sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Silent Hill 2 - Análise

Esta é uma retro análise do jogo Silent Hill 2, lançado em 2001 para Playstation 2.


Confira:


SILENT HILL 2

 

Informações técnicas

Publicado por: Konami
Desenvolvido por: Konami Computer Entertainment Tokyo
Gênero: Survival-horror
Diretor: Masashi Tsuboyama
Plataforma: Playstation 2, Xbox e PC
Data de lançamento: 24 de setembro de 2001
Faixa etária: Mature

Introdução

A Konami lançou o segundo jogo da franquia Silent Hill em 2001, para Playstation 2. O jogo segue o mesmo princípio do anterior, apresentando um terror fortemente psicológico repleto de fatos inexplicáveis, cenas totalmente desconexas, acontecimentos nada a ver com nada e outras coisas estupidamente ridículas que só mesmo a Konami sabe fazer.

Sobre o personagem

O jogo conta a triste história de James Sudderland, um homem que sofre muitos problemas mentais, psicológicos, emocionais, crises de identidade e perversões sexuais tremendas. Este é James:

Bem, antigamente, James era uma pessoa feliz. Mas ele se casou com uma mulher, e aí sua vida começou a ruir. A sua esposa, Mary, sofria de uma doença grave, a acabou falecendo. James sempre se sentiu culpado pela morte dela, por sua falta de amor com ela, e passou a ter pesadelos com isso.
 
Sobre o jogo (contém spoilers)

Três anos depois, ele recebe uma carta assinada pela sua falecida esposa, dizendo que ela está lá em Silent Hill, esperando por ele.
James não hesita, pega o carro e corre para a cidade agora abandonada Silent Hill. Chegando ao local, percebe que a cidade está desabitada e cercada por um forte nevoeiro misterioso. Sem se importar com isso, ele entra ainda mais na cidade. A ideia é: a carta da Mary faz referência a um "local especial". James só consegue se lembrar de dois locais especiais com a esposa na cidade: o parque em que se conheceram e o motel onde se divertiram bastante. Enfim, a missão de James é simples: saber se a sua esposa ressuscitou mesmo ou se era apenas um trote de um colega de trabalho engraçadinho.
Ele encontra várias pessoas na cidade. Pena que nenhuma destas pessoas é uma pessoa normal. Aparentemente, cada pessoa em Silent Hill é um psicopata com sérios problemas de identidade. Conheça melhor cada um dos personagens:
 
O nome dela é Angela. Ela possui apenas 18 anos, apesar de aparentar no mínimo uns 35. É a primeira pessoa que encontramos na cidade. Ela parece estar em busca de sua mãe, apesar de não ter a menor ideia o motivo pelo qual a mãe dela estaria nessa cidade. Ele empunha uma faca que usa para proibir homens de se aproximarem dela. Ela possui pavor a homens, que, aparentemente, só se aproximam dela para machucá-la, revelando um pouco de seu passado negro. Ela é assombrada constantemente pela figura de seu pai, que a estuprava a infância, e tal perturbação faz com que ela tenha ataques suicidas ocasionais que não resultam em nada, por algum motivo.
Esta é a Maria. Ela se parece fisicamente com Mary, ex-esposa de James, apenas com breves alterações no cabelo. Ela aparenta ser uma vampira, mas não tem nada a ver. Ela trabalha em um cabaré de prostituição, daí o motivo de ela possuir essa carinha de vadia. Veste roupas curtas e usa de seu corpo para atrair todos os homens à sua volta, em busca de proteção. Insinua-se para James toda hora, chegando mesmo a pedir que ele a abrace, a beije e faça amor com ela, mas ele sempre nega, alegando que ama sua esposa. Seu único objetivo no jogo é mostrar a James o quão vulnerável a mulheres ele é, uma vez que ele se sente perdido quando está perto dela, e sua cabeça se confunde. Uma hora ele quer protegê-la, outra hora ele a deixa morrer para algum monstro. Ah, esqueci de mencionar que ela adora simular a própria morte para as pessoas, e James chega a vê-la morta umas três vezes no decorrer do jogo, só para a ver viva e insinuante novamente em alguns minutos, para depois vê-la morrer outra vez, de forma ainda mais cruel e sangrenta, e por aí vai.
 Esta é a Laurinha. Apesar do aspecto angelical, essa menina é o demônio encarnado. Ela apurrinha a vida de James no decorrer do jogo inteiro, sempre atrapalhando-o, enganando-o, e tal. Com uma mente perversa e língua afiada, ela é rebelde e se recusa a ajudar os personagens de alguma forma, atrapalhando sempre que é possível. Ela é responsável por algumas das cenas mais cruéis do jogo, chegando ao cúmulo de trancar James em uma sala repleta de monstros depois de ele ter cruzado a cidade inteira só para saber se ela estava bem. Essa garota representa o ódio dentro da cabeça de James.
Por fim, este aqui é o Eddie. Esse balofo, rolha-de-poço, passou a infância inteira sofrendo bullying por causa de sua forma de barril e cara de tonto. Até que a perturbação chegou a um ponto em que ele arranjou uma arma e resolveu matar qualquer um que lhe zuasse. O problema é que seu instinto homicida se tornou mais forte que seu sentido racional, e ele virou um genocida irrecuperável. Ele mata cruelmente todas as pessoas que vê pela frente, apenas por imaginar que elas possam vir a ridicularizá-lo. Ele só não mata a Laura, apenas de que ela é a única garota que zomba dele no jogo. Adora pizza, apesar de quase sempre botar tudo para fora depois.
Estes são os personagens do jogo. Simpáticos, não?
Para prosseguir no jogo, James tem de atravessar a cidade de Silent Hill, igual no primeiro jogo. É a mesma cidade, mas ela está completamente diferente. Apenas podemos ver alguns pontos de refência do primeiro jogo nos mapas e no horizonte, sem jamais podermos revisitar um local do primeiro jogo. Podemos invadir cabarés, bares, lojas, conjuntos habitacionais, museus, prisões, hotéis, hospitais, enfim, vários lugares, sempre em busca de uma pista para onde temos de ir. Como James é incapaz de saltar muros de quinze centímetros de altura e de passar por cima de cones de trânsito que bloqueiam a rua (é sério), quase sempre temos de entrar em edifícios para dar a volta.
É claro que encontraremos monstros. Os principais monstros são os seres desfigurados:
Ele é tão tosco que é quase impossível conseguir não correr dele ao invés de parar para matá-lo. Outros monstros estão de volta, como as baratas e as enfermeiras peitudas (desta vez, sem rosto e com decotes bem profundos), mas novos inimigos mostram as caras, como manequins com pernas na cabeça, seres-portas  que engolem Harry e alguns monstros que andam pelos tetos. Mas o ser que marca o jogo é a versão Silent Hill de Nemesis, do Resident Evil 3. Seu nome é Pyramid Head.
Esse ser possui um cone na cabeça, porta uma espada gigantesca e possui lapsos sanguinários até mesmo contra monstros do próprio jogo. Ele se afeiçoa por James à primeira-vista, e passa a perseguí-lo constantemente até o final do jogo. Ele sempre aparece do nada, fazendo entradas triunfais para assustar o jogador. Às vezes, ele mata outros personagens do jogo. Às vezes, ele apenas se entedia depois de um tempo e vai embora pelo lugar mais inexplicável possível. Ele sente uma tara por seres manequins, incluindo muitas cenas eróticas no decorrer do jogo, e ele também curte uma garota loirinha com cara de safada, saia curta e trajes vermelhos. Pyramid Head se tornou o ícone principal do jogo, e está presente em outros jogos como referência, e até mesmo no filme. Comentei que ele é imortal?
Para derrotar todos esses monstros, James terá de usar as armas que encontra pelo caminho, sejam facas, pedaços de madeira, canos de ferro, pistolas, espingardas e rifles. Tudo é válido, e a variedade é boa, mas os combates desse jogo nem chegam perto aos do primeiro jogo. Os monstros são muito lentos e idiotas, quase sempre representando quase nenhum perigo ao personagem, a menos que ele fique estupidamente parado. Com exceção do Pyramid Head, praticamente nenhum outro monstro irá fazer o jogador suar para exterminá-lo. Decepcionante assim.
O número de fenômenos absurdos é ainda maior do que no primeiro jogo. Portas se trancam sozinhas, mãos saem de dentro das paredes, coisas caem do teto sem nenhum aviso, James é convidado a participar de um show de quiz do nada, entre outros fenômenos estranhos e totalmente nada a ver com nada. Fora o fato de que James aceita numa boa enfiar a mão na verda e se jogar de cabeça em todos os buracos que ele vê pelo caminho. Simplesmente inexplicável. Ah, e a versão sombria da cidade também retornou.
Ao final do jogo, ele finalmente consegue chegar ao hotel em que está a sua esposa. O final varia de acordo com os acontecimentos no decorrer do jogo. Depende se James passou bastante tempo junto da Maria, se ele leu determinados documentos no decorrer do jogo, se fez isso ou aquilo, enfim, muitas coisas. Em si, o final apenas explica que tudo o que James viu na cidade eram coisas de dentro da sua própria cabeça, que estão se exteriorando para importuná-lo cada vez mais. Nada que um psiquiatra não possa resolver com algumas sessões de terapia intensiva. Basicamente, isso, fora o fato de que um cachorro com fones de ouvido esteve controlando tudo através de um computador, todo o tempo.

Análise do jogo

Silent Hill 2 dá tanto medo quanto o anterior, mas com menos enfoque no combate. Mesmo assim, vale a pena conhecer melhor esse brilhante título de terror que leva todos os elementos do horror psicológico a um extremo jamais visto no mundo dos games.

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