReturns, clicando aqui.

O detonado está dividido em 46 partes, foi feito na dificuldade Veteran e foi jogado no Playstation 3. Divirta-se!

Parte 1 - Chapter 1-1 (1/2)