domingo, 20 de novembro de 2011

Tomb Raider - Análise

Esta é a análise de Tomb Raider, lançado pela Eidos Interactive em 1996 para o Playstation.


Introdução

Tomb Raider é mais do que um game. Trata-se de um mito, um símbolo, uma ideologia. Tomb Raider chegou em 1996 para revolucionar o modo como os jogadores jogavam Action-Adventures. Com elementos nunca antes imaginados, polêmicos e excelentemente trabalhados, a série virou um marco no Playstation. Tudo o que a série oferece hoje em dia já era apresentado nesse clássico dos clássicos da era 32 bits. Vamos relembrar agora Tomb Raider?

TOMB RAIDER


Informações técnicas

Publicado por: Eidos Interactive
Desenvolvido por: Core Design
Gênero: Action-Adventure
Diretor: Toby Gard
Plataforma: Playstation, Sega Saturn e PC
Data de lançamento: 14 de novembro de 1996
Faixa etária: Teen

Sobre a história (contém spoilers)

A história de Tomb Raider gira em torno da famosa protagonista, a arqueóloga Lara Croft. Claramente inspirada em Indiana Jones, Lara é o time de garota independente que curte visitar lugares inóspitos repletos de animais selvagens atrás de relíquias, antiguidades e outras coisas inúteis. Tudo em nome da aventura. Deem uma olhada na protagonista:


Gatinha, né? Bem, Lara Croft possui essas curvas salientes e estonteantes por um motivo: ela foi desenhada para ser uma sex-symbol. Além de ser muito bonita, ela é atlética, habilidosa e muito inteligente, sem contar que é podre de rica, herdeira única de um lorde e famoso historiador chamado Richard Croft. Uma aristocrata que é totalmente independente e capaz de se cuidar muito bem sozinha, ela não tem medo de qualquer perigo e se defende usando as várias armas que consegue usar. Em seu arsenal estão sempre duas pistolas, sua marca registrada. Ela também sabe nadar muitíssimo bem, fala vários idiomas fluentemente, e, até onde se sabe, está solteira.

Pois bem, voltemos ao game. O jogo começa com um meteoro caindo. Esse evento não tem nada a ver com nada e só tem explicação lá para o final do jogo.
Lara estava em sua casa, esperando uma nova aventura, quando ela recebe o telefonema de um indivíduo que se chama Larson Conway. Trata-se deste cara aqui:


Não dá para vê-lo direito, mas estipulou-se que ele foi feito para ser o galã do game. Ele não faz nada de importante, e é apenas um rapaz que trabalha para uma empresária rica e fina, chamada Jacqueline Natla. Veja uma imagem dela:


Esta mulher estranha é podre de rica. Ela é dona da empresa Natla Technologies, uma das maiores companhias de eletrônicos do mundo. Esnobe, antipática e altamente determinada, essa mulher é totalmente oposta à Lady Croft.

Natla está aparentemente muito interessada em um artefato antigo chamado Scion, o qual se encontra nas tumbas fictícias de Qualopec, nas montanhas do Peru. Tanto é que ela está disposta a pagar fortunas para ter esse artefato. Como Lara Croft curte uma boa aventura, ela aceita ir até o local. Croft não faz isso pela grana, e sim pelo perigo e pelo prazer de fazer algo que ninguém nunca fez.
Sendo assim, Lara se ferra cada vez mais enquanto prossegue em sua aventura. Ela se mete em tumbas, em cavernas escuras e em templos caindo aos pedaços, repletos de armadilhas e povoados por muitos monstros e animais selvagens. Mas ela consegue se virar, e chega ao artefato Scion.
Aí é que Lara recebe a sua primeira grande revelação. Com o artefato em mãos, Larson aparece e tenta matá-la. Ambos travam uma luta armada, mas Lara se sai melhor do que ele. Derrotado, Larson confessa, antes de sumir, que o artefato Scion é apenas um fragmento do artefato completo. São três partes ao todo, e as outras duas partes também estão escondidas ao redor do mundo. Ah, e ele avisa ainda que a Natla colocou um outro arqueólogo atrás desses outros artefatos: um rapaz chamado Pierre Dupont. Veja-o:


Este é Pierre Dupont. Não se sabe muito sobre ele, além de que ele é bem inteligente, e faz qualquer serviço em troca de dinheiro. Um mercenário nato, está mais para caçador de tesouros do que um hábil revirador de tumbas. Apesar de ser um bom arqueólogo, não chega aos pés de Lara Croft.

Lara invade a Natla Technologies e descobre, dentro de um livro, para onde ela enviou Pierre Dupont. Assim, ela pode ter uma pista sobre onde se encontram os outros artefatos. Ela descobre que uma peça do artefato se encontra dentro da tumba fictícia de Tihocan, dentro do antigo monastério de São Francisco, na Grécia. Chegando ao local, ela começa uma busca incansável pelo artefato, e é perseguida a todo momento pelo Pierre. O cara chato aparece de quinze em quinze minutos para trocar tiros com Lara, e, após receber umas cargas de chumbo grosso na cara, resolve sair correndo para voltar mais tarde. Uma verdadeira peste imortal. Mesmo assim, ele não impede Lara de conseguir o artefato. Mesmo que, para isso, ela tem de matá-lo bem morto.
Conseguindo o segundo artefato, Lara descobre que o templo no qual ela se encontra pertence a Tihocan, um dos governantes da antiga terra lendária de Atlantis. Já deve ter ouvido falar de Atlantis, não é? Uma ilha lendária lá na Grécia, que era um imenso império naval por volta de 9.600 A.C.. A lenda diz que, após uma tentativa de invadir Atena, Atlantis desapareceu do mapa por completo. Uns dizem que a ilha inteira afundou em um maremoto, e se encontra debaixo do Oceano. Outros dizem que um meteoro caiu no local e não deixou nada em pé. Porém, de qualquer forma, ninguém sabe até hoje se essa história é verdadeira ou não. Nenhum historiador jamais conseguiu descobrir se Atlantis de fato existiu, apesar de a lenda inspirar dezenas de filmes e livros ao redor do mundo.
Após essa pequena aula de história, de volta ao game. Lara, de posse dos dois Scions, tem uma visão Nesta visão, ela enxerga os três governantes de Atlantis, cada um com seu artefato. Um dos governantes tenta criar uma raça mutante usando poderes mágicos, e os outros dois governantes o impedem. Em meio à luta pelo poder, Atlantis acaba sendo destruída e o artefato mágico que pertencia ao governante do mal recai no Egito, mais especificamente em um templo na Cidade de Khamoon.
Adivinha? Ela vai até o templo pegar o maldito terceiro e último artefato. Lá, ela enfrenta seres ainda mais estranhos e peculiares do que ela encontrou até então. Ela reencontra Larson, que mais uma vez tenta detê-la sem sucesso. Ela consegue derrotá-lo e acaba matando-o. Só que, logo depois, ela é encurralada pelos capangas de Natla, que a capturam.
Lara perde os três artefatos, mas ela consegue escapar se jogando do precipício na água. Ela consegue seguir a limusine de Natla usando uma moto, e ainda chega a tempo de vê-la entrar em um navio. Ela consegue se infiltrar no navio de Natla sem ser vista, e ainda tira uma soneca no depósito. O navio a leva até uma ilha remota onde as escavações para as minas da Natla Technologies descobriram a pirâmide de Atlantis (não se deixe enganar, Atlantis não existe!).
Dentro da pirâmide, ela descobre os artefatos unidos como um só. Esse item mágico concede a Lara mais uma visão: ela descobre que Natla é ninguém mais, ninguém menos, do que a governante de Atlantis que traiu os outros. Como punição dos outros governantes, ela ficou aprisionada em uma cela, que só foi aberta por aquele meteoro misterioso que caiu no primeiro vídeo lá no começo do game, lembra?
Bem, Natla reaparece, e tenta impedir Lara de reaver os artefatos. Ela tenta empurrar a arqueóloga no abismo, só que ela mesma acaba se jogando... Que besta. Lara consegue, em seguida, derrotar os monstros que Natla recriou, e acaba por destruir o Scion. Ao fazer isso, ela aciona um mecanismo de auto-destruição da pirâmide inteira (como, já existia isso?). Lara ainda tem de enfrentar uma versão grotesca da Natla transformada antes de finalmente escapar por pouco da pirâmide, e então vai nadando até o barco que os capangas da Natla deixaram para trás, enquanto ela assiste a ilha inteira ser destruída. Fim do game.

Sobre o jogo

Tomb Raider é uma mistura de estilos. Não há uma definição exata, mas a que mais se aproxima é Action-Adventure. O jogador controle Lara Croft o tempo todo, e ela está sempre presa dentro de um dungeon tendo de encontrar um jeito de escapar dali.
Como um jogo Platformer, há muitos buracos e coisas para saltar, e Lara tem de usar seus pulos mais do que nunca. Talvez o pulo seja a habilidade de Lara mais útil do game, e a que usaremos com maior frequência. Lara possui uma grande variedade de movimentos, como diferentes direções de pulos, a possibilidade de se esgueiras e escalar plataformas altas, além de muitas formas de movimentação. Sem contar que Lara consegue interagir diretamente com o cenário, empurrando blocos, acionando mecanismos, pegando itens e abrindo portas para poder avançar.
O sistema é muito próximo àqueles jogos Adventure mais antigos, como Myst, por exemplo. Naqueles games, o jogador se encontrava sempre dentro de um terreno gigantesco e repleto de armadilhas e de quebra-cabeças que precisavam ser solucionados. A resolução de um quebra-cabeça sempre levava o jogador a um outro quebra-cabeça, e assim por diante, até que se conseguia o objetivo, que podia ser encontrar um certo item ou mesmo fugir do local. Bem, o mesmo procedimento acontece aqui, só que em três dimensões e em terceira pessoa.
Cabe ao jogador observar bem o cenário para localizar pontos-chave e se guiar. Temos de procurar constantemente itens, chaves, alavancas, passagens, portas, frestas, enfim, elementos que possam nos ajudar a seguir adiante. É claro que nem tudo está escancarado diante do jogador: temos de realmente olhar em volta, pensar e tentar achar uma forma de se prosseguir. Trata-se de um desafio de raciocínio: ver um ponto distante, ou um item em um local específico e bolar um jeito de se chegar lá. Porém, tudo se torna ainda mais complicado porque a maioria das fases do game são feitas para se parecerem com labirintos, de modo que não é nada difícil se perder dentro delas. Na verdade, é até comum se perder. Essa era a intenção do game. Não há qualquer tipo de mapa ou localizador que possa nos ajudar a nos orientar, com a exceção de uma bússola que nos diz para onde fica o norte ou o sul. Isso só serve para complicar o game, mas não chega a atrapalhar o game. Basta que se acostume com isso. Apesar de o jogo ser difícil e exigente às vezes além da conta, se torna muito divertido quando começa a se acostumar.
O jogo está repleto de enigmas, e muitos deles intrincados o bastante para fazer com que o jogador pense e reflita durante vários minutos, até horas. É preciso até mesmo um pouco de conhecimento acerca de história e de lendas para se resolver alguns enigmas, como por exemplo quando temos de usar a mão de Midas para transformar barras de ferro em ouro e solucionar um quebra-cabeça. É preciso muita memória para se lembrar constantemente de onde passamos e entender o que temos de fazer a seguir.
Além de tudo, o jogador tem de prestar atenção constante nas muitas armadilhas disponíveis nos cenários. Lara invade templos e locais remotos que aparentemente odiavam visitantes. Podemos perceber isso pelo grande número de armadilhas de todos os tempos. Tem aquelas velhas armadilhas de chão que se quebra quando passa, tem paredes que se fecham, pisos com estacas, tetos que caem, bolas imensas que pedras que rolam e tentam esmagar o personagem, e por aí vai. O jogador precisa manter-se atento a todo instante, e ter reflexos apurados, ou irá morrer toda hora. Será um desafio e tanto no começo, deixar de fazer as coisas por impulso, mas logo se pega o jeito. Após se acostumar com o estilo do game, o jogador irá aprender a nunca ir pegar um item aparentemente deixado no chão, sem antes observar se não tem algo em volta que pode matá-lo.
Por falar em armadilhas, todo cuidado é pouco no game. O jogador apenas pode salvar o game entre as fases, e, no decorrer das fases, em savepoints específicos. Os savepoints só podem ser usados uma vez, então é preciso tomar ainda mais cuidado. Pense bem antes de usar um savepoint, pois você nunca sabe se iré precisar mais tarde. Não é nada legal morrer após resolver um quebra-cabeça difícil, só para ter de voltar e tentar novamente. Por sorte, o jogo disponibiliza muitos savepoints, apesar de que esse número vai se tornando cada vez mais e mais escasso conforme se prossegue na aventura. Enfim, pode salvar à vontade, apenas tente não desperdiçar savepoints salvando aleatoriamente.
Mas o jogo não é só um quebra-cabeça depois do outro. Se fosse, seria um Adventure comum. Mas Tomb Raider faz jus ao seu gênero "Action-Adventure" por possuir fortes elementos de ação. Os cenários possuem vários inimigos que tentarão impedir Lara de avançar. Podemos citar morcegos, leões, jaguares, jacarés, macacos, e até centauros e múmias. Para enfrentar todos esses inimigos, Lara possui suas armas inseparáveis: duas pistolas com munição infinita.
Os movimentos de combate foram muito bem pensados. Basta sacar a arma a qualquer instante, e Lara irá sempre mirar no oponente mais próxima automaticamente. Como os inimigos são geralmente mais rápidos do que Lara, temos de nos manter distantes até que ele morra. Enquanto enchemos o bicho de balas, podemos pular para frente, para trás e para os lados, ou correr de um lado para outro. É muito legal ver Lara realizar suas acrobacias enquanto lida com vários inimigos ao mesmo tempo. É preciso muito reflexo para sair ileso de algumas batalhas, principalmente quando enfrentamos seres humanos, tão bem armados quanto Lara e com uma ótima mira.
Lara possui uma barra de vida que se esgota muito rapidamente. Para a sorte do jogador, há muitos itens de cura espalhados pela fase, de modo que é bem difícil ficar sem vida para encher. Basta ser atento e procurar bem em cada cantinho do cenário que logo se encontrará diversos itens de cura para usar.
Por falar em procurar em cada cantinho do cenário, nunca se usou tanto essa expressão quanto nesse game. Tomb Raider literalmente lhe obriga a não passar desapercebido diante de nada. Em cada uma das fases do jogo, há de três a cinco áreas secretas escondidas. Essas áreas possuem um grande número de itens, e ajudam bastante o jogador que quiser encontrá-las. Saiba que não será fácil: muitas dessas áreas secretas estão muito bem escondidas, e exigirão doses imensas de atenção a detalhes e paciência. Mas pode ter certeza de que será recompensado ao encontrá-las.
Ao terminar cada uma das fases, verá o tempo que levou nesta determinada fase, o número de inimigos que matou, o número de itens que pegou e o número de lugares secretos que encontrou. Tudo para que possa jogar mais uma vez e tentar fazer um desempenho ainda melhor; de preferência, encontrando todos os locais secretos de todas as fases. Saiba que não será nada fácil. Mas também não receberá nada de mais se conseguir fazer isso, no entanto.
Após fechar o game, poderá jogar novamente. Poderá selecionar qualquer uma das fases, e terá munição infinita para todas as armas. Legal, né? Em compensação, é o único extra que terá. Não lhe restará fazer mais nada a não ser tentar melhorar seu desempenho em cada uma das fases.

Minha análise do jogo

Gráficos
Os gráficos de Tomb Raider são surpreendentes. Cenários gigantescos associados a alguns dos personagens mais bem modelados já vistos até então no console se unem de forma espetacular. Ao se deparar com a expansão que os cenários possuem, em diversos níveis, com muitas texturas, efeitos de luz, de água, e muitos detalhes, é possível ficar de boca aberta. Mas não o bastante para se menosprezar os  defeitos. Sim, porque tem defeitos. Muitas vezes, podemos atravessar objetos e ver por trás de paredes, só para listar as anormalidades mais ocorrentes. Algumas texturas são visivelmente mal feitas, chegando a ser tosco, e alguns cenários são simplistas demais, apelando para o excesso de ângulos de 90º. Porém, quando olhamos para a Lara e vemos toda a sua riqueza de movimentos, seu realismo e o cuidado estético com o qual ela foi trabalhada para ser o mais perfeita possível, e considerando que se trata do segundo ano do console, não podemos deixar de considerar todo o empenho que eles tiveram. Tudo parece estar acima da média, e, apesar de não ser perfeito, está muito superior às expectativas que tínhamos na época, o que é de dar orgulho. Empenho excelente por parte da equipe da Core Design.
● Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)

Som
A trilha sonora de Tomb Raider é linda, magnífica. Cada música que toca no jogo foi selecionada a dedo, e representa muito bem a série. Não é à toa que as músicas fazem parte de CDs vendidos à parte, e que fazem sucesso. Os compositores Martin Iverson e Nathan McCree são os responsáveis por tanta maestria com as músicas. Mas não sé só isso, também. Os efeitos sonoros e as dublagens estão em um patamar profissional. Os sons das armas, dos pulos, os gemidos, os gritos dos personagens, os sons das armadilhas, das pedras, do fogo, da água, enfim, tudo foi brilhantemente concebido. Empenho máximo por parte da Core Design.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Jogabilidade
A jogabilidade é um dos pontos principais. Lara possui toda uma gama de movimentos únicos e realistas que pode realizar. Além de correr, saltar em diferentes alturas, se dependurar, mergulhar, nadar e rolar, ela faz tudo isso com a classe e elegância de uma ginasta. Os movimentos são rápidos e fluidos, fortes e ao mesmo tempo femininos, dando uma característica única para a primeira protagonista modelada em 3D de um game de aventura. É fácil pegar o costume dos movimentos, pois eles são intuitivos, e, mesmo que você não seja um fã de games de aventura, há um modo de tutorial, na casa de Lara, que pode lhe ensinar todos os movimentos que você precisar. Empenho máximo da equipe.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Diversão
Tomb Raider não é para qualquer um. Quando afirmo isso, quero dizer que esse game não é indicado àqueles que não têm espírito de aventura. Se você está procurando por um jogo comum para passar o tempo e se distrair, esqueça. Esse não é seu game. Jogando Tomb Raider, você será desafiado a todo instante a pensar e refletir sobre o que está fazendo. Será obrigado a questionar tudo o que acontece, explorar cada centímetro de cada sala, buscar soluções sobre enigmas e enfrentar inimigos injustamente mais poderoso que você. Irá se frustrar e morrer de bobeira para as armadilhas, e ficará irritado com isso. Mas, se você for o tipo de pessoa que curte um desafio, esse game foi feito para você. Não se preocupe tanto com as mortes: há diversos checkpoints e pontos de save no jogo, de modo que não precisa recear tanto assim pela vida de Lara. Tente se divertir enquanto usa sua mente ao máximo, e saiba que esse é um dos games mais difíceis já lançados para o Playstation. Um game para entreter e lhe manter focado, a ponto de esquecer da vida. Diversão garantida, na medida certa. Empenho máximo da Core Design.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Longevidade
Longevidade é o único quesito em que a Core Design podia ter melhorado ainda mais. Veja bem, o game possui 15 fases diferentes e bem elaboradas. Cada uma delas é imensa e repleta de desafios e enigmas que farão o jogador ir e vir diversas vezes, totalmente perdido, em busca de uma solução. Só para passar algumas fases, será preciso cerca de uma hora, senão mais. Sendo assim, um jogador iniciante levará algo em torno de quinze horas para fechar o jogo. Um mais acostumado com quebra-cabeças levará por volta de dez ou doze. Mas, para se conseguir localizar todos os segredos, acredite, trinte horas de jogo talvez não seja o bastante. Algumas áreas secretas são realmente muito bem escondidas, e exigirão muita memória e capacidade de raciocínio. Tudo isso contribui para a longevidade, mas, depois que se fecha o game, não tem mais muita coisa para se fazer. Você pode recomeçar todas as fases pelo qual passou, com munição infinita e inimigos mais fortes, pelo menos. Isso ajudará a explorar mais as fases, e manter-se jogando o game, mas não há mais nada a ser aberto, nenhum extra. Por esse motivo, o empenho da Core Design com a longevidade foi excelente, faltando pouco para ser perfeito.
● Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)

Inovação
Tomb Raider fez algo que parecia impossível: ressuscitou um gênero que, até então, ninguém acreditava que pudesse ser reanimado: o da aventura. O game trouxe todos os elementos que marcam presença naqueles games de aventura antigos, sabe, repletos de puzzles inteligentes e muitos labirintos; e mistura tudo com uma excelente dose de plataforma, com seus vários pulos e design de fases elaborado, além de muita ação, tudo em 3D e com uma fluidez impressionante. Tomb Raider foi ousado, apostou numa ideia que não era promissora e que se tornou um marco, um símbolo a ser seguido. Um game que simplesmente influenciou toda uma futura geração de games, e que trouxe de volta um dos gêneros mais amados dos gamers, com força total. Empenho máximo da equipe da Core Design.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Soma Final: 28/30 (Excelente)

Em resumo: Tomb Raider conseguiu a proeza de trazer ao grande público um tipo de game que não conseguia muito destaque anteriormente, o verdadeiro Puzzle Adventure. Com sua união de estilos que cria ao mesmo tempo um estilo único, Tomb Raider é um prato cheio aos gamers que buscam um desafio. Realmente, o jogo irá apenas agradar aos gamers mais hardcore, mas aqueles que tentarem desbravar as tumbas com Lara não irão querer mais largar esse game.


Análises profissionais

A média pela Metacritic para Tomb Raider é 91/100.

Detonado em vídeo

Este detonado está completo. Há uma falha na edição do segundo vídeo, mas trata-se de um erro pequeno. No todo, este é o detonado mais bem compactado disponível na internet. O jogo está completo, mas não se revela todos os secrets. Pelo menos a maioria deles são mostrados. Divirta-se!

Parte 1


Parte 2


Parte 3


E aí, o que achou desta análise? Curtiu? Deixe-me seu comentário, ou entre em contato comigo pelo e-mail: adm_melhorfinal@hotmail.com ou pelo twitter: @AdmMelhorFinal.
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