sexta-feira, 5 de abril de 2013

Devil May Cry - Análise

Esta é a análise de Devil May Cry, lançado pela Capcom em 2001 para o Playstation 2.

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Introdução

No finalzinho de 1999, Resident Evil já era um dos carros-chefe da Capcom. Resident Evil 3: Nemesis havia sido lançado em setembro, e o público já pedia por mais jogos da franquia, e estavam todos ansiosos por um Resident Evil lançado para Playstation 2. Shinji Mikami, criador da série, pediu que seu parceiro de trabalho, Hideki Kamiya, desenvolvesse um novo game para a franquia. Kamiya tinha ideias originais, e pretendia levar a franquia a um lado mais voltado para a ação, com combates frenéticos. Então, o escritor Noboru Sugimura escreveu uma história repleta de elementos medievais. Com um protagonista "superpoderoso", elementos medievais, câmera livre e combate frenético, o jogo ficou diferente de tudo que a empresa já havia feito. Mas o jogo se distanciou tanto dos demais jogos da série que já não poderia mais ser considerado Resident Evil. Mikami gostou do jogo mesmo assim, e apostou na ideia de lançá-lo como um jogo independente, de uma nova franquia que tinha tudo para fazer sucesso. E assim surgiu a franquia Devil May Cry: uma mistura alucinante de ideias que deram certo. Quem poderia apostar que a Capcom iria conseguir fundar e apresentar ao mundo um novíssimo gênero (Hack and Slash Action), e, ainda de quebra, trazer mais um carro-chefe para a empresa?

DEVIL MAY CRY


Informações técnicas

Publicado por: Capcom
Desenvolvido por: Capcom
Gênero: Hack and Slash Action
Diretor: Hideki Kamiya
Plataforma: Playstation 2
Data de lançamento: 23 de agosto de 2001
Faixa etária: Mature

Trilha-sonora da análise

Enquanto lê a nossa análise, que tal escutar o áudio que separamos mais abaixo?


Música Lock and Load, música-tema do jogo, composta por Masami Ueda.

Sobre a história (contém spoilers)

A história inicial de Devil May Cry trazia um jovem com super-poderes e invencível, que se chamava Tony. Ele seria filho do fundador da Umbrella Corporations, e enfrentaria os monstros com espadas e armas de fogo estilizadas. A história mudou muito, evoluiu e usou elementos da cultura gótica e medieval para se transformar em uma história bem diferente:

A história de Devil May Cry gira em torno de Dante Sparda.


Dante é um demônio. Sim. Mas não é um demônio qualquer, e sim o filho do maior demônio que já existiu, o grandioso Sparda, líder do submundo. Sua mãe era Eva, uma belíssima humana. Por causa disso, Dante é híbrido (meio humano, meio demônio), mas tem todos os poderes sobrenaturais de um demônio. Ele tinha um irmão gêmeo chamado Vergil (na verdade, Vergil é segundos mais velho que Dante). Dante é carismático e divertido. Diferente de outros demônios, ele usa seus poderes para o bem, e nunca para o mal, sempre tentando viver pacificamente entre os humanos. Habilidoso com armas de fogo e manuais, ele tem uma espada chamada Force Edge e duas pistolas chamadas Ebony e Ivory.

Vamos falar um pouco sobre Sparda:


Sparda era o líder do submundo. Dois mil anos atrás, ele lutou contra as forças de Mundus, poderoso demônio das trevas que liderava netherworld (uma espécie de mundo das trevas, que é diferente de underworld, um submundo onde os demônios vivem, mas não especificamente os demônios maus. Sim, nem todos os demônios eram maus). Sparda conseguiu selar netherworld, prendendo Mundus lá dentro. Percebendo que ele era forte demais, e que um dia poderia ser consumido pela sua força, ele selou sua própria existência. Uma espécie de suicídio de demônio (já que demônio é imortal). Antes de fazer isso, no entanto, ele queria deixar herdeiros. Sparda era justo e pacífico com os humanos, tanto que se relacionou com uma humana, Eva.


Pouco se sabe sobre Eva, além de que ela era humana, gata e adorável. Ela teve dois filhos gêmeos com Sparda, Dante e Vergil.

Após a morte de Sparda, Eva passou a cuidar de Dante e Vergil, que viviam felizes. Então, um belo dia, quando eles tinham oito anos de idade, uma horda de demônios atacou o grupo, e Eva conseguiu proteger seus filhos do ataque. Ela acabou morrendo, mas seus filhos viveram. Vergil se separou do irmão, para seguir o caminho do mal (em busca de vingança), enquanto Dante foi criado com os humanos. Dante passou a considerar Vergil como morto, já que perdeu notícias dele.

Dante cresceu e abri uma loja chamada Devil Must Cry, em alusão à frase que sua mãe havia lhe dito momentos antes de morrer (demônios podem chorar). Essa loja vende artigos inusitados, armas e também artefatos mágicos. Dante vivia feliz com sua loja, até o dia em que Trish apareceu.


Trish é uma mulher misteriosa, e muito bonita. A princípio, não se sabe exatamente o que ela faz, apenas que ela é humana, sabe usar armas, tem super poderes e pilota motocicletas.

Trish invade a loja de Dante e dá um cacete nele. Ela parece disposta a matá-lo, mas, na hora em que iria concretizar o serviço, Dante revida e demonstra que esteve apenas brincando com ela, revelando seu verdadeiro poder rindo da cara da morte. Dante diz que é demônio e que luta contra outros demônios, em busca daquele que matou seu irmão e sua mãe. Trish então revela que não é inimiga de Dante, e que seu ataque a ele era apenas para testar a sua força e para saber se estava falando com a pessoa certa. Ela diz que o demônio que causou a morte de sua mãe e seu irmão, o poderoso Mundus, líder de netherworld, está prestes a voltar à vida. Ela quer detê-lo, e pede a ajuda de Dante.

Dante vai com Trish até o castelo onde ela diz que Mundus está aprisionado. Em meio à sua caça pelo poderoso demônio, Dante tem de enfrentar alguns de seus mais fiéis servos, como por exemplo o Phantom:


Phantom é um chefão que faz participação em quase todos os jogos da série. É um demônio em forma mista de escorpião com aranha, e ele pode cambiar entre as duas formas em segundos. Seu corpo é feito de pele sobre lava, e ele é o mais fraco dos servos de Mundus.

Dante encontra ainda outro servo de Mundus, o poderoso Nelo Angelo:


Nelo Angelo (que, na verdade, deveria se chamar "Nero Angelo", ou "Anjo Negro" em italiano, o nome saiu errado pela péssima tradução do japonês) é um demônio poderoso, em forma humana, e sabe usar uma espada e os poderes místicos como ninguém. É, de longe, o mais poderoso servo de Mundus, tendo habilidades que rivalizam de igual para igual com os poderes de Dante.

Nelo Angelo se mostra ser um rival realmente à altura de Dante. Ele chega mesmo a vencer Dante em batalha, e a desarmá-lo, porém, quando esteve próximo de matar Dante, ele percebe uma metade de amuleto que o Dante carrega no peito. Ao ver o amuleto, ele solta Dante e vai embora.

Tem ainda mais um servo de Mundus, Griffon:


O demônio Griffon é baseado na ave mitológica Grifo, uma criatura lendária com corpo de leão, asas de e cabeça de águia. Trata-se de uma ave imensa e diabólica, com poderes referentes ao vento e ao trovão. Ela persegue Dante onde quer que ele vá, e se mostra um inimigo forte a ser derrotado.

Dante enfrenta Phantom, Nelo Angelo e Griffon diversas vezes no derrotar de sua aventura. Ele chega a matar Phantom definitivamente. Após obter algumas chaves e artefatos no interior do castelo, Dante consegue sair do castelo pelo outro lado, e chega até um navio pirata. Após obter um artefato mágico no navio pirata, voltamos ao castelo. Então, Griffon é derrotado de uma vez por todas. Antes de morrer, Griffon pede a Mundus o poder para derrotar Dante. No entanto, Mundus não demonstra piedade, e mata Griffon de forma cruel e dolorosa. Mundus jura matar Dante um dia, e Dante promete o mesmo.

Dante diz a Trish que Mundus matou seus pais e ele quer vingança. Dante menciona a Trish a existência de Vergil, seu irmão gêmeo que desapareceu, e fala sobre o pingente que ele trouxe no peito. Esse amuleto lhe foi dado por sua mãe, Eva, pouco antes de sua morte. Ele é dividido em dois, uma metade ficou com Dante e a outra metade com Vergil. Quando o amuleto se junta, diz a lenda, eles conheceriam a verdadeira força. Mas Vergil desapareceu para sempre. Ele menciona ainda a forma misteriosa como o demônio Nelo Angelo o evitou depois de ver o amuleto.

Seguindo em frente com o jogo, eis que encontramos mais um servo leal de Mundus, o poderoso Nightmare:


Nightmare é uma arma biológica, uma gosma criada pessoalmente por Mundus. Essa substância inorgânica é poderosa, e capaz de grandes feitos e grande demonstração de poder, podendo até mesmo aprisionar Dante em um mundo próprio, escuro e repleto de monstros, semelhante a um pesadelo (por isso o nome).

Mais à frente, encontramos novamente Nelo Angelo, e desta vez para uma batalha final, definitiva. Após matarmos Nelo Angelo, ele deixa cair um pingente. Dante descobre que esse pingente é a outra metade do amuleto que ele tem. Isso revela o que estava claro desde o princípio para todos, menos para Dante: Nelo Angelo era ninguém menos do que o irmão gêmeo de Dante, Vergil Sparda. Aparentemente, Vergil passou a ser controlado por Mundus desde então, e foi forçado a enfrentar Dante contra sua vontade. Teoricamente falando, Dante matou seu próprio irmão.

Com as duas partes do amuleto, Dante pode enfim revelar o imenso poder da arma Sparda, a espada que pertencia a líder dos demônios.


Essa espada, que foi usada por Sparda, pai de Dante, em pessoa, é a mais potente espada já usada por algum demônio, e é uma arma simbólica da série.

Dante também consegue, com a ajuda do pingente, acesso a Netherworld, onde está Mundus. Chegando ao local, Dante encontra Trish em perigo. Porém, quando ele vai resgatá-la, ele descobre que era tudo um truque para atrai-lo a uma armadilha. Trish era uma serva de Mundus o tempo todo, e foi enviada para trazê-lo até seus domínios, onde Mundus poderia matá-lo. Dante tem então de enfrentar Nightmare de uma vez por todas. Trish ajuda Nightmare em batalha.

Após o embate, Nightmare é derrotado de vez. Trish acaba sofrendo um grande perigo, e Dante salva a vida da moça. Quando ela pergunta a ele porque ele fez isso, ele responde que poupou sua vida porque ela se parece muito com Eva, a mãe dele. Mesmo assim, ele diz para ela se afastar, que ele nunca a perdoará, e, se ela cruzar seu caminho novamente, ele irá matá-la.

No entanto, Dante pode ter perdoado Trish, mas Mundus não tolera derrotas. Mundus aprisiona Trish, e ameaça torturá-la incessantemente por toda a eternidade, pela sua falha. Dante consegue se encontrar cara-a-cara com Mundus.


Mundus aparece, a princípio, como uma forma mais inofensiva. Ele está como se fosse em uma estátua de mármore, com o formato de um anjo. Ele não se mexe, apenas a voz macabra sai de seu corpo.

No entanto, Dante fica paralisado ao ver Trish aprisionada. Mundus se mostra muito mais poderoso que Dante, e quase mata Dante com apenas um golpe, mas Trish consegue salvar Dante no último segundo. Ela fez isso para pagar sua dívida com Dante, e pede perdão por tê-lo traído.

Trish morre e Dante sofre com isso, achando que foi sua culpa. Dante jura vingança. Mundus explica que foi ele mesmo quem criou Trish. Ele a criou à imagem e semelhança da mãe de Dante, com a intenção de fazer com que ele se sentisse atraído por ela. Mundus a usou para atrair Dante até ele, e que ele pode criar quantas "Trish", ou seja, quantas "cópias de Eva" ele quiser. Ele já criou várias, algumas apenas para seu próprio prazer, outras para realizar seus trabalhos pessoais. E elas sempre funcionaram muito bem, cumprindo com suas missões.

Dante fica furioso com o escárnio, se transformando em um verdadeiro demônio, com asas e tudo, abandonando a sua forma humana original. Ele fica bem parecido com seu pai Sparda, assim:


Mundus também se transforma na sua forma demoníaca original, uma imensa forma apocalíptica que é, de fato, maior do que o planeta Terra em si:


Então, começa uma batalha de proporções épicas. Em meio a um show de cores, luzes e efeitos especiais, ambos se digladiam em meio a estrelas e planetas de Netherworld. Dante consegue, por fim, acabar com Mundus, e cumprir sua vingança a Trish. Ele vai até o corpo de Trish. Dante chora, e algumas de suas lágrimas caem sobre o corpo desfalecido de Trish, enquanto ele pede perdão, e deixa com ela sua espada e seu amuleto. Dante descobre que todo o castelo está caindo, já que Mundus morreu, e seus domínios estão por um fio. Ele tem poucos minutos para sair dali, e a saída principal está bloqueada. Ainda há uma saída: o sistema de esgotos do castelo. Dante corre para lá.

Chegando à saída, Dante descobre que Mundus ainda está vivo. Mundus está muito ferido e quase morrendo, mas deixou claro que não irá desistir tão facilmente, e pretende matar Dante deixando-o aprisionado em Netherworld para sempre. Chegou a hora de enfrentá-lo de uma vez por todas. Então, Trish reaparece. Ela foi revivida pelo amor de Dante, e mais especificamente pelas lágrimas que ele deixou sobre ela ao chorar sinceramente por sua morte (as lágrimas sinceras de um demônio possuem poderes milagrosos). Trish oferece a Dante seu poder, para que ele possa matar Mundus. Ela transfere toda a sua energia para Ebony e Ivory. Então, quando Dante dispara em Mundus, ele é finalmente derrotado. Mundus não morre, até porque, como já disse, demônios nunca morrem, mas sim permanece com seu poder selado definitivamente (mais uma vez).

Dante e Trish fogem do castelo usando um avião que encontraram no local. Então, escapando de Netherworld, ambos decidem viver juntos. Eles reabrem a loja de Dante, no mesmo local em que ele tinha sua loja antiga, mas ele não se chama mais Devil May Cry, e sim Devil Never Cry. Dante e Trish continuam à caça de demônios maldosos para aniquilar.

E essa foi a história de Devil May Cry. Espero que tenham gostado!

Sobre o jogo

Esqueça qualquer semelhança com Resident Evil. Por mais que as raízes dele estejam de fato em Devil May Cry (afinal de contas, ele foi criado para ser Resident Evil 4, a princípio), o jogo foi completamente reformulado. Na verdade, esqueça tudo o que já viu até então. Devil May Cry é o início de um novo estilo de game, talvez um dos mais frenéticos existentes, o Hack and Slash Action.
Já ouviu falar em Hack and Slash Action? Pois esse gênero consiste em ter liberdade total de ação para sair espancando todo mundo que aparecer na tela. Não é como um Beat'em Up, apesar de ambos serem próximos. É como um jogo de ação tradicional, só que muito mais rápido e livre, com um apelo frenético, que coloca você contra vários inimigos na tela, tendo de realizar diversos combos e acumular pontos para poder sobreviver.
Analisando friamente, percebe-se que o jogo foi criado em cima da raiz de Resident Evil. Controlamos Dante livremente pelo cenário, na perspectiva de terceira pessoa, e podemos explorar o cenário, checar estátuas, abrir portas e interagir com objetos. Quase como podemos fazer em Resident Evil. A diferença é que Dante é capaz de pular. Mais do que pular, ele pode dar pulo duplo nas paredes, podendo assim alcançar pontos secretos ainda mais afastados. E há diversos pontos secretos para serem encontrados no game, diga-se de passagem.
Andando pelos cenários, encontrará muitos e muitos inimigos. E é aí que entra a parte mais divertida do game: os combates. Dante é capaz de usar dois tipos de arma: arma de corte e arma de fogo. E a alternância entre ambas é rápida, de modo a dar maior agilidade ao combate. Dante começa com uma espada e duas pistolas. Usando espadas, Dante é capaz de realizar combos simples repetindo o mesmo botão. Pressionando o botão da espada a intervalos variados, é possível realizar uma pequena variedade de golpes diferentes. Não há muitos combos disponíveis, até porque só se usa um botão para acioná-los. Por outro lado, há um outro botão usado para as armas de fogo, de modo que se pode alternar entre os dois rapidamente. Dante pode disparar em um inimigo, dar um combo com espada, erguê-lo do chão e então continuar fuzilando-o com a arma de fogo enquanto o inimigo ainda está no ar. Isso permite uma variação de combos bem mais interessante.
Segurando R1, podemos focar nossos golpes em apenas uma direção, além de que podemos desviar de golpes com maior precisão e também aumentar o número de combos possíveis. É muito útil quando enfrentamos apenas um oponente, porém, em salas cheias de inimigos, é melhor diversificar a direção dos golpes e estar pronto para saber lidar com ataques vindos de todas as direções. Os inimigos não perdoam, e atacam todos de uma vez às vezes.
Outro problema que é bom relatar é o problema com a mira. Ao apontar com a arma, não temos muita precisão. A mira do jogo é automática, e é o jogo que decide para qual inimigos Dante irá mirar. Não há como trocar de alvos ou definir uma prioridade. Se estiver cercado de inimigos, por exemplo, e quiser disparar em algum inimigo mais distante, não adianta, Dante irá apontar a arma para o oponente mais próximo sempre. Isso é um pouco frustrante, e pode irritar em alguns momentos. Mas tem de se conviver com isso, não há o que se possa fazer.
Dante também pode entrar em um modo especial, chamado Devil Trigger. Nesse modo, Dante causa mais dano, fica mais rápido, toma menos dano e também pode usar alguns golpes especiais mais fortes e poderosos. Esse modo Devil Trigger consome uma barra de especial que se enche conforme Dante vai derrotando os inimigos. Também há itens que enchem essa barra instantaneamente.
Os inimigos aparecem nas salas conforme avançamos. Raramente aparecem sozinhos, e o jogador logo tem de aprender a lidar com verdadeiras hordas de uma só vez. Não é nada fácil lidar com diversos inimigos juntos, até porque a câmera pode atrapalhar bastante, escondendo a localização da maioria dos oponentes. É totalmente desaconselhável enfrentar vários inimigos em ambientes muito fechados, pois, além de não ter muito local para esquivar, ainda terá de lutar contra os ângulos fixos da câmera, que sempre lhe deixarão em desvantagem em relação aos inimigos.
Não espere sair ileso da maioria das lutas, a menos que seja bem rápido nos controles. Pelo menos, geralmente após uma horda de inimigos, aparecem orbes verdes. Apenas saiba que, muitas vezes, os inimigos são quase infinitos, e continuam aparecendo, uma wave depois da outra., e a aparição de orbes verdes nem sempre é obrigatória. Devido a isso, diversas vezes o mais aconselhável é correr. É possível fugir dos inimigos, e, saindo da sala, eles não lhe seguirão mais. O problema é quando se encontra em um ambiente fechado e sem saída. Entrará em salas que se trancarão ao entrar, e só abrirão após eliminar todos os inimigos do cenário. Essas partes são perigosas.
É preciso ressaltar que o jogo é difícil. Literalmente, não é para qualquer um. Até mesmo por ser o precursor de um gênero, o jogo se difere de tudo o que foi lançado até então. Devil May Cry exige um apurado senso de timing nos comandos, além de reflexo rápido e rapidez de raciocínio. Jogadores menos habilidosos encontrarão muita dificuldade para passar até das primeiras missões. O jogo é muito exigente, e chega a ser cruel com os menos persistentes. Leva-se algum tempo para se acostumar com a natureza dos combates (e com os problemas de câmera e de mira automática), e, até lá, irá perder muitas e muitas vidas. Quando você achar que está pegando o jeito, aí terá de enfrentar um chefão da fase, e aí... Morrerá ainda mais. A dificuldade do jogo parece sempre elevada, e, mesmos nas dificuldades mais fáceis, os chefões não serão nada fáceis de se matar. Espere por aqueles ataques especiais que arrancam metade da sua vida e por barras de vida enormes. Tempos difíceis virão...
Mas é tudo questão de prática. É claro que jogar um game assim assusta a princípio. É normal sentir vontade de desistir, de se sentir inconformado. Mas os jogadores mais hardcore e mais persistentes serão recompensados. A cada fase que passa, a dificuldade só aumenta, e o jogo se torna ainda mais frenético e competitivo, exigindo ainda mais do jogador.
A evolução do jogador pelas fases é marcada pela aquisição de itens. Assim como em Resident Evil, o jogador fica meio que preso ao castelo inicial, em um vai-e-vem constante. Avança-se por um caminho, enfrenta-se de um chefão e então adquirimos uma chave. Essa chave irá abrir uma outra passagem, e então seguimos por lá, matamos mais um chefão e pegamos mais um item, que irá abrir passagem por outro caminho, e assim sucessivamente. Às vezes, dá para ficar um pouco perdido dentro do castelo, em meio aos seus corredores, salões e múltiplos andares. Para auxiliar o jogador, há um mapa, um mapa em 3D muito bom, que pode ser visualizado em diversas posições e ângulos, de modo que podemos nos orientar da forma que acharmos melhor. Muito útil para não se perder.
Há momentos de Platformer também, em que temos de aplicar diversos saltos rápidos em sequência para alcançar algum ponto de difícil acesso. Esses momentos são raros, mas presentes. Por incrível que pareça, é nesses momentos que a câmera não atrapalha. A câmera sempre foca Dante do ângulo certo para lhe permitir efetuar os saltos com o máximo de precisão possível.
Há alguns momentos ainda em que Dante é capaz de nadar, e ele respira indefinidamente embaixo d'água. Esses momentos ocorrem em primeira pessoa. É bem confuso se guiar embaixo d'água, e, por mais que eles tenham feito comandos específicos para não se locomover, como também atacar e desviar de golpes embaixo d'água, percebe-se que é algo bem estranho.
Conforme avança, Dante vai adquirindo novas armas. Além de novas espadas, com efeitos elementais (há uma espada elétrica e luvas banhadas em fogo, por exemplo), há diversos tipos de armas de fogo, como pistolas, espingardas, lança-granadas e raios laser. As armas são encontradas pelo cenário, conforme se avança pelo game. O jogador é livre para escolher as armas com o qual mais se identifica (não há tanta diferença assim entre uma arma e outra, até para permitir ao jogador escolher aquela que ele prefere), mas saiba que cada arma possui um combo diferente. Há também o fator elemental a se levar em consideração. Inimigos elétricos não tomarão dano da espada elétrica, por exemplo, da mesma forma que monstros de gelo tomarão muito mais dano das luvas de fogo, e assim por diante. Isso faz com que o jogador se sinta motivado a trocar de arma algumas vezes no jogo, usando assim várias armas no decorrer do game.
Podemos interagir bastante com os cenários. Além de apenas andar por aí e entrar em portas, podemos checar coisas, abrir coisas, e quebrar coisas. Podemos arrebentar mesas, cadeiras, vasos, luminárias, estátuas, armaduras, enfim, boa parte do cenário. Quebrando itens, geralmente conseguimos itens, em sua maioria orbes. Também podemos encontrar orbes e outros itens espalhados pelo cenário.
Há vários tipos de orbes, separados em cores. Os orbes vermelhos são os mais comuns de serem encontrados, eles são a moeda do jogo. Acumulando orbes vermelhos, podemos usá-lo para comprar itens, armas, habilidades e upgrades. Vou detalhar melhor depois. Os orbes verdes enchem a vida de Dante, e geralmente aparecem após grandes batalhas e chefes. Os orbes amarelos são as "vidas" de Dante. Assim que Dante morre, gasta-se um orbe amarelo e ele ressuscita no último checkpoint. Já os orbes azuis são os mais raros: eles compõem a vida de Dante. Adquirindo quatro fragmentos de orbes azuis, a vida de Dante se completa e ainda aumenta um pouquinho de tamanho.
As lojas do jogo (chamadas God of Time) vendem de tudo. Podemos até mesmo comprar outros orbes, como os azuis e os amarelos, nas lojas. Também podemos comprar itens, como o Vital Star, que pode ser usado quando quiser e enche a vida de Dante, e o Devil Star, que enche a barra de Devil Trigger de Dante na hora. Há diversos outros itens, que aumentam a força de Dante, o deixam invencível por alguns segundos, entre outros. Pode-se comprar esses itens nas lojas, mas eles vão ficando cada vez mais caros, conforme vamos comprando.
Mas o maior atrativo das lojas não são os itens. Dante poderá comprar novos poderes, habilidades e upgrades para sua armas. Algumas habilidades são mais comuns, como a habilidade que nos permite saltar mais alto, ou virar um morcego. Outras são totalmente focadas no combate, como a possibilidade de causar combos maiores, novos golpes e maior energia das armas. Tunar as armas é algo essencial para poder derrotar os inimigos com mais facilidade.
O jogo é dividido em missões. As missões são bem curtas, possuem alguns poucos minutos de duração. Cada missão tem um objetivo específico a ser cumprido (achar uma chave, chegar a um local, derrotar um chefão, e assim por diante), e, após cada missão, podemos salvar o jogo, comprar coisas e então seguir para a próxima missão.
Ao final de cada missão, o desempenho do jogador é avaliado e então aparece um ranking. Esse ranking é baseado no tempo que se levou para passar aquela determinada missão, no número de combos que levou e na quantidade de dano que tomou. O ranking vai de D (o pior desempenho possível) a S (o melhor desempenho possível). O jogador ainda ganha uma quantidade de orbes vermelhos relativo ao ranking que recebeu. A quantidade varia, mas, de forma geral, o ranking D dá 100 orbes, C dá 200 orbes, B dá 500 orbes e S dá 800 orbes. A dificuldade também interfere no ranking (quanto mais difícil é a dificuldade, menos requisitos são necessários para os rankings maiores), assim como outras coisas, como se usou algum item naquela fase ou não, ou se morreu ou não.
Além de apenas cumprir os objetivos de cada missão, há outras coisas que podem chamar a atenção do jogador. Há muitos itens escondidos em diversos pontos do cenário, recompensando os jogadores que exploram os cenários minuciosamente. Além desses itens, o jogador ainda poderá encontrar Secret Missions. São missões secretas, escondidas por todo o cenário. Essas missões possuem um objetivo bem inusitado, que pode ser chegar até um ponto bem alto, matar inimigos sem usar algum tipo de arma, matar todos os inimigos dentro de um tempo limite, induzir inimigos a se atacarem, entre outros tipos de desafios. Esses desafios rendem fragmentos de orbes azuis, que aumentam a vida total de Dante.

Minha análise do jogo

Gráficos
Muito da parte gráfica de Devil May Cry ainda deixa claro ser o remanescente do que viria a ser um Resident Evil. O estilo gótico, escuro e amedrontador de alguns corredores do castelo não combina em nada com o estilo do game, e parece um pouco fora de lugar. Leva algum tempo para se acostumar com o jogo e ver que não se trata de uma "reciclagem de cenários não utilizados em um Resident Evil". Quando saímos do castelo, o jogo começa a tomar uma forma mais propícia a um Hack and Slash Action. Ah, claro, e devidamente atualizados para a nova geração. Esqueça as texturas fotografadas pré-renderizadas de antes: o jogo é inteiramente poligonal e texturizado agora. E é bem bonito, claro. Os cenários são vastos e ricos em detalhes, como é bem típico da Capcom. Eles dão a devida impressão de serem um cenário gótico e medieval. A animação dos personagens e dos inimigos também ficou impecável. Cada inimigo possui uma gama de movimentos e expressões realmente convincente, e tudo isso fica ainda melhor em meio ao show de luzes e efeitos especiais que vem nos combates dramáticos. A Capcom soube aproveitar muito bem o que o Playstation 2 é capaz de fazer de melhor: os efeitos gráficos mais impressionantes, como raios, fogo e explosões, são bem abundantes nos combates. Não deixa a dever a nenhum outro game da Capcom, e rivaliza com alguns dos jogos mais bonitos do console lançados até então. Se a arquitetura dos cenários, os designs dos personagens e os efeitos especiais não lhe impressionam, então talvez as cenas de animação repletas de combates e efeitos especiais estilosos talvez lhe convençam de que o empenho da Capcom com os gráficos do game foi máximo.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Som
A trilha sonora do jogo é composta por melodias hard rock e por rock industrial, quase sempre orquestrados pelo compositor Masami Ueda. São composições rápidas e frenéticas, que combinam com o estilo do jogo, com direito a muitas distorções ainda, para dar o clima perturbador do jogo. Não poderia faltar ainda os vários efeitos sonoros, alguns assustadores (sim, há alguns momentos no jogo em que eles tentam causar sustos no jogador. Talvez, seja resquícios de Resident Evil), outros apenas para lhe deixar alerta e apreensivo. Quanto à dublagem, ela ficou bem dentro daquilo que já vínhamos companhando da Capcom, e seus Resident Evils e Onimushas. Os personagens principais foram muito bem caracterizados sonoramente. Dante ficou bem estilão badass transbordando atitude, como ele deveria ser. Os outros personagens, Mundus, Trish e até os demais demônios, não se sobressaem tanto, mas ficaram dentro de um patamar de qualidade muito bom. Não há qualquer coisa relativa ao departamento sonoro que tenha ficado frustrante ou aquém das expectativas. O empenho da Capcom em fazer um bom trabalho sonoro no game foi realmente excelente.
● Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)

Jogabilidade
Devil May Cry deriva de tantos elementos de jogabilidade diferentes que não tem como compará-lo corretamente com nenhum outro. Comece entendendo que Dante é um vampiro super poderoso, e seus golpes e habilidades transcendem a de um ser humano comum. Ele é capaz de usar uma arma de corte e uma arma de fogo, e a alternância das duas armas gera uma variedade de combos. A princípio, Dante possui poucos comandos, mas, conforme for aprendendo novos combos, e comprando novos poderes, verá que Dante é uma máquina versátil e eficiente de aniquilação de demônios. Com alguma prática, conseguirá se livrar de hordas de demônios sem dar a eles sequer a chance de tocar em você. Avançando e adquirindo novas armas, descobrirá ainda mais formas de combate, e com certeza se identificará com algum estilo que irá gostar mais. Coo o jogador vai sendo cada vez mais testado, ele acaba sendo obrigado a dominar novas técnicas e se aperfeiçoar, e saiba que nem sempre será possível usar as mesmas técnicas em todos os inimigos. Assim, o jogo fica menos cansativo e previsível, já que impede que o jogador seja repetitivo em seus golpes e combos. Os comandos não são nada complicados (mesmo os combos mais complexos são muito simples de serem executados, na verdade), mas podem exigir algum tempo para serem dominados. O uso consciente das esquivas e do Devil Trigger também levará algum tempo para ser dominado, mas, uma vez que consiga essa façanha, se tornará um oponente quase invencível. Enfim, a jogabilidade do game é rápida, intuitiva, variada e versátil, e ainda por cima possui profundidade e fluidez. Um dos destaques do game, sem dúvida. O empenho da Capcom na concepção da jogabilidade desse game não poderia ter sido melhor: foi máximo.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Longevidade
Devil May Cry possui entre 10 e 15 horas de jogo. Talvez menos, se você apenas fazer o obrigatório, ou com certeza muito mais, caso você queira encontrar os itens secretos e completar todas as secret missions. São 23 missões, ao todo, e cada uma tem poucos minutos de duração. Isso dá uma falsa impressão de que o game é curto, porque o avanço fica bem rápido, mas não é tão curto assim não. O jogador é livre para explorar os cenários à vontade, e fica tentado a revisitar alguns locais já visitados apenas para procurar itens ou locais secretos, e isso vai agregando ainda mais tempo de jogo aos mais cautelosos. Fora que o jogador poderá querer rejogar algumas missões apenas para conseguir rankings melhores, de forma a poder acumular mais orbes vermelhos e poder comprar as habilidades mais avançadas e caras. Sim, pois há alguns poderes e habilidades que não conseguirá comprar na primeira jogatina: são caras demais, e, como você pode carregar suas habilidades e itens para outras jogatinas, precisará fechar algumas vezes para conseguir ter tudo o que o jogo oferece. Após fechar o game uma vez, uma nova dificuldade se torna disponível, a Dante Must Die. Essa dificuldade é realmente bem mais complicada, e irá de fato exigir do jogador uma habilidade e reflexo ainda mais apurados. É completamente indicados àqueles que gostaram do game e querem mais desafio, mas não encontrará nada de mais, nada que não tenha encontrado em outras dificuldades. Devil May Cry não possui extras propriamente ditos. A graça do jogo é jogar novamente, com tudo aquilo que já conquistou na outra jogatina, e ir conseguindo melhorar os rankings, acumulando ainda mais orbes, comprando ainda mais coisas, e assim por diante. O ponto ideal do jogo seria conseguir um ranking S ao final do game (ou seja, ter ranking S em todas as missões do game), e também conseguir completar todas as secret missions, o que pode aumentar seu tempo de jogo para mais de 40 horas... Mas não irá ganhar nada ou liberar nada de novo ao fazer isso, infelizmente. Mas já é bastante conteúdo, e dá para manter o jogador ocupado por dias. Empenho excelente por parte da Capcom.
● Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)

Inovação
Quando se coloca ambos os games lado a lado, fica impressionante saber que Devil May Cry nasceu de uma ideia mal concebida de um novo Resident Evil. Quero dizer, há semelhanças entre ambos, claro, ainda é perceptível o elo entre um e outro, seja no clima apático de alguns cenários, na tentativa de causar alguns sustos aqui e ali, nos ângulos fixos de câmera ou em algumas cenas; mas ainda são games bem distintos. É como se ambos fossem irmãos gêmeos criados em famílias completamente opostas. Devil May Cry é totalmente voltado para a ação, é rápido, é frenético, não lhe deixa parar para respirar muitas vezes entre um combate e outro. Transborda estilo, é repleto de momentos bacanas e lutas épicas contra monstros cada vez mais intrincados e apelões. O sistema de combate até lembra um pouquinho games como Onimusha a uma primeira vista, mas com o tempo se mostra algo único. A combinação de combos possível, o sistema de ranking que incentiva o jogador a sempre tentar novos combos e novas formas ainda mais rápidas e eficientes de eliminar os inimigos, tudo isso contribui para que esse jogo se distancie de tudo aquilo que estamos acostumados a ver. É algo tão puro, tão hardcore, e ao mesmo tempo tão arcade, que merece ser o precursor de um gênero próprio. E foi. A Capcom, depois de batizar o gênero survival-horror, agora foi a precursora de outro gênero, o hack and slash action. Só isso já demonstra a capacidade que a Capcom teve de remontar e adaptar esse jogo à mente insana de Hideki Kamiya. E a ousadia em tentar algo novo deu muito certo: Devil May Cry se mostrou um jogo único, diferenciado e puro. É como se eles tivessem refinado diversos outros elementos, como Beat'em Up, Platformer, Survival-Horror e Third-Person Action, e criado um gênero que unisse o que há de melhor em cada um. Valeu a pena ter arriscado, sem dúvida. O empenho que a Capcom teve com a inovação desse jogo foi máximo!
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Diversão
Fica um pouco cliché falar isso, mas a verdade é que Devil May Cry não é para qualquer um. Posso afirmar sem medo de errar que um jogador convencional de games não irá conseguir se adaptar ao estilo de jogo frenético de Devil May Cry em menos de seis horas de jogo. O game é mais do que arcade, ele é um dos jogos mais hardcore lançados nessa geração até então. Ele parece simples e fácil, mas isso esconde uma natureza que vai se revelando aos poucos. Devil May Cry é, na verdade, bem difícil, e ainda mais frustrante. Será cercado por muitos inimigos, obrigado a ter de enfrentá-los, e eles irão trucidá-lo sem dó, mesmo nas dificuldades mais fáceis, até que aprenda a usar todas as artimanhas do game. A curva de aprendizado do jogo é muito abrupto: antes que tenha tido tempo de se acostumar com o jogo, ele já começa a ficar irritantemente difícil. Os primeiros chefões do jogo já serão um pé-no-saco, e a maioria dos jogadores se verá tentado a desistir do jogo após morrer diversas vezes seguidas. No entanto, depois de servir como saco de pancadas durante tanto tempo, o demônio irá brotar dentro do espírito gamer (contanto que seja persistente). Assim que pegar as manhas do jogo, não haverá para ninguém. Fora os combates, não há muito o que dizer em relação ao game. Também não podemos nos esquecer das câmeras, que podem tornar algumas batalhas mais difíceis do que elas poderiam ser. Os puzzles são bem simples, os momentos Platformers são raros e eficientes, e a exploração é um plus bem-vindo ao game. Observando todos os pontos de uma forma completa, Devil May Cry é um jogo que chama a atenção por todo seu estilo, sua jogabilidade hardcore, seus personagens repletos de atitude e suas grandes cenas e grandes momentos de badass. É um jogo sem dúvida impressionante, e também difícil, mas também recompensador. Se é divertido? Bem, isso vai depender se você curte games hardcore e com apelo arcade. Mas o empenho que a Capcom teve para deixar esse game divertido foi máximo.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Soma Final: 28/30 (Excelente)

Em resumo: Devil May Cry se mostrou ser um grande game. Mais do que apenas mais um jogo da Capcom, um jogo para realmente se parar e observar. As aventuras de Dante são dignas de filme, é um jogo bom demais para um início de geração. Não tenho medo em afirmar que Devil May Cry é um game obrigatório para você ter em sua coleção, pois é um dos melhores jogos lançados para o Playstation 2 nesse ano. É um game único, divertido, frenético e repleto de estilo, bom humor e carisma. Um jogo que vicia e gruda em sua mão, memorável e distinto de tudo o que você já viu em diversos quesitos. E pensar que esse jogo era para ser uma "reciclagem" de ideias perdidas de Resident Evil 4... Sem saber, a Capcom criou uma obra de arte, para rivalizar com Resident Evil a onda de carros-chefe da empresa.


Análises profissionais

A média pela Metacritic para Devil May Cry é 94/100.

Detonado em vídeo

Este é o melhor detonado em vídeo disponível na internet para esse game. O jogo foi gravado e compactado em apenas um vídeo. Ele mostra o jogo completo, na dificuldade normal. Ele não mostra a localização de todos os itens secretos e nem de secret missions, mas é um detonado rápido. O vídeo possui boa qualidade de som e imagem, além de excelente edição. Vale a pena conferir:

Parte única


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