domingo, 29 de maio de 2011

Vanquish - Análise


A Platinum Games voltou a fazer a mesma coisa: conseguiu criar um novo jogo que é completamente espectacular. Esse jogo tem o nome de Vanquish e é a última criação de Shinji Mikami, um dos nomes mais respeitados da história dos videogames. 

Desta forma, a Platinum Games ficou automaticamente como um dos meus estúdios favoritos. Vanquish prova que Bayonetta não foi uma eventualidade do acaso, e existe de fato muito talento dentro deste jovem estúdio.

Vanquish prova também que o Japão não está acabado, ao contrário das previsões de certas individualidades desta indústria. O outro lado do mundo só estava precisando de um empurrãozinho.

Informações técnicas
 
Nome completo: Vanquish - ヴァンキッシュ;
Publicação: Sega Corp.;
Desenvolvimento: Platinum Games;
Gênero: Action-Strategy / Stealth / Third-Person Shooter;
Diretor/Produtor: Shinji Mikami;
Plataformas: PlayStation 3 / Xbox 360;
Data de lançamento: 19 de Outubro de 2010;
Faixa etária: 15+ - (Teen / ESRB - North America);


Introdução

Vanquish faz aquilo que promete, seja qual for o minuto ou segundo que escolham, o jogo estará certamente repleto de ação. É verdade quando digo que a ação não para do princípio ao fim e é aqui que está o seu maior trunfo. 

Nunca estamos parados e quando não estamos disprando contra mechs estamos anciosos por mais, é comparável a uma "droga". Uma coisa é certa em Vanquish, enquanto o jogo está rodando os nossos olhos estão vidrados em cada ecrã da sua tv.

Aquilo que senti ao jogar Vanquish não senti em jogo nenhum. Há quem faça comparações com Gears of War, mas depois de chegar ao final de Vanquish é perceptível que são coisas muito distintas. 

A velocidade com que tudo decorre garante a Vanquish uma personalidade única, não há nada que possa ser comparado com esta criação da Platinum e de Mikami.

Primeiro trailer do jogo, na E3 de 2010, foi um lançamento-bomba.

Demo do jogo, pouco antes de ser oficialmente lançado.

Inimigos.

Como muitos já devem saber, a prioridade em Vanquish não é a história, mas existe uma, com pés e cabeça. Num futuro próximo, as fontes energéticas do nosso planeta estão se esgotando e as potências mundiais lutam por essas fontes, nomeadamente os EUA e a Rússia. Dado isto, os EUA constroem uma enorme estação espacial para recolher energia solar. 

A Rússia por sua vez, invade a estação assumindo o seu controle e a utiliza para lançar um raio de energia contra a cidade de São Francisco. Segue-se um ultimato para exigir que os EUA se rendam perante a Rússia, caso contrário o próximo alvo seria Nova Iorque. 

Rapidamente é lançado um ataque contra a estação espacial para retirá-la das mãos inimigas. É aqui que entra o nosso protagonista, Sam Gideon.

Sam Gideon trabalha para a DARPA, um departamento de pesquisa, e foi o responsável pela criação do ARS (Augmented Reaction Suit), ele está incluído nesta missão para testar a sua nova vestimenta. 

O ARS dá a Sam habilidades com que todos nós sonhamos um dia: mais força, mais velocidade e capacidade para atrasar o tempo. É provavelmente o elemento mais importante de Vanquish e a jogabilidade está diretamente ligada a este fato.

O sistema de cobertura funciona às mil maravilhas. A habilidade de deslizar rapidamente pelo chão é extremamente útil e complementa o sistema de cover, se estivermos sendo atacados num espaço aberto nada melhor que utilizar esta habilidade para chegar a um local onde podemos nos proteger. 

Podemos utilizá-la ainda para flanquear os inimigos. Além de ser uma mecânica de jogo eficiente, este tipo de "deslize" que o personagem possui dá estilo ao ARS e à Sam.

Mas a habilidade mais poderosa do ARS, a de atrasar do tempo, apenas pode ser ativada após se fazer um tactical evade ou quando se salta por cima de uma barreira. Com esta habilidade podemos  limpar três inimigos de cada vez ou causar danos graves nos bosses

Se caso estivermos prestes a morrer, o tempo abranda automaticamente e é um excelente mecanismo de defesa do ARS onde fui salvo algumas vezes por este sistema.

As habilidades do ARS não são infinitas, há limites que temos de respeitar. Se não as respeitarmos a vestimenta entra em sobrecarga e não conseguimos utilizar nenhuma habilidade durante um determinado tempo, até a vestimenta arrefecer.


 Walkthrough do jogo, caso queira as outras partes, favor assistir este vídeo no You Tube e ir no mano do lado direito.

Tenho que louvar o jogo pelo seu sistema de gravação. Os checkpoints são frequentes, por isso se morrermos o mais certo é não perdermos quase nenhum progresso. Quantas vezes em outros jogos vocês não desligaram o console ou trocaram de jogo porque perderam um grande progresso e tinham que fazer tudo de novo ? Vanquish mantém sempre o jogador agarrado ao jogo.

Descrevo a campanha de Vanquish como excelente e brutal, uma das melhores que já joguei. No entanto, é uma campanha de curta duração, demorei 6:34 horas para terminar o modo normal. Claro que depois temos as dificuldades Hard e God Hard (segundo Mikami esta dificuldade "é para os masoquistas"). 

O que provavelmente vai acontecer depois de terminarem a campanha pela primeira vez é saltarem para um segundo save. Vanquish é daqueles jogos que só cansa depois de o repetirmos várias vezes.

A campanha está dividida em 5 atos e os atos em missões, no final de cada uma surge um quadro que vai calcular a nossa pontuação com base no nosso desempenho, ao melhor estilo "Devil May Cry". No final a nossa pontuação será colocada na leaderboard do jogo. Para alcançarem uma boa posição vão ter que treinar muito.

Vanquish vai buscar inspiração ao jogos ocidentais com o uso de QTE's - (Quick-Time Events). A Platinum Games soube utilizar estes momentos com moderação e por norma apenas vamos encontrá-los apenas quando estamos lutando contra mechs gigantes. 

Semelhante à Bayonetta, nos QTE's temos de carregar os botões rapidamente. O jogo atinge o auge da sua espectacularidade nestas situações, não há nada melhor do que ver Sam desviando-se de mísseis e arrancando cabeças de mechs com seus punhos.

Mais uma vez, a Platinum excedeu-se com excelência na criação dos níveis. É difícil encontrar palavras para os classificar, o melhor que consigo encontrar é maravilhosamente frenéticos. A ação é sempre continua, Vanquish é para aqueles que realmente adoram jogos de ação, quase não há espaço para respirar.

Queria mesmo poder descrever alguns níveis, mas isso seria estragar a surpresa, é algo que têm de ver com os nossos próprios olhos, eu garanto tudo o que escrevo.

As armas fazem parte do ARS e podemos carregar até quatro armas ao mesmo tempo. Cada direção do D-pad está atribuída a cada arma. Embora tenham um design futurista, as armas são basicamente aquelas que encontramos nos TPS e FPS de hoje em dia. Existem armas como a assault rifle, a heavy machine gun, a sniper, a shotgun, entre outras.

Imagens


Algumas delas fogem do habitual, temos por exemplo um lançador de discos que ricocheteam nos inimigos (confesso que não utilizei muito esta a arma, prefiro as "tradicionais"). Ao longo da campanha vão aparecendo uns cubos em forma de holograma que servem para melhorar as armas, aumentando o número de balas que disparam por segundo e a munição.

A nível visual, haverão aqueles que irão apontar que é demasiado cinzento, mas isso não interfere em nada com a jogabilidade, em nenhum momento senti dificuldade em ver ou detectar os inimigos, isto porque todos eles em alguma parte do seu corpo tem uma cor contrastante. 

As animações do ARS ao mudar de arma, as faíscas das balas, os mechs desfazendo-se em pedaços, tudo isto é magnifico. Os gráficos de Vanquish não são de ponta, mas isto não limita o jogo em qualquer aspecto ou impede-o de criar momentos de cair o queixo.

Além da campanha podemos ainda desfrutar do modo Challenge. Existe um challenge para cada capítulo (ou seja cinco), em cada um deles vamos enfrentar centenas de inimigos cada vez mais difíceis. Aqui se perderem tem mesmo que começar de novo.

Não existem dúvidas de que Vanquish busca elementos e mecânicas de outros jogos do gênero, contudo, a maneira como os usa e combina com elementos próprios é algo inédito e original. É mais uma excelente criação por parte de Shinji Mikami e da Platinum Games. 

Este estúdio é uma maravilha que oferece aos jogadores games que transbordam de qualidade, e depois de Bayonetta, Vanquish torna-se mais um jogo obrigatório para qualquer fã de ação.

O único ponto negativo mesmo para se considerar e que pode deixar os jogadores com o pé atrás é a curta duração da campanha.

Take care !

  Vanquish - IGN video review

Notas:

- Gráficos: 9,8; 
- Jogabilidade: 9,5; 
- Replay: 9,4; 
- Conteúdo Online: 9,2; 
- Enredo: 9,6; 
- Trilha Sonora: 9,1;
 
- Nota Final: 9,4;


 
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