domingo, 1 de setembro de 2013

Uncharted 3: Drake's Deception - Análise

Esta é a análise de Uncharted 3: Drake's Deception, lançado pela Sony Computer Entertainment em 2011 para o Playstation 3.

File:Uncharted 3 Boxart.jpg

Introdução

O primeiro Uncharted foi uma das mais gratas surpresas do Playstation 3. Um game que trabalhou excecionalmente bem em diversos aspectos e trouxe um novo fôlego ao gênero Action-Adventure, com elementos Platformer e um clima cinematográfico. Uncharted 2 trouxe tudo o que tornou o primeiro jogo um sucesso, trouxe ainda mais ação e um modo multiplayer, e conseguiu ser eleito o melhor game de 2009 pela mídia especializada. A Naughty Dog então tinha a ingrata tarefa de melhorar o que já estava excelente. Uncharted 3 veio repleto de imensas expectativas, já que o mínimo que se esperaria é que o game viesse à altura de seus antecessores. Com um modo multiplayer reformulado, mais ação e muito mais cenas de perder o fôlego, será que Uncharted 3 conseguiu cumprir suas expectativas? É o que veremos no decorrer dessa análise. Confira:

UNCHARTED 3: DRAKE'S DECEPTION


Informações técnicas

Publicado por: Sony Computer Entertainment
Desenvolvido por: Naughty Dog
Gênero: Action-Adventure
Diretor: Amy Hennig
Plataforma: Playstation 3
Data de lançamento: 1 de novembro de 2011
Faixa etária: Teen

Trilha-sonora da análise

Enquanto lê a nossa análise, que tal escutar o áudio que separamos mais abaixo?


Música Nate's Theme, música tema do jogo, composta por Greg Edmonson.

Sobre a história (contém spoilers)

A história de Uncharted 3 é uma continuação direta da história da franquia. Sendo assim, para compreender completamente o que ocorre na trama, é preciso conhecer a história dos jogos anteriores da série. No então, a história desse game começa bem antes dos acontecimentos do outros games, de modo a contar um pouco mais sobre o passado de alguns dos personagens principais da série.

Assim como é comum na série, essa trama gira em torno do protagonista Nathan Drake:


Drake é descendente do famoso historiador e explorador francês Francis Drake. Seguindo os exemplos de sua descendência, ele se tornou um caçador de tesouros que costuma explorar locais desconhecidos em troca de dinheiro. Explorador nato, ele é um aventureiro que não tem medo em se perder em templos, florestas ou locais perigosos quando busca alguma coisa valiosa. Sabe pilotar vários veículos, é perito em uma boa variedade de armas e também conhece profundamente diversos idiomas remotos e línguas mortas.

Para entendermos a história, é preciso conhecer um pouco melhor o passado de Drake:

Nathan Drake nasceu em 1982. Aos cinco anos de idade, sua mãe cometeu suicídio e seu pai o largou em um orfanato chamado Saint Francis. Lá, ele aprendeu latim e começou a se interessar pela história de seu possível descendente, Francis Drake.


Sir Francis Drake era vice-almirante francês da era Elizabetana, no século XVI. Ele era navegador pessoal da Rainha Elizabeth, e seu famoso conhecimento náutico lhe concedeu influências políticas importantes. Ele também era explorador e mercador de escravos. Ele recebeu diversas ordens de exploração pelas costas do Pacífico e também participou em guerras, enfrentando os próprios espanhóis. Era um navegador habilidoso e um guerreiro valente. Desbravou muitos locais desconhecidos e há muitas histórias e mistérios envolvendo seu nome na busca por grandes tesouros. Ele morreu de disenteria em 1956.

Nathan Drake ficou tão fascinado com as histórias de viagem e mistérios de Drake que ele resolveu se aprofundar nesse assunto. Aos quinze anos, Drake fugiu do orfanato e foi para Cartagena, na Colômbia. Lá, o Museu Marítimo estava fazendo uma exibição especial sobre Nathan Drake, e ele iria tentar encontrar mais alguma informação sobre o passado.

Drake chega ao Museu Marítimo e encontra, na exibição, um anel e um astrolábio que, supostamente, pertenceram a Francis. Ele resolve roubar os itens, já que acredita ser ele o herdeiro genuíno desses itens (Francis Drake não tinha filhos oficiais, mas supõe-se que tenha deixado herdeiros bastardos pelo mundo). No entanto, ao chegar no local, ele presencia um outro homem tentando roubar os mesmos itens. Só que se tratava de um profissional, chamado Victor Sullivan:


Sullivan serviu durante muitos anos na Marinha, até ser dispensado por mau comportamento. Ele passou a virar um navegador solitário, e conhecedor nato de vários mares e costas. Então, ele começou a trabalhar como explorador e mercenário, roubando itens valiosos e raros por um preço. Ao se tornar um ladrão profissional de itens valiosos, ele passou a receber encomendas especiais de pessoas ricas e influentes, se envolvendo em boas camadas da sociedade. Nunca constituiu família e nem teve filhos. Mas já se envolveu com diversas mulheres importantes.

Drake flagra Sullivan criando uma cópia da chave que abre o cofre do museu. Ele segue Sullivan e consegue roubar a sua chave de sua carteira. Sullivan chega a perceber e surpreendê-lo, mas não percebe o golpe. Nathan volta ao museu de noite para roubar os itens, mas é surpreendido pelo próprio Sullivan, que veio acompanhado de uma mulher imponente. Trata-se de Katherine Marlowe:


Marlowe é uma rica socialite britânica que é a atual líder de uma sociedade secreta. Essa sociedade secreta supostamente existe desde a época da Rainha Elizabeth, e consiste em usar de espionagem e meios escusos para se obter poder. Influente em seu meio e herdeira de uma fortuna inestimável, ela emprega seus recursos na contratação de diversos mercenários e exploradores que têm como intenção buscar por tesouros perdidos que possam ser usados em atividades místicas. Ela tinha um relacionamento amoroso com Sullivan.

Nathan consegue pegar o anel que pertencia a Francis Drake, mas não consegue pegar o astrolábio. Marlowe ordena que matem Drake, mas ele consegue fugir e Sullivan também o ajuda a fugir. Sullivan então passa a cuidar do garoto, que a princípio não confia nele. Drake conta sua história, sobre ser descendente de Francis Drake, e diz que o anel e o astrolábio são a chave para encontrar um tesouro perdido que foi escondido por Drake. Porém, eles precisariam do astrolábio, que está com a Marlowe.

E foi assim que Nathan e Sullivan se conheceram. Desde então, Sullivan tem cuidado de Nathan como se fosse seu filho. Como Sullivan nunca se casou e nem teve filhos, ele via em Nathan a chance de tentar passar alguma coisa para a próxima geração. Drake se tornou também um grande explorador e mercenário, assim como Sullivan era na sua idade. Ambos se tornaram grandes amigos e parceiros de aventuras.

E então passa-se muito tempo. Entre 1997, que é quando Drake roubou o anel, até 2011, que é quando a história desse jogo continua, muitas aventuras ocorreram. Foi nesse meio tempo que aconteceu todas as outras aventuras de Drake, Sullivan e os outros, e nesse meio tempo ele conheceu diversos outros personagens, que foram seus aliados em outros games da franquia e voltaram agora, como por exemplo a Chloe Frazer:


Chloe é uma caçadora de tesouros australiana que usa de seu charme e sua beleza física para atrair suas vítimas. Perita na arte de se infiltrar e de roubar, ela também é boa em usar armas. Chloe sabe se defender muito bem e é muito ambiciosa, raramente pensando duas vezes antes de se meter em uma aventura perigosa, contanto que tenha muita grana envolvida. Ela já teve um relacionamento com Nathan no passado, mas hoje são apenas amigos.

Nathan também encontra um velho amigo (até então não apresentado nos games) chamado Charlie Cutter:


Cutter é um caçador de tesouros britânico que tem um vasto conhecimento sobre múltiplas culturas antigas. Não se sabe como ele e Nathan se conheceram, mas ambos são aliados e confiam integralmente um no outro. Cutter é forte, inteligente e leal, e sabe usar armas muito bem. Ele também é claustrofóbico, ou seja, sente medo de lugares fechados.

Juntos, os três decidem seguir as pistas deixadas por Marlowe para que eles possam reencontrá-la. Eles decidem armar uma emboscada para encontrar o esconderijo dela. Primeiro, eles infiltram Cutter no grupo de mercenários dela, se fazendo passar por alguém de confiança. Então, Drake coloca seu anel que pertenceu a Francis Drake à venda. É o suficiente para chamar a atenção do braço direito de Marlowe, um homem chamado Talbot:


Marlowe se interessa pelo anel e marca um encontro em um bar para que eles possam negociar. Chegando ao local, Drake permite que Talbot analise o anel, e perceba que ele é verdadeiro. Então, Drake pega a maleta de dinheiro e percebe que são notas falsas, e acusa Talbot de estar tentando lhe passar a perna. Começa uma briga no local, e Drake e Sullivan tentam fugir pelos fundos. Mas eles são cercados por Marlowe e Cutter. Marlowe arranca o anel de Drake, e então Cutter atira em Drake e Sullivan. É claro que era uma arma de brinquedo, e tudo uma encenação para fazer com que ambos se passassem por mortos. Marlowe cai na armadilha e vai embora em seguida, e com um anel falso, já que Drake teve o cuidado de esconder o original antes de simular a morte.

Drake, Sullivan, Cutter e Chloe então seguem o rastro deixado por Marlowe, e vão parar em um esconderijo secreto que leva ao interior de um museu de arte antiga repleto de coleções valiosas. No local, eles encontram o astrolábio de Francis Drake, que foi tirado de Nathan antigamente, e também um diário que supostamente pertencia a Thomas Edward Lawrence:


T. E. Lawrence era um oficial do exército britânico na época da Rainha Elizabeth. Participou de forma legítima e não-oficial em diversas guerras. Se formou em história e em arqueologia, e fazia diversas escavações sob mando de Oxford. Durante a Primeira Guerra Mundial, ele participou em diversas missões secretas em desertos. Fez grandes descobertas históricas nesse período. Além disso, durante a revolta dos árabes contra os otomanos, em 1916, participou ativamente e passou longos períodos perdido nos desertos. Tamanha experiência com desertos e explorações arqueológicas lhe rendeu o título de "Lawrence da Arábia", pelo qual se tornou famoso em diversos filmes e livros escritos a seu respeito. Há diversas lendas e mistérios sobre suas viagens.

De acordo com o diário de Lawrence, ele encontrou uma terra sagrada chamada de Ubar, ou Atlantis das Areias. Mas a sua localização está perdida, e, para decifrá-la, Drake precisa encontrar duas partes em que estão gravadas um código com o mapa de sua localização. Uma se encontra no interior de um templo em um chateau na França, e outro se encontra dentro de um antigo monastério dos cruzados na Síria. Eles decidem se dividir para explorar os dois locais. Drake e Sullivan vão para a França, e Chloe e Cutter vão para a Síria.

Drake e Sullivan encontram a metade de seu amuleto, mas na saída do templo eles são interceptados por Talbot, que consegue tirar dele a sua metade. Eles então escapam, e decidem ir também até a Síria, para ajudarem Cutter e Chloe. Na Síria, eles chegam tarde demais. Os homens de Marlowe estão no local. Talbot consegue administrar um forte sedativo e alucinógeno em Cutter, que lhe faz obedecer suas ordens sem questionar. Talbot consegue reaver o diário que pertencia a Drake dessa forma.

Por fim, eles encontram a outra metade do amuleto, e, usando as anotações que Drake fez da sua primeira metade, eles descobrem a localização exata de Ubar. Ubar supostamente fica no Iêmen, no meio do deserto de Rub'al Khali. A localização exata no deserto está em um mapa dentro de um templo subterrâneo antigo no próprio Iêmen. Na fuga do local, eles são mais uma vez atacados por Talbot. Cutter acaba quebrando a perna em um tombo, de modo que não poderá acompanhar Drake no final de sua aventura. Chloe também desiste da missão.

Sendo assim, Drake e Sullivan seguem sozinhos para o Iêmen. Lá, eles pedem ajuda a uma antiga parceira deles, Elena Fisher:


Essa bela mulher é uma jornalista americana que possui seu próprio programa de televisão na tevê aberta. Ela faz documentários e se tornou bem conhecida e influente no seu ramo. Ela se envolveu com Drake ao trabalhar ao lado dele, desbravando tumbas e locais desconhecidos juntos em um documentário. Desde então, ambos se tornaram grandes parceiros de aventuras, e começam a se interessar afetivamente um pelo outro. Nathan e Elena chegaram a se casar, mas foi um casamento conturbado já que ambos trabalhavam viajando para locais inóspitos e diferentes, de modo que acabaram se divorciando pouco depois. Porém, Elena ainda sente algo por Drake, tanto que carrega consigo a aliança mesmo estando separada.

Elena, uma repórter e apresentadora de sucesso, conseguiu um cargo de representante no Iêmen. Drake e Sullivan usam de sua diplomacia para conseguirem entrar no país, e a Elena ainda consegue vistos especiais de jornalista. Uma vez dentro do local, eles conseguem encontrar a entrada para um túnel subterrâneo que os leva a um templo escondido. Lá, eles descobrem a exata localização de Ubar no meio do deserto de Rub' al Khali. A localização se dá por meio do posicionamento das estrelas, e Sullivan, como um ex-marinheiro, decora a posição das estrelas e sabe como se orientar.

Porém, quando voltam para a cidade, Drake recebe um tiro de alucinógeno semelhante ao que foi administrado em Cutter. Drake enlouquece e foge para não fazer nada contra seus companheiros. Após fugir, ele acaba sendo capturado por Marlowe, que tenta lhe voltar contra Sullivan sem sucesso. Drake consegue fugir do local e persegue Talbot, na tentativa de detê-lo e interrogá-lo sobre Sullivan. Drake não consegue deter Talbot, e é capturado por Rameses.


Rameses é o líder de um grupo de piratas mercenários do oriente. É conhecido por ser sádico, cruel e violento, mas é um pirata muito bem sucedido. Vive à base de roubos e extorsões, e tem muitos homens sobre seu comando, e uma pequena frota de barcos e armas à disposição.

Rameses informa que ouviu a conversa de Drake com a Marlowe, e que seus homens capturaram Sullivan. Ele começa a interrogar Drake, tentando descobrir onde fica a Atlantis das Areias, mas Drake consegue fugir. Drake consegue penetrar no cruzeiro da quadrilha de Rameses. Mas, ao chegar ao local, ele descobre que Rameses mentiu para ele. Eles nunca capturaram Sullivan, que permaneceu no Iêmen. Drake não encontra alternativa a não ser fugir do cruzeiro, mas Rameses, na desesperada tentativa de detê-lo, acaba explodindo parte do navio e causando um naufrágio.

No entanto, Drake sobrevive ao naufrágio, e vai parar de volta à costa do Iêmen. Ele desperta e vai até o hotel onde Elena está hospedada. Elena fica surpresa por encontrá-lo ali, e informa que está pronta para viagem. Ela diz que os homens de Marlowe capturaram Sullivan, e vão usá-lo para chegar até Atlantis das Areias. Eles precisam detê-lo, mas não têm informações sobre onde eles podem estar. Elena tem um plano: ela descobriu que um avião cargueiro irá levar comida e suprimentos para a base de operações deles no meio do deserto. Se eles conseguirem se infiltrar no cargueiro, poderão ser enviados com os suprimentos e caírem exatamente onde está Sullivan.

Drake e Elena vão ao local. Na hora de embarcar no cargueiro, Drake convence Elena a deixá-lo ir sozinho, já que será arriscado demais. Ela o ajuda a se infiltrar no avião cargueiro em pleno voo. No então, ele é rapidamente descoberto lá dentro, e começa um tumulto. Em meio ao tumulto, Drake acaba causando a destruição de parte do cargueiro, que perde o controle e cai. Drake consegue abrir o para-quedas de uma das caixas de suprimentos, e consegue chegar bem ao solo.

Mas aí ele percebe que está bem no meio de um deserto, sem água, sem comida e sem a mínima ideia de para onde tem de ir. Drake anda vários quilômetros em círculos, sofre alucinações, vê miragens e encontra poços vazios, mas ele por fim acaba encontrando uma cidade abandonada no meio do deserto. Ele vai até as ruínas e se depara com os homens de Marlowe. Ele consegue por fim sobreviver ao local, mas então a cidade é atacada por saqueadores do deserto. No entanto, os saqueadores não matam Drake, que acaba sendo resgatado por Salim:


Salim é o líder de um grupo de beduínos. Eles andam pelo deserto com seus cavalos e armas, e protegem a terra de invasores. São peritos em ataques-surpresa e saques, além de conhecerem o deserto como poucos.

Após ser levado a um acampamento, Drake explica que está na região atrás de seu amigo capturado, e que os homens de Marlowe querem encontrar Irã dos Pilares. Salim se mostra apreensivo ao saber disso, e afirma que eles não podem encontrar o local sagrado, pois lá adormece um poderoso djinn (deus dos árabes), que, se for liberado, pode causar a ruína do mundo. Ele está decidido a ajudar a parar a busca, e resolve ajudar Drake.

Salim organiza um grupo de beduínos e juntos eles perseguem um comboio dos homens de Marlowe. Drake encontra Sullivan dentro de um dos veículos do comboio, e consegue resgatá-lo. Na fuga do local, Drake e Sullivan acabam indo parar no meio de uma densa tempestade de areia. Eles conseguem sobreviver à tempestade, no entanto, e, para sua surpresa, se encontram diante dos portões da cidade perdida de Ubar, que também é conhecida como Atlantis das Areias e Irã dos Pilares.

Chegando à cidade mística e vazia, Drake encontra uma fonte e, sedento, bebe um pouco de sua água. Pouco depois, ele vê Sullivan morrer com um tiro de Talbot, e sai correndo atrás de Talbot. Momentos depois, ele reencontra Sullivan, vivo, e desconfia dele. Sullivan explica que ele não morreu, e que o que Drake viu foi uma alucinação causada pela água da fonte. Aparentemente, toda a água da cidade está envenenada com uma substância que causa fortes alucinações em quem beber. Essa substância foi jogada na água pelo rei Salomão, e veio de dentro de um jarro de bronze.

E então o mistério foi revelado. Esse é o poder da cidade. A água envenenada com alucinógenos místicos é o que a Rainha Elizabeth procurava. Francis Drake encontrou a cidade de Ubar, mas, ao perceber o poder da cidade, resolveu voltar atrás, dizer que nunca encontrou nada e destruiu as pistas que levavam à cidade. E agora Marlowe quer o jarro de bronze com a substância para poder usar o alucinógeno de modo a criar uma potente arma de uso militar.

No entanto, Drake e Sullivan consegue impedir os planos de Marlowe, destruindo o guindaste que carregava o vaso, e, ainda por cima, destruindo os pilares de sustentação de Ubar. Toda a cidade começa a ruir aos poucos, forçando todos a fugir de forma desesperada. Durante a fuga, Marlowe cai em um poço de areia movediça. Ela está com o anel de Drake, o que pertencia a Francis, e tenta convencê-lo a salvá-la. Drake até tenta salvar Marlowe, mas seus esforços são em vão e ela morre.

Pouco depois, Talbot aparece para um último confronto. Ele e Drake se enfrentam. Talbot chega a quase jogar Sullivan em um precipício, mas Drake consegue salvar Sullivan e Talbot cai do precipício, para sua morte. Drake e Sullivan conseguem escapar da cidade antes que ela ruísse, e são resgatados por Salim.

De volta ao Iêmen, pelo aeroporto, Drake e Sullivan encontram Elena. Após uma acalorada recepção, Sullivan revela que esteve guardando por todo esse tempo o anel de casamento de Drake com Elena, na expectativa de que ambos se encontrassem novamente após a separação. Drake aproveita a deixa e pega o anel, oferecendo-a novamente e Elena. Ela aceita o pedido e ambos ficam juntos de novo. Então, todos voltam para casa no avião particular de Sullivan, em busca de novas aventuras.

E assim termina a história do game. Espero que tenha gostado!

Sobre o jogo

Uncharted 3: Drake's Deception trouxe os mesmos elementos que tornaram os dois games anteriores da franquia um sucesso. O jogo foi feito para se assemelhar a um filme, com todo o trabalho estético de fotografia e cenas de ação que se pode esperar. O trabalho de apresentação do jogo é impecável, e do primeiro ao último momento o jogo consegue prender o jogador dentro da sua trama, que está mais afinada, mais focada e com mais detalhes. O game está mais completo do que nunca.
O foco do game é, sem dúvida, as cenas de ação. Drake é um perito em armas, e pode carregar até duas ao mesmo tempo, sendo uma arma primária (metralhadoras, espingardas, rifles ou lança-foguetes) e outra secundária (pistolas, revólveres e sub-metralhadoras). O sistema de cover continua idêntico aos jogos anteriores, e o jogador é sempre incentivado a usar as coberturas sempre que possível para poder sobreviver aos tiroteios. Com um sistema de mira eficiente, a troca de tiros também flui bastante, permitindo tiros precisos.
A novidade no sistema de combate vem por parte do combate corpo-a-corpo. Nos games anteriores, já existia a possibilidade de sair na porrada com os oponentes, mas a diferença é que agora esse elemento foi bem modificado, até se tornar divertido e útil. Agora, é possível trocar golpes com maior eficiência e ter uma noção melhor dos combos. Além disso, é possível dar contra-golpes, desviar, empurrar oponentes e, caso seja agarrado, sair das mãos do oponente. Além disso, Drake pode usar os elementos do cenário nos combates corpo-a-corpo. Ao lutar com os oponentes ao lado de uma mesa com uma panela, por exemplo, Drake poderá pegar a panela e dar um golpe forte na cara do oponente.
Para favorecer essas inovações no sistema de combate, o game possui diversos momentos que priorizam o combate corpo-a-corpo. Haverá momentos no jogo em que Drake terá de enfrentar diversos oponentes no mano-a-mano, sem armas. Lutar contra vários oponentes ao mesmo tempo é mais complicado, mas não é tão difícil quanto pode aparentar. E, diferente do que se poderia imaginar, essas partes são interessantes e divertidas, e acrescentam bastante ao jogo de forma geral. Mas não pense que só poderá usar esses comandos de luta corporal nesses momentos obrigatórios: você pode sair na porrada sempre que quiser. A qualquer momento, poderá socar alguém, ou agarrá-lo e jogá-lo do alto de algum lugar, por exemplo. Mas o golpes corporais não funcionam com alguns tipos de inimigos.
Há novos tipos de inimigos no game. Os inimigos já tradicionais são a grande maioria, mas, conforme avança no game, irá encontrar alguns oponentes que dão mais trabalho. Os atiradores de elite e lançadores de foguete podem causar problemas. Alguns inimigos usam escudos protetores, e alguns até mesmo usam armaduras completas que o protegem dos disparos da maioria das armas. Esses inimigos são perigosos e exigem realmente um bom trabalho para serem derrotados, ainda mais quando eles vêm acompanhados de outros inimigos. Mas a estrela da vez mesmo são os brutamontes, inimigos gigantes que vêm na direção de Drake e apelam para o combate corpo-a-corpo. Drake precisa de diversos golpes para conseguir derrotá-los na luta corporal.
Nos jogos anteriores da franquia, era comum os momentos stealth. Aqui, não há mais obrigatoriedade de ser stealth em nenhum momento específico do jogo. Isso é um alívio para a maioria dos jogadores, mas, por outro lado, não quer dizer que eles abandonaram o stealth. Ele ainda existe, apenas não é mais obrigatório. Drake ainda pode se aproximar silenciosamente dos oponentes e derrotá-los sem ser visto. Essa habilidade é muito útil, pois lhe permite "limpar" um pouco um cenário repleto de oponentes. Acabar com alguns inimigos-chave sem chamar a atenção com certeza torna algumas partes mais fáceis. Portanto, se você gostava dos momentos stealth dos jogos anteriores, não se preocupe: haverá plenas oportunidades de usar suas habilidades nesse game.
Outra coisa que não pode nunca faltar em um Uncharted são, claro, os momentos de Platformer. Há diversos momentos de exploração e escalada, assim como em todos os outros games da série. Para prosseguir nos cenários, é preciso escalar diversos pontos. Seja no interior dos locais ou na parte selvagem, é preciso escalar e saltar bastante para avançar. Drake possui um porte físico invejável, e é capaz de se dependurar, subir e escalar coisas aparentemente impossíveis para uma pessoa comum. Também há muitos tesouros espalhados pelas fases. É preciso observar bem o cenário para encontrar os tesouros escondidos nos cantos e em locais de difícil acesso. Há 101 tesouros escondidos no decorrer do jogo.
Os quebra-cabeças também estão presentes. Aliás, é preciso informar que eles estão um pouco mais difíceis do que nos games anteriores da franquia. Não que estejam impossíveis, apenas mais difíceis do que os desafios básicos de antes. Há vários tipos de quebra-cabeça, que exigem atenção, observação, raciocínio e um pouco de paciência. Caso tenha dificuldades em algum quebra-cabeça, não precisa se preocupar. Basta esperar, que em poucos minutos o próprio jogo começa a dar dicas sobre o que tem de ser feito. Quanto mais tempo você leva, mais dicas vão sendo fornecidas, até que (caso demore muito mesmo) a própria resposta pode ser fornecida. O jogo nunca lhe deixa desamparado a ponto de querer desistir por causa de um quebra-cabeça mais cascudo.
Uncharted 3 continua sendo um jogo curto, como era de se esperar de um Action-Adventure. São necessárias poucas horas para fechá-lo. Após fechar o game, você pode rejogar cada um dos capítulos separadamente, caso queira reviver algum momento marcante ou apenas procurar por tesouros que possa ter deixado para trás. Você também habilita conteúdo extra de jogo, mas nada de cheats. Isso mesmo. Se você é fã de Uncharted 2 e dos múltiplos cheats que o jogo proporcionava, como tela em preto-e-branco, todas as armas, Mirror World e por aí vai, esqueça. Nada disso existe em Uncharted 3. Uma pena, pois isso torna muito mais chato refazer a jogatina. Mas é isso que o Single Player pode lhe proporcionar. Você pode até querer jogar de novo, em uma dificuldade mais difícil (você desabilita a dificuldade Crushing ao fechar o game uma vez), mas terá a mesma experiência. De certa forma, o game não lhe incentiva necessariamente e rejogá-lo. Não há caminhos ou finais alternativos, nem extras adicionais a serem liberados ao fechar múltiplas vezes, nem mesmo cheats (algo que os fãs amavam), de modo que sua experiência de um jogador só dura uma jogatina de aproximadamente 8 horas.
Ah, e não poderíamos deixar de falar do modo multiplayer. Uncharted 2 já trazia um modo multiplayer viciante e praticamente perfeito, e o que Uncharted 3 fez foi incrementar e aperfeiçoar ainda mais. Talvez você já conheça o modo multiplayer desse game, já que você pode jogar o seu modo multiplayer gratuitamente mesmo sem ter o game, é só baixar na PSN. Vamos a ele:
Os vários modos de jogo, tanto cooperativos quanto competitivos, continuam presentes. Mas algumas modificações foram feitas para tornar o modo multiplayer mais interessante e ainda mais divertido. Agora, há desafios que acontecem durante os duelos, e incentivam o jogador a bater um determinado objetivo durante alguns combates. Quanto mais pontos você faz durante os combates, você habilita boosters pré-configurados que lhe fornecem vantagens no duelo. Essas vantagens podem ser acesso a armas mais poderosas, ou acréscimo de pontos. Tudo isso incentiva um combate ainda mais intenso e variado. Além disso, os cenários estão mais interativos e com mais pontos que os jogadores podem tirar proveito. Alguns cenários possuem até mesmo momentos de total interação, como por exemplo no cenário do cargueiro.
Fora esses detalhes, o modo multiplayer continua o mesmo do que se poderia imaginar. A princípio, apenas armas e habilidades básicas ficam disponíveis, e cabe ao jogador ir acumulando pontos de experiência para passar de nível e desbloquear mais armas e habilidades. Você pode equipar e organizar as armas e habilidades do seu personagem como quiser, assim como poderá personalizá-lo de diferentes formas. Você pode deixar até quatro organizações prontas e pré-configuradas, para poder escolher organizações diferentes para diferentes situações de jogo de forma rápida.
Se você não quiser jogar o multiplayer online, poderá jogar com tela dividida com um amigo. Ou ainda, se quiser, jogar com tela dividida com um amigo, mas online com o mundo todo, cada um com sua conta particular na PSN. Esse modo de jogo é bem peculiar, e poucos games no mercado fornecem essa oportunidade.

Minha análise do jogo

Gráficos
Nenhum Uncharted foi feio, muito pelo contrário. Todos eles prezavam por gráficos deslumbrantes e magníficos. E é difícil fazer com que uma série marcada por tanto esmero gráfico se mantenha sempre no mesmo patamar. Mas a Naughty Dog conseguiu cumprir com suas expectativas. Uncharted 3 é ainda mais bonito do que os outros games. Ele não apenas superou os outros games da própria franquia como conseguiu superar qualquer outro jogo já lançado até então para Playstation 3. Uncharted 3 é um dos jogos mais bonitos da história dos games. Efeitos especiais impecáveis, um belíssimo trabalho de animação dos personagens, e todo tipo de efeito que torna os cenários e personagens extremamente realistas. Os efeitos de água, de fogo, de luz, as explosões, tudo isso torna a experiência de jogo inesquecível. Afinal de contas, o jogo não teria a mesma graça se não fosse pelos efeitos de escala que o jogo apresenta. Quando Drake está lutando pela sobrevivência em meio a uma casa em chamas, em um navio afundando, em um avião cargueiro em queda, enfim, seja qual for a situação, tudo está brilhantemente bem feito, e a câmera distancia e mostra tudo ocorrendo em tempo real com riqueza máxima de detalhes, e não há reação que não seja escancarar o queixo diante de tamanha magnitude. São vários momentos épicos que demonstram todo o poderio gráfico do Playstation 3 em sua mais notável performance. O empenho da Naughty Dog com a parte gráfica foi máximo.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Som
A parte sonora também é digna de menção nessa nova versão. A Naughty Dog não costuma menosprezar o quesito sonoro, e com certeza não o fez com Uncharted 3. Todo o trabalho de áudio está incrível, contando com a participação do compositor Greg Edmonson, que compôs a maioria das músicas do game. Todas elas foram bem trabalhadas e passam exatamente o sentimento de adrenalina, solidão e exploração em cada cena, contribuindo para que o sentimento imersivo fique ainda maior. Se a trilha sonora é impressionante, os efeitos sonoros do jogo também são muito bons e não há do que se reclamar. No entanto, a cereja do bolo é a dublagem. A dublagem dos personagens está magnífica, como sempre foi, mas agora com um adendo: também em português. Uncharted 3 levou um bom tempo para ser dublado em língua portuguesa (houve troca de estúdio na última hora e tudo o mais), mas o trabalho final ficou bem acima da média. Não só os personagens principais, como todos eles, tiveram a atenção devida para que ficassem realistas e críveis. A localização e escolha de palavras pode não ter sido das melhores (em português, palavras comuns foram traduzidas como palavrões e expressões chulas sem necessidade), mas não compromete de forma alguma o excelente trabalho que foi realizado. Empenho máximo por parte da Naughty Dog.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Jogabilidade
A jogabilidade recebeu poucos toques a partir da versão anterior. De fato, Uncharted 2 era tão bom que era praticamente intocável. A Naughty Dog nem se deu ao trabalho de repensar sua jogabilidade: ela já havia sido suficientemente aclamada para ser refeita. Drake continua com seu bom número de habilidades que inclui se esconder, se esgueirar, escalar, atirar e tudo o mais que se espera de um Indiana Jones da era moderna. Agora, ele é capaz de jogar de volta as granadas arremessadas pelos inimigos, contanto que o botão seja pressionado no tempo certo, claro. E ele também pode pegar os botijões de propano e arremessá-los nos inimigos, explodindo-os na cara deles. Tudo isso é legal, mas o elemento que mais recebeu modificações foi o modo de combate corpo-a-corpo. A Naughty Dog redefiniu o combate corpo-a-corpo, incluiu novos movimentos, e tornou a jogabilidade corpo-a-corpo tão bem pensada e bem feita quanto o combate com armas. Para demonstrar isso, a Naughty Dog até mesmo definiu diversos momentos especiais na trama em que só se poderia haver combates mano-a-mano. Até mesmo um inimigo novo foi incluído para que pudéssemos usar mais esses comandos novos. Essas simples mudanças deram uma outra cara para a jogabilidade, e a tornaram ainda mais diversa e divertida. De resto, tudo o que era ótimo continuou ótimo, então, de forma geral, a jogabilidade de Uncharted 3 está tão bom quanto sempre esteve na franquia. O empenho da Naughty Dog foi máximo.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Longevidade
Uncharted 3 possui uma campanha single player que não é maior do que os games anteriores. De 8 a 10 horas de jogo é o tempo habitual para se chegar ao final do game. No entanto, assim como nos games anteriores, há algum espaço para exploração. Os cenários podem ser lineares e, muitas vezes, básicos demais, mas há tesouros escondidos em cantos e locais de difícil acesso que pedem para serem encontrados. Caso o jogador queira localizar todos os itens escondidos e tal, irá gastar algum tempo a mais de jogo, totalizando talvez umas 12 horas de jogo. E é aí que entra o pós-jogo, tão bem aclamado em Uncharted 2. Uncharted 3 possui três dificuldades disponíveis de cara, e mais uma dificuldade que é liberada após se fechar o game uma vez. O jogo é viciante, e o jogador pode rejogar outras vezes em uma dificuldade maior porque é bem interessante. Mas ele não será recompensado por isso, como das outras vezes. Em Uncharted 2, o jogador desbloqueava diversos cheats ao fechar nas dificuldades maiores, e isso o incentivava a jogar ainda mais vezes usando os chetas que alteravam características do game. Pois bem, esses cheats não existem mais. A Naughty Dog optou por não colocar mais esses cheats, que aumentavam demais a longevidade do game anterior. Os fãs da série com certeza irão sentir falta disso, mas isso não é o bastante para se dizer que os desenvolvedores negligenciaram a longevidade dessa nova versão. Afinal de contas, nem falamos sobre o principal modo de jogo: o multiplayer online. Disponibilizado de graça pela PSN qualquer um pode jogar esse brilhante, divertido e viciante modo multiplayer, seja em modos cooperativos, seja em modos competitivos. Há uma grande variedade de modos de jogo, e todos eles exigirão um grau avançado de habilidade para que consiga sobreviver. O modo multiplayer em si é capaz de estender a longevidade do game por dias e dias, até semanas e meses a fio. Sequer sentirá falta de cheats no single player, a menos que seja um fã inveterado do game anterior. Um jogo para se distrair e jogar bastante por muito tempo. Empenho máximo por parte da Naughty Dog.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Inovação
Em franquias de sucesso que alcançaram o status de "melhor do ano", "um dos melhores do console" e até mesmo "um dos melhores da história dos games", como é o caso de Uncharted, é difícil vir à mente a palavra inovação. A resistência à mudanças é típico da natureza humana, e mexer em algo que já é considerado tanto por público quanto pela mídia como "perfeito" é loucura. Mas é necessário. A Naughty Dog sabia que, para Uncharted 3 igualar o sucesso de Uncharted 2, seria preciso mais do que apenas apresentar mais do mesmo com outra história. De forma discreta, ela retocou algumas coisas, enquanto deixou a maioria inalterada. Ela incluiu o esquema de combate corpo-a-corpo, mudou uma ou outra coisa na jogabilidade e incluiu cenários mais interativos e imersivos do que antes. Para quem jogou os games anteriores, Uncharted 3 terá pouca coisa a oferecer de realmente novo. Até mesmo a experiência de jogo possui um ar cliché. Basicamente, mudou muito pouco. Já quanto ao modo multiplayer online, diversas incrementações foram feitas para torná-lo mais divertido. Algumas de suas mudanças podem não ter agradado tanto os fãs do modo online de Uncharted 2, mas não deixam de ser novidades. De fato, há poucas coisas que se poderia reclamar sobre o game. Há poucas coisas que lhe deixam com o sentimento de que "deveria ser mudado". Mas, ao mesmo tempo, a preocupação da Naughty Dog em fornecer uma experiência de jogo inteiramente nova ao jogador ficou em segundo plano, com exceção de um ou outro detalhe. O empenho da Naughty Dog com a inovação foi mediano.
● Nota pessoal: 2/5 (Empenho Mediano)

Diversão
Uncharted 3: Drake's Deception está mais intuitivo e um pouco mais expansivo do que os anteriores. Por fornecer cenários mais variados e mais realistas (contando com a presença de turistas e civis em cena, dando um toque maior na imersão) o jogador se atém mais aos detalhes. A jogabilidade está mais direta e mais imersiva, e as cenas que ocorrem nos ambientes também tornam as batalhas mais emocionantes. A exemplo do jogo anterior, os momentos de combate se baseiam em ondas e ondas de inimigos aparecendo uma após a outra. Em cenários comuns e estáticos, essas cenas podem até ficar repetitivas e tediosas com o tempo, é verdade. Mas a Naughty Dog se preocupou em tornar cada batalha diferente das outras, e tudo por causa da imersão dos cenários com o combate. Drake tem de se livrar dos inimigos enquanto luta pela sobrevivência nos mais diversos tipos de perigo. Combates ocorrem em casas pegando fogo, enquanto a chama consome tudo. Ocorre em um navio afundando, e a água vai inundando a sala pouco a pouco no meio do tiroteio. Temos de lutar para sobreviver em um avião cargueiro caindo aos pedaços. Há ainda um combate eletrizante em meio a uma estrada no deserto, com direito a cavalos e a salto entre caminhões em movimento. Em si, o que torna Uncharted 3 um game interessante de se jogar é a sua completa imersão com tudo o que está acontecendo ao redor. O jogador se sente na pele de Drake, sente o perigo e a carga de adrenalina, e, como tudo flui excelentemente na jogabilidade, praticamente se desespera e comemora junto com Drake. Esse era um sentimento comum na franquia, mas que a Naughty Dog conseguiu aperfeiçoar ainda mais para essa terceira versão. Uncharted 3 possui uma trama ainda mais envolvente que os jogos anteriores, e uma jogabilidade mais caprichada, assim como cenários e ambientes ainda mais imersivos... Ou seja, o game está mais completo e divertido do que nunca. Empenho máximo da Naughty Dog.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)

Soma Final: 27/30 (Excelente)

Em resumo: Uncharted 3 veio com a responsabilidade enorme de ser ainda melhor do que um game que já era conhecido por ser o melhor jogo de sua geração (para muitas pessoas). Tarefa árdua, que a Naughty Dog fez todo o possível para cumprir. Analisando friamente, Uncharted 3 é superior a Uncharted 2 em diversos aspectos, mas está longe de ser aquele "divisor de águas" da franquia, a exemplo do jogo anterior. Uncharted 2 revolucionou a série e o modo como os gamers passaram a enxergar os Action-Adventures. Já Uncharted 3 seguiu a mesma filosofia e deu alguns retoques. Escolher qual é o melhor dependerá muito do ponto de vista, pode-se dizer que Uncharted 3 é mais bonito e mais bem acabado, mas que Uncharted 2 é mas completo e foi mais inovador. Seja como for, ambos são peças imprescindíveis para os fãs da franquia, e nada tira o mérito de Uncharted 3 de ser um dos melhores games do ano de 2011. É um game incrível e que elevou demais o nível da qualidade dos exclusivos do Playstation 3. Sem sombra de dúvidas, um game épico e que vale muitíssimo a pena ter em sua coleção.

Uncharted 3 for 1600x900

Análises profissionais

A média pela Metacritic para Uncharted 3: Drake's Deception é 92/100.

Detonado em vídeo

Parte 1 - Chapter 1: Another Round


Parte 2 - Chapter 2: Greatness from Small Beginnings


Parte 3 - Chapter 3: Second-story Work


Parte 4 - Chapter 4: Run to Ground


Parte 5 - Chapter 5: London Underground


Parte 6 - Chapter 6: The Chateau


Parte 7 - Chapter 7: Stay in the Light


Parte 8 - Chapter 8: The Citadel


Parte 9 - Chapter 9: The Middle Way


Parte 10 - Chapter 10: Historical Research


Parte 11 - Chapter 11: As Above, So Below


Parte 12 - Chapter 12: Abducted


Parte 13 - Chapter 13: Rough Seas


Parte 14 - Chapter 14: Cruisin' for a Bruisin'


Parte 15 - Chapter 15: Sink or Swim


Parte 16 - Chapter 16: One Shot at This


Parte 17 - Chapter 17: Stowaway


Parte 18 - Chapter 18: The Rub'al Khali


Parte 19 - Chapter 19: The Settlement


Parte 20 - Chapter 20: Caravan


Parte 21 - Chapter 21: The Atlantis of the Sands


Parte 22 - Chapter 22: The Dreamers of the Day


E aí, o que achou desta análise? Curtiu? Deixe-me seu comentário, ou entre em contato comigo pelo e-mail: adm_melhorfinal@hotmail.com ou pelo twitter: @AdmMelhorFinal.

2 comentários:

  1. Em que jogo mostra que eles se casaram?no 3? Quando helena ta com um anel?e o anel do Drake é o do Sir Francis Drake?

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    1. Matheus, não aparece em nenhum jogo a cena do casamento entre Nathan Drake e Elena Fisher. Sabe-se apenas que eles casaram entre o 2 e o 3. No final do 2, eles começam o relacionamento pra valer, e no começo do 3 eles já aparecem casados, porém separados, mas não divorciados, apenas brigados. Ao final do 3, eles reconciliam e passam a morar juntos.

      E sim, o anel que o Sully dá pro Drake no final é o anel de casamento dele. Ele até diz pro Drake que a Elena ainda usa o dela, como se dissesse "ainda tem chance de vocês ficarem juntos".

      Espero ter ajudado! Volte sempre ao nosso blog!

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