sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Crash Bandicoot - Análise

Esta é a análise de Crash Bandicoot, lançado pela Sony Computer Entertainment em 1996 para o Playstation.


Introdução

O Playstation foi lançado em 9 de setembro de 1995 nos Estados Unidos, ainda sem mascote definido. Assim como Mario representou o Super Nintendo e Sonic o Master System, a Sony precisava de um mascote. A Sony precisava lançar um jogo que tivesse um personagem carismático suficiente para representar seu console. Em 1996, ela lançou sua primeira tentativa: Crash Bandicoot. Apesar da figura de Crash ser inusitada demais para ser recebido como um mascote, o jogo de plataforma caiu no gosto popular, e Crash se tornou conhecido. Não demorou para que Crash se tornasse o mascote da Sony, marcando com chave de ouro a primeira tentativa de jogo de plataforma para o console, e uma das franquias mais bem-sucedidas no Playstation.

CRASH BANDICOOT


Informações técnicas

Publicado por: Sony Computer Entertainment
Desenvolvido por: Naughty Dog
Gênero: Platformer
Diretor: Andy Gavin
Plataforma: Playstation
Data de lançamento: 31 de agosto de 1996
Faixa etária: Teen

Sobre a história (contém spoilers)

A história de Crash Bandicoot gira em torno do personagem, que, por razões óbvias,  é o próprio Crash Bandicoot. Dê uma olhada nele aqui:


Você deve estar se perguntando o que é o Crash. Será que é um cachorro? Uma raposa? Não, não é nada disso. Vou explicar para vocês. Crash é um perameles gunnii, conhecido como bandicoot-listrado-oriental. Trata-se de um marsupial (marsupiais são mamíferos que possui marsúpio, ou seja, uma bolsa externa para cuidar dos filhotes, como o canguru, por exemplo) da família peramelidae, originária da Austrália, principalmente na Tasmânia, onde fica a maior população desses animais nos dias de hoje. Veja uma imagem desses seres fofinhos e carismáticos:


Mas Crash não é um perameles gunnii comum. Ele foi alterado geneticamente para ser um soldado a serviço do mal. Seu criador é um cientista genial porém maligno chamado Dr. Neo Cortex.


E ele não estava sozinho. Sempre ao lado de Cortex, está seu principal aliado e fiel escudeiro, um cientista tão genial quanto ele, chamado Dr. Nitrus Brio.


Cortex foi muito ridicularizado pelos outros cientistas do mundo, quando ele pensou na ideia de dominação global através de criaturas mutantes geneticamente modificadas. Para provar a todos que ele estava errado, ele começou a trabalhar em diversos animais, transformando-os em monstros grotescos a seu serviço. Ele transformou ratos, koalas, pássaros, tartarugas, enfim, toda sorte de animais, inclusive marsupiais. Ele criou dois marsupiais mutantes: Crash e a sua namorada, a Tawna. Conhece a namorada de Crash? É essa aqui:


Crash se torna um marsupial inteligente, ágil e com alguns poderes especiais. Mas ele consegue escapar da base de Neo Cortex, se jogando pela janela e caindo no oceano.
Ao despertar em uma praia, Crash se encontra em Sanity Beach, uma localidade onde se passa o jogo, que é o arquipélago fictício de Neo Sanity Island, na Austrália. Cabe a Crash cruzar todas as ilhas do jogo, passando por aldeias indígenas, templos incas, esgotos poluídos e muito mais, até retornar ao laboratório secretos de Cortex, para poder resgatar sua namorada. E, para auxiliar sua jornada, Crash pode contar com a ajuda de uma entidade inca que está incorporada em uma máscara que lhe ajuda nas fases: Aku Aku.


O final é o mais previsível possível: Crash consegue resgatar sua amada e fugir feliz para sempre. Neo Cortex e Nitrus Brio foram detidos, pelo menos até o próximo game. Não podemos esperar muita coisa de um game para crianças, não é mesmo?

Sobre o jogo

Crash Bandicoot é um game de plataforma como aqueles que estamos acostumados a ver. Ou seja, um daqueles games nos quais andamos de fase em fase, e o nosso único objetivo é chegar até o final de cada estágio, passando pelos mais diversos desafios no caminho. Nesse quesito, Crash Bandicoot não deixa nada a dever a nenhum outro game de plataforma de qualquer console.
Crash seleciona as fases de uma tela de mundo. Cada fase possui um cenário específico: selva, praia, templos incas, aldeias indígenas, laboratórios, fábricas, etc. Crash segue sempre em frente pelas fases, e o objetivo de todas as fases é sempre o mesmo: chegar ao ponto final para habilitar a próxima fase. Simples assim. Mas não pense que será assim tão fácil: em cada fase, temos de passar por muitos obstáculos, como pedras que rolam, armadilhas de lanças, fogo, água, além dos diversos monstros que habitam as fases. Conforme prosseguimos de nível, os desafios se tornam mais ameaçadores, e os inimigos mais difíceis de serem eliminados.
Para derrotar os seus adversários pelas fases, Crash possui dois ataques: ele pode pular sobre eles ou rodar para atacá-los. Isso mesmo, Crash é capaz de rodar, fazendo um giro tão rápido quanto um furacão. Esse ataque é capaz de derrotar a maioria dos inimigos do jogo, contanto que o ataque acerte no tempo certo. Esses golpes também podem ser usados para quebrar caixas e retirar obstáculos do caminho. Apenas dois movimentos podem parecer pouca coisa, mas, comparando com outros games de plataforma, chega a ser até mesmo um número acima da média e trazem um mínimo de variedade para a ação.
Os inimigos vão do mais simples até o mais complexo. No início, enfrentaremos inimigos mais lentos e simples de se matar. No máximo, alguns deles exigem que ataquemos no momento certo, e podemos desviar facilmente de seus golpes. Porém, conforme prosseguimos, os inimigos se tornam mais difíceis, com estratégias diferentes. Alguns inimigos só podem ser derrotados pulando outros só girando. Alguns ainda exigem algo a mais, como, por exemplo, um indígena que usa um escudo para se defender. Temos de saltar sobre ele para que ele possa retirar o escudo da frente, e então girar sobre ele, para matá-lo. Estratégias assim são uma constante, e vão se tornando cada vez mais necessárias.
Como na maioria dos games plataforma, após algumas fases, vem uma fase de chefe de fase. Os chefes de fase são cômicos e possuem movimentos exagerados. Eles exigem estratégicas simples de serem executadas, como atacar na hora certa ou rebater o golpe deles de volta a eles. Eles são mais um passatempo do que um desafio de raciocínio ou algo do tipo, mas é muito divertido.
Assim como em qualquer plataforma, Crash coleta itens no decorrer da fase. O item mais comum é a Wumpa Fruit, uma fruta que parece um pêssego. O jogador vai colecionando pêssegos em todas as fases, e, quando acumular 100, ele ganha uma vida extra. Os pêssegos podem ser adquiridos pela fase ou dentro de caixas. Crash pode quebrar as caixas girando ou pulando sobre elas. Há muitas caixas no decorrer das fases. Além desses pêssegos, Crash pode encontrar alguns outros itens especiais, que explicarei mais adiante. A maioria das caixas está facilmente disponível pela fase, mas algumas se encontram escondidas ou em locais de mais difícil acesso. Sem contar que há caixas armadilha, como as caixas de TNT, que, além de não possuírem nenhum item, ainda explodem em 3 segundos depois de acionadas, e as caixas de nitroglicerina, que explodem se forem tocadas. Ainda tem caixas especiais, que possui funções extras, como acionar plataformas ou fazer aparecer novas caixas em locais bônus.
Crash não possui necessariamente um sistema de vida. Basicamente, basta um ataque qualquer para que Crash morra. Se ele morrer, perderá uma vida (logicamente) e reiniciará do começo da fase ou do último checkpoint encontrado, isso é, se ele encontrou algum. Se acabar as vidas, game over. Porém, ele pode encontrar em algumas caixas as máscaras Aku. Ao encontrar uma máscara, ela passa a acompanhar Crash como um guardião. Ela funciona como uma vida extra. Caso Crash seja atingido por um inimigo ou por algo que o mataria, como lava ou ácido, por exemplo, ele tem mais uma chance de seguir em frente, e apenas perde a máscara. Só que, se ele cair em um buraco, ele perde a máscara. Crash pode conseguir duas máscaras para acompanhá-lo. Se ele pegar três máscaras, ele aciona um poder especial, e fica invencível por alguns segundos. Após esse tempo, ele volta a ter duas máscaras apenas. Sem dúvida, vale a pena encontrar essas máscaras para ter uma segurança a mais nas fases.
A perspectiva de Crash varia conforme a fase. Diferente de outros games de plataforma, que possuem uma única perspectiva, geralmente side-scroll, ou seja, da esquerda para a direita, Crash possui um design variado. Em algumas fases, temos de seguir em frente pela tela, de cima para baixo. Em outras, será da esquerda para a direita, ou da direita para a esquerda. Há algumas fases ainda em que temos de seguir de cima para baixo, ou seja, na direção da tela. Essa alteração de perspectivas de câmera é algo inovador, e é a primeira vez que um game de plataforma nos permite isso de forma tão simplificada. Há algumas fases, por exemplo, em que começamos com uma perspectiva, e então passamos a outra perspectiva ainda no meio da fase. Isso é novo e formidável, e ajuda a fazer com que o jogador não se enjoe rapidamente do game.
Uma coisa que o jogador tem de se acostumar é com o sistema de pulo. Crash é capaz de realizar diversos tipos de salto, que variam de acordo com a intensidade com que pressionamos o botão X. Se apertarmos de forma rápida, Crash dá um salto curto e rápido. Se pressionarmos com mais força e mantermos pressionado por mais tempo, Crash dá um salto mais alto e mais longo. Para passar por muitas fases, o jogador tem de saber exatamente qual tipo de salto dar. Em certos momentos, errar o tipo de salto pode levar à morte do personagem. A coisa complica ainda mais em fases nos quais temos de avançar rapidamente, e quase não temos tempo para pensar. O jogador é forçado a mesclar saltos curtos com longos, em rápida sucessão e em alta velocidade. Essa técnica pode levar um tempo para ser aprendida, mas é extremamente necessária.
Na maioria das fases, Crash pode conseguir tokens. Os tokens são a entrada para fases bônus especiais. Cada token se refere a um personagem, que pode ser Tawna, Nitrus Brio ou Dr. Cortex. Ao encontrarmos os 3 tokens de um determinado personagem no decorrer da fase, conseguimos acesso à tal fase bônus. Trata-se de uma tentativa apenas, ou seja, morrermos na fase bônus, voltamos à fase normal e teremos de tentar conseguir acumular os tokens mais uma vez, se quisermos voltar à fase bônus. Ah, e não pense que será simples não: alguns tokens ficam em locais muito bem escondidos, ou de acesso muito difícil, forçando o jogador a explorar muito bem todos os cenários, em busca de caixas e pontos secretos, se ele quiser pegar todos os tokens.
Cada fase bônus possui uma finalidade. A fase bônus da Tawna, o mais comum de todos, permite a Crash salvar o jogo e pegar vidas e Wumpa Fruits extras. As fases bônus de Nitrus Brio são mais complicados, mas fornecem um bom número de vidas ao final. Já as fases bônus de Neo Cortex são as mais difíceis de todas, e o prêmio se conseguimos completá-las são chaves que nos permitem acessar fases secretas. Só há duas fases bônus de Neo Cortex no jogo.
É, mas essas fases bônus nos remetem ao maior desafio do game: salvar o jogo. Infelizmente, um dos maiores contra-sensos do game é esse: salvar o jogo é um dos aspectos mais complicados do jogo. Eu, pessoalmente, não consigo entender porquê que a Naughty Dog fez isso com o game: esse é o mais defeito. Suponhamos que você queira salvar o jogo. A única forma de salvarmos o jogo é falando com Tawna, ao final de cada fase bônus de Tawna. Isso traz diversos problemas, como: não são todas as fases que possuem bônus de Tawna. Então, teremos de encontrar uma fase com o bônus de Tawna. Também, mesmo que a fase tenha o bônus de Tawna, nós teremos de encontrar todos os tokens, para isso. E, uma vez na fase bônus de Tawna, teremos de completá-la sem morrer, ou seja, se morrermos, perderemos a chance de salvar o jogo. No começo, elas são fáceis, mas, conforme avançamos, elas podem se tornar realmente difíceis. Chega um momento em que conseguir salvar o jogo se torna um sofrimento. Sem contar que, caso acabe a energia ou você precise desligar o videogame em algum momento, não tem mais jeito. Isso é inaceitável, e eu pessoalmente odiei isso.
Caso o jogador consiga chegar até o final da fase sem morrer, ele terá acesso a uma tela especial de parabenização, a qual mostra quantas caixas Crash conseguiu quebrar naquela fase. Se Crash conseguiu quebrar todas as caixas da fase, ele ganha de presente uma gema. Senão, aparece quantas caixas faltaram conseguir. Isso é muito legal. Só que tem uma coisa: o jogador não pode morrer. Cada vez que morre, todas as caixas que ele pegou voltam, e, mesmo que ele tenha coletado um checkpoint, ele tem de retornar e quebrar todas as caixas para conseguir. A ideia é passar as fases sem morrer. Esse é um adendo muito interessante para o game, e faz com que os jogadores fiquem mais e mais tempo jogando as mesmas fases até conseguir completá-las 100%, ou seja, sem morrer e com todas as caixas. Além disso, tem um bônus: se ele conseguir isso, além da game, ele recebe uma senha, que serve para o jogador reaver seu estado ao reiniciar o videogame (já que para se conseguir salvar o jogo é uma porcaria nesse game). Vale a pena conseguir, portanto.
Mas você deve estar se perguntando o que são essas gemas, afinal. A maioria das gemas, de cor cinza, servem para absolutamente nada. As únicas gemas de fato úteis são as coloridas. Essas gemas servem como plataformas em algumas fases, nos permitindo chegar a pontos-bônus, contendo mais vidas ou mais caixas. Aí é que está a questão: às vezes, não é possível pegar todas as caixas de uma determinada fase porque nós não temos a gema colorida necessária para se chegar a algum determinado trecho daquela fase. Então, vale a pena anotar qual gema é necessária em cada fase, e, após conseguir a gema dessa cor em alguma fase no futuro, retornar e conseguir de fato pegar todas as caixas daquele fase que deixamos para trás. Caixas em fases bônus dentro das fases não entram na contagem final. Todas as fases do jogo possui gemas, até mesmo as secretas, lembre-se disso!
Crash possui um final simples, que conseguimos quando derrotamos Neo Cortex, mas há ainda um final alternativo, que é quando conseguimos todas as gemas do jogo. Caso o jogador chegue ao final do jogo com todas as gemas de todas as fases (uma amostra clara que ele realizou 100% do game), Crash poderá acessar uma sala secreta e assistir um final especial. Por isso, vale a pena completar 100% desse game só para assistir esse final extra.

Minha análise do jogo

Gráficos
A Naughty Dog caprichou nos gráficos de Crash Bandicoot. Os gráficos são lindos, muito acima aos gráficos apresentados por outros jogos do mesmo gênero para o console. Ao invés de usar texturas (coisa que todos sabiam que o Playstation possuía falhas), a Nauhty Dog resolveu usar polígonos, e deu muito certo. Charlie Zembillas foi um dos artistas que deu forma aos personagens, e Joe Pearson fez a mesma coisa com os cenários. Ambos realizaram um excelente trabalho, e o jogo foi bom de se ver e com personagens carismáticos e bem desenhados. Também há uma bela movimentação dos personagens e um cenário belo ao fundo, também. A variação dos cenários, as cores vivas e brilhantes e o número de detalhes de cada fundo impressiona, permitindo ao jogador se deliciar com diversas vistas. As cenas de morte do Crash são hilárias, e muito bem produzidas. O empenho da Naughty Dog com os gráficos foi máximo, principalmente para a época.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Som
A qualidade sonora é muito boa. A Naughty Dog escolher Mutato Muzika, uma companhia de música americana de Mark Mothersbaugh. Ele e Josh Mancell compuseram todas as músicas do jogo, que são muito boas, uma mistura excêntrica de batidas com melodias, mas que se encaixa muitíssimo bem com o clima do jogo. Já os efeitos sonoros diversos foram produzidas pela própria Universal Interactive Studios, e também são muito bons. A dublagem foi realizada de forma a ser uma das marcas do jogo, e também está boa. Eles decidiram por não dar uma voz a Crash, deixando-o mudo por questões comerciais (é arriscado dedicar uma voz a um personagem com a pretensão de ser a mascote de um console, com o risco de ser rejeitado pelo público logo de cara. Por isso, eles pretendiam promover o personagem, depois providenciar uma voz para ele), mas outros personagens foram dublados, e de forma correta, com tons humorísticos quase que o tempo todo, dando um toque bem legal e diferenciado para a dublagem. O empenho da Naughty Dog e da Universal com a voz foram o máximo possível.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Jogabilidade
Crash não possui necessariamente muitos movimentos, mas todos os movimentos são bem projetados para um jogo de plataforma. Crash pode não ser muito versátil, mas seu único golpe: o giro, é poderoso e atende bem na hora de derrotar os inimigos. A ideia é de que se trata de um jogo simples, com uma jogabilidade acessível para todas as idades. O maior ponto positivo do jogo é que Crash possui três tipos diferentes de pulo, acionados com um mesmo botão. Levando em consideração que, na maioria do tempo, estaremos pulando buracos, o domínio desse controle de pulo é imprescindível. É muito fácil errar o pulo por ter usado o tipo de pulo incorreto. Mas um erro que o jogo comete é a falta de qualquer tutorial ou treinamento, deixando o jogador à mercê da própria sorte para saber o que fazer, muitas vezes. Os controles são poucos, mas os desafios são muitos, e é fácil morrer várias vezes por não saber que Crash era capaz de fazer um determinado movimento, como acionar uma caixa de TNT pulando em cima dela, por exemplo. Isso deixou a desejar, e mostrou que o empenho da Naughty Dog com a jogabilidade falhou em um detalhe da concepção. Empenho excelente.
● Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)

Diversão
Crash Bandicoot é um jogo divertido e atraente. As fases são bem projetadas com obstáculos divertidos e difíceis. Os inimigos e os chefes também são bem legais, e diferentes entre si, exigindo estratégias únicas para derrotá-los. As diferentes visões de câmera também deixam o jogo sempre diferente. Mas o jogo peca em um ponto importante: a oportunidade de se salvar o jogo. O sistema escolhido para salvar o jogo é péssimo. Afinal, sempre que quiser salvar o jogo, o jogador terá de completar uma fase bônus? Sendo que essa fase bônus não é existente em todas as fases e só fica disponível uma vez por fase? Isso é um absurdo, e atrapalha bastante o andamento do jogo. Essa péssima escolha acaba por deixar o jogo, diversas vezes, irritante e enfadonho. Um melhor sistema de salvar o jogo poderia ter fornecido a nota máxima.
● Nota pessoal: 3/5 (Empenho Considerável)

Longevidade
São 32 fases diferentes, entre fases extras e as fases originais, separadas em três ilhas. É jogo suficiente para passar um bom tempo. Conseguir 100% também é um desafio que tem de ser levado em consideração, e pode garantir um pouco mais de tempo do jogador no jogo. Porém, a única coisa que pode fazer o jogador querer fazer 100% de jogo é o final alternativo. Nada mais. Nenhum novo modo de jogo, ou alguma premiação, um extra, ou algo assim. Por esse motivo, a longevidade do jogo acaba sendo bem fraca, e logo o jogador irá se esquecer de Crash e querer jogar outro game, por não ter mais o que fazer com esse.
● Nota pessoal: 1/5 (Pouco Empenho)

Inovação
Como um bom jogo de plataforma, Crash Bandicoot fornece um pouco mais do mesmo, e nada mais. Impossível deixar de comparar esse jogo com outras tentativas de jogos de plataforma para outros consoles, como Super Mario 64 ou Donkey Kong Country. Mas vale lembrar que, para o console Playstation, esse jogo marcou o início do gênero plataforma. Não estreou, propriamente dito, mas apresentou uma fórmula que vai além do básico, e explora um território rico de possibilidades inusitadas. Crash foi a porta de entrada e um ponto de referência para nada menos do que todos os outros jogos desse gênero para o console, e isso não é pouco. Por abrirem as portas com um jogo criativo e interessante, a Sony e a Naughty Dog merecem consideração. Além disso, comparando com outros jogos de outras empresas, realmente Crash Bandicoot apresenta diversos itens não existentes em outros jogos, e também ajudou a evoluir o gênero a um patamar ainda maior. O empenho da Naughty Dog em fazer um jogo inovador foi considerável.
● Nota pessoal: 3/5 (Empenho Considerável)

Soma Final: 21/30 (Muito Bom)

Em resumo: Crash Bandicoot matou diversos passarinhos com uma pedra só. Diminuiu a necessidade do Playstation de jogos de plataforma, apresentou ao mundo o novo mascote da Sony, e mostrou que o Playstation é capaz de ter jogos tão bons e divertidos quanto outros consoles de outras empresas. E fez tudo isso muito bem, trazendo ao mundo um novo estilo de jogos plataforma. Para aqueles que querem saber como a história do Playstation começou, e como seu maior mascote se inaugurou, esse jogo é obrigatório.

Análises profissionais

O Metacritic não possui uma média para Crash Bandicoot.

Detonado em vídeo

O detonado a seguir está comprimido em apenas três partes, mas é completo, e mostra todas as fases e chefes, além de como conseguir todas as fases extras e todas as gemas, de modo a poder realizar 100% do jogo. Também mostra o melhor final do game. Divirta-se!


Parte 1



Parte 2



Parte 3


E aí, o que achou desta análise? Curtiu? Deixe-me seu comentário, ou entre em contato comigo pelo e-mail: adm_melhorfinal@hotmail.com ou pelo twitter: @AdmMelhorFinal.

2 comentários:

  1. Este Jogo mandou na playstation, mas na minha opinião até foi o pior crash de todos, e foi pena por esta altura também ter saído o super mario 64 senão o impacto tinha sido mais estrondoso

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ah, certeza. Super Mario 64 foi a grande referência em sua época, e o fato dos dois terem vindo ao mundo na mesma época (meses de diferença um do outro) acabou atrapalhando um pouco o Crash Bandicoot. Ele seria inovador sozinho. Ambos vieram de um mesmo ideal, mas Super Mario 64 acabou saindo muito melhor do que o jogo da Sony. Esse game foi o carro-chefe da Sony durante muito tempo, e definitivamente irá deixar saudades. Quanto a ser o pior Crash de todos, eu discordaria. Tem alguns mais recentes que acabaram saindo pior que esse. Mas é a minha opinião.

      Excluir